TELETIPO
Centenas de correspondentes estrangeiros aguardam na Jordânia visto de entrada no Iraque, fazendo visitas diárias à embaixada e enfrentando testes de paciência que pode se revelar inútil. Fatima Al Issawi [AFP, 30/12/02] conta que a longa espera pelo documento irrita jornalistas que passam vários dias em Amã, e às vezes voltam para casa de mãos vazias. A embaixada entrega de 12 a 13 vistos por dia, garante o adido de imprensa Jawad Al Ali, que afirma que 350 correspondentes estrangeiros estão atualmente no Iraque.
O governo de Vladimir Putin transformou os repórteres locais em cachorrinhos mansos, comenta Andrew Jack [Financial Times, 2/1/03]. Em dois anos e meio, foram abertos mais processos contra jornalistas do que em toda a década de 90 e aprovadas 147 leis que envolvem mídia; a mais recente, que regulamenta o uso do idioma russo, pode na teoria tirar uma emissora do ar caso um apresentador pronuncie errado uma palavra, diz Alexei Venediktov, chefe da rádio Echo Mosvky. Dessa forma, a autocensura jornalística tornou-se regra nas redações, que o próprio Venediktov admite ter imposto. Segundo ele, uma pesquisa com seus ouvintes revelou que a maioria apóia restrições a liberdades civis na luta contra o terrorismo.