CARTAS
DOSSIÊ PERFÍDIA
Caro Dines. Assim como João Carlos Teixeira Gomes, estranhei o cancelamento do programa, com base em seus argumentos. O programa poderia ter sido feito por você e o Tales Farias – com a informação de que tantos e tais jornalistas haviam recusado o convite para participar. A polêmica e as controvertidas opiniões desencadeadas em seguida, todas rigorosamente registradas na versão online do Observatório, são muito ricas e nos servem como fontes de necessária reflexão sobre nosso papel, nossos atos, nossos erros e acertos.
Acho que, em algum momento, quando indagado por algum colega jornalista, posso ter sido injusto ao comentar sua decisão de suspender o programa. Continuo não concordando com ela – insisto em que a denúncia poderia ter sido feita com o programa no ar, ao vivo –, mas é com alegria e alívio que recebo a notícia de que o Observatório na TV vai ao ar dia 20, com nosso Joca ali, firme, respondendo com a firmeza e a honestidade de praxe a todas as perguntas.
Meus parabéns e, como se dizia no passado, meus respeitos. Um abraço para você e toda a sua equipe.
Alberto Dines responde: O missivista está desatento às palavras. Num editor isso é imperdoável. O programa não foi cancelado – foi suspenso. E não apenas aquela edição, mas o programa inteiro – o projeto televisivo do Observatório da Imprensa. Sobre o que João Carlos Teixeira Gomes pensa do episódio, clique aqui para ler seu testemunho "A intriga e o efeito-dominó" A.D.
Querido Dines: começo este e-mail confessando que também entrei no "efeito-dominó", ao ler os primeiros comentários do caso da entrevista no Observatório na TV. Mas assim que pude ler seus textos me refiz, e faço aqui o mea culpa – como duvidar do seu senso de avaliação? Estando há muito tempo na Austrália, a gente esquece às vezes como são frágeis os espaços conquistados pela cidadania e dos esforços necessários para mantê-los de pé, aí no Brasil. Tens toda a minha solidariedade, amigo!
Beatriz Wagner, SBS Radio/Sydney, Portuguese Language Program
Não tem jeito. O Pravda da Praça Onze não se emenda mesmo. O bode da vez chama-se Alberto. Foi só o O. I. bulir com o Reizinho do Acarajé para que o infeliz cavicórneo fosse colocado novamente à execração pública. Contudo, nessa pendenga toda, só não entendo por que o bode não disse o nome da cabra que o entrevistou. Será preservação da espécie? Chi! Olha outro bode chegando aí…
Berto Oliveira, Rio de Janeiro
Desde o Pasquim que "como" os textos de Alberto Dines. Obrigado pela ousadia, clareza e falta de travas. O alimento é nutritivo e a digestão é boa. Se algum dia precisar de alguma informação sobre o lixo de Sampa, conte comigo. Trabalho no LIMPURB, prefeitura de São Paulo.
Trancaram a votação das denúncias contra ACM na mídia?
Leia também
O caso do Observatório na TV / Dossiê perfídia – Alberto Dines e outros
Imprensa em Questão – próximo texto
Imprensa em Questão – texto anterior