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TV & INTERNET
Dizia-se que a internet mataria a televisão. Em vez disso, salvou-a – pelo menos por enquanto. No ano passado, o surgimento de dúzias de iniciativas online que deveriam desafiar a TV norte-americana fez chover anunciantes das mesmas empresas pontocom na televisão, impulsionando-a a rendimentos recordes.
Foi uma ironia deliciosa para os executivos da TV, especialmente quando gastos excessivos em anúncios tradicionais terminaram afundando alguns dos pretendentes online a substituir a TV.
Segundo reportagem da revista Economist (18/1/01), o crash das pontocom e de suas ações no mercado financeiro também arrastou a indústria da TV. A propaganda na televisão, sofrendo os ecos de sua parceria eletrônica, caiu sensivelmente. No ano passado, o aclamado evento esportivo Super Bowl marcou o ápice da bolha de anúncios pontocom, com 17 companhias de internet pagando 3 milhões de dólares por 30 segundos de propaganda. Neste ano, apenas três empresas continuam com esse pique, gastando 25% do que investiram no ano anterior para o mesmo tempo de publicidade. A CBS, por exemplo, tem 10% de seu tempo comercial disponível apenas uma semana antes de o Super Bowl ir ao ar.
De forma geral, espera-se que o crescimento do mercado televisivo de 57 bilhões de dólares seja, neste ano, o menor desde 1991. A repercussão do fenômeno já pode ser notada nas centenas de demissões na CNN e na NBC, e na contenção de gastos da CBS e da ABC, entre outras medidas restritivas.
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