Tuesday, 19 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Duas notas


PARIS, CAIRO

Leneide Duarte, de Paris

Depois do atentado de terça-feira, a emissora de TV francesa TF1 (privada) passou quase 24 horas sem veicular um único anúncio. Pela decisão de não interromper a programação para publicidade, todos os canais franceses juntos perderam, num só dia, 13,7 milhões de dólares em receitas publicitárias. A TF1, que detém os maiores índices de audiência e onde brilha o âncora Patrick Poivre d’Arvor, não exibiu um único anuncio entre a tarde de terça e a manhã de quarta-feira. Alguns anunciantes suspenderam campanhas delicadas. Foi o caso de anúncios de companhias aéreas, rotulados como "sensiveis".

Imprensa muçulmana

Do Marrocos à Indonésia, a mídia islâmica reagiu contra o que considerou unanimemente "petardos atirados por Washington contra as mesquitas em geral". O jornal Sawat al Azhar (A voz de al Azhar), editado no Cairo, uma espécie de "Correio do Vaticano" dos muçulmanos, dizia em seu editorial no fim de semana que a formidável maquina midiática americana procurou imediatamente implicar os muçulmanos no atentado. Outro jornal egípcio sugere que os EUA não deveriam se concentrar unicamente sobre os autores da operação, mas indagar sobre as causas. "Os Estados Unidos não são inocentes no apoio ao terrorismo israelense contra os palestinos e muçulmanos", atacou.

    
    
                     
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