TELETIPO
Muzaffar Ejaz, editor do diário Jasarat, foi seqüestrado pelo serviço de inteligência paquistanês (ISI) e ameaçado de represálias se criticar o governo de Pervez Musharraf. Em 16 de julho, o jornal publicou artigo detalhando os planos de unificar diferentes facções para as próximas eleições. No mesmo dia, Ejaz foi interrogado sobre suas fontes, que se recusou a revelar. Solto horas depois, continua sendo seguido e recebendo ameaças por telefone. Segundo os Repórteres sem Fronteiras [29/8/02], dois jornalistas que o apoiaram também sofreram tentativas de intimidação; um deles é Zarrar Khan, correspondente da AP.
O governo de Bangladesh ameaça processar o jornal Dainik Janakantha por perturbação da ordem pública, tentando forçá-los a revelar quem foram as fontes de uma matéria sobre corrupção na nomeação de policiais. Depois da publicação do artigo em 8 de julho, o ministro do Interior enviou cartas ao diário, acusando-o de desmoralizar a polícia e exigindo os nomes dos informantes. Como o jornal se recusou a entregá-los, o governo promete entrar com ação criminal. Conta o Repórteres sem Fronteiras [29/7/02] que a perseguição começou bem antes: em janeiro, dois correspondentes do jornal foram agredidos e a companhia de força recebeu ordens para cortar a eletricidade da gráfica.
Um tribunal russo ordenou o fechamento do jornal Limonka (granada de mão), ligado ao escritor nacionalista Eduard Limonov, preso por incitar conflito étnico e pregar a derrubada violenta do governo. Em julho, outro diário, Russkiye Vedomosti, foi encerrado por atacar judeus e outras minorias. Segundo a Associated Press [29/7/02], esta foi a primeira vez em que um veículo foi fechado por publicar declarações nacionalistas.