PÚBLICO JOVEM
Grupos de mídia americanos testam a viabilidade de jornais voltados para leitores com vinte e poucos anos. Segundo o Centro de Gerenciamento de Mídia da Northwestern University, cerca de 20% dos jovens americanos lêem jornal diariamente. O índice é baixo se comparado com os anos 1970, quando 45% tinham esse hábito. Mesmo assim, a renovação do leitorado é prioridade para os veículos, que apostam em jornais baratos, finos e coloridos para conquistar a juventude.
A Chicago Tribune lançou recentemente Red Eye, jornal que circula de segunda a sexta-feira a um preço de US$ 0,25. Seu objetivo é chegar à tiragem de 100 mil exemplares em algumas semanas. O conteúdo é bem variado, misturando notícias de tablóide com novidades sérias que saem em qualquer jornal. Como informa o repórter Frank Saxe [MediaPost, 29/10/02], o público-alvo orienta o tipo de abordagem adotada. "Nossa seçãatilde;o de saúde deve incluir matéria sobre ginástica em vez de mal de Alzheimer ou câncer", exemplifica a co-editora do Red Eye, Jane Hirt. Com medo de ficar para trás, o concorrente Chicago Sun-Times resolveu lançar Red Streak, jornal com linha editorial semelhante, mas que sai à tarde para não bater de frente com o matutino Red Eye. A Tribune deve, em breve, lançar edições para jovens de seus outros jornais subsidiários, como Los Angeles Times e Hartford Courant
A editora Gannet, do estado da Virgínia, testa seu jornal jovem na cidade de Lansing, no estado de Michigan. Noise é publicado pelo Lansing State Journal e, em seu número de estréia, trouxe reportagens sobre os benefícios da prática de ioga para a obtenção de um traseiro mais bonito e bons lugares para fazer sexo ao ar livre. Diferentemente do Red Eye, Noise é semanal e gratuito, e seu formato se assemelha mais ao de uma revista. A previsão é de que alcance tiragem de 20 mil exemplares. A resposta dos anunciantes ao lançamento foi melhor do que se esperava: as 28 páginas que o jornal tinha inicialmente foram rapidamente aumentadas para 48.