Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

E o vento levou…

MONITOR DA IMPRENSA

TELETIPO

DIREITOS AUTORAIS

A Corte federal de Atlanta, EUA, decidiu no dia 21 proibir a publicação de The wind done gone, informou David D. KirkPatrick [New York Times, 21/4/01]. O juiz afirmou que a autora, a estreante Alice Randall, plagiou o épico E o vento levou, de Margaret Mitchell. Parte do romance de Alice se passa na fazenda descrita no livro de Margaret, e a história é contada a partir da perspectiva de uma escrava que era meia-irmã de Scarlett O?Hara, protagonista do épico, e filha de outra personagem de Margaret, Mammy. Escritores, intelectuais, bibliotecários e livreiros manifestaram apoio à nova autora. A defesa se baseou no argumento de que ela teria usado personagens e cenários para criticar E o vento levou e seu retrato humilhante dos escravos negros. O juiz decidiu, no entanto, que, se a obra conta a mesma história a partir de outros olhos, infringe o direito do escritor de criar e controlar trabalhos derivados do seu.

CRISE NA TIME INC.

Pela primeira vez na história a Time Inc. oferece a seus funcionários amplos e agradáveis pacotes de aposentadoria, para diminuir a folha de pagamento. Empregados de todas as publicações da empresa com 15 anos de serviço ou maiores de 50 anos poderão aderir à oferta, e aqueles que aceitarem serão recompensados com cinco anos de acréscimo na idade e 5 no tempo de serviço no cálculo das pensões. Até então, funcionários não podiam se aposentar antes dos 55, contou David Carr [Inside, 24/4/01]. Mais de 500 funcionários da companhia ? que emprega cerca de 13 mil ? estão aptos ao pacote.

OFENSA

Muçulmanos da Caxemira protestaram em Srinagar, no dia 21 de abril, contra a revista americana Time, informou a AFP [21/4/01]: a imagem do profeta Maomé, publicada na edição do dia 16, foi ofensiva à religião. No dia do protesto, escolas e universidades foram fechadas e milhares de estudantes se espalharam por diversas partes da cidade, jogando pedras contra policiais. Cinqüenta exemplares da revista foram retirados das bancas para acalmar os manifestantes. Enquanto isso, a revista divulgou nota se desculpando pela publicação da imagem e afirmou que "foi uma afronta não-intencional à fé islâmica".

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