PARTISAN REVIEW
Partisan Review, uma das revistas culturais e literárias mais influentes do século XX, vai deixar de circular após 68 anos de existência. O destino da publicação trimestral era incerto desde que seu editor e um dos fundadores, William Phillips, morreu em setembro. Nos últimos meses, PR ? sustentada financeiramente pela Universidade de Boston desde 1978 ? foi supervisionada pela viúva de Phillips, Edith Kurzweil.
Fundada em 1934 em Nova York, a revista teve colaboradores de peso como George Orwell, Hannah Arendt e T.S. Eliot, e viveu seu auge nos anos 40 e 50, quando se destacou pela crítica ao stalinismo, embora nunca tenha chegado a vender mais de 15 mil exemplares. PR publicou os primeiros trabalhos de Norman Mailer e Susan Sontag e tornou conhecidos diversos intelectuais, como os críticos de arte Clement Greenberg e Harold Rosenberg e os críticos literários Lionel Trilling e Irving Howe.
O presidente da Universidade de Boston, John Silber, afirmou que a instituição perde US$ 300 mil por ano com a revista, que "perdeu sua relevância": a vendagem atual é de apenas 7.500 cópias. Silber disse ter consultado diversos intelectuais para decidir o que fazer com a PR. "A sensação geral é de que a Partisan Review é um relicário. O que ela precisava é de um novo editor, propósito e direção". Segundo o presidente, há planos de ressuscitar a publicação no futuro. Informações de Mark Feeney [The Boston Globe, 17/4/03] e Robert O?Neill [AP, 16/4].