GOVERNO LULA
“O futuro do passado”, copyright Agência Carta Maior (www.agenciacartamaior.com.br), 14/10/03
“No Brasil, temos uma visão anacrônica de nós mesmos, ou nos vemos como um anacronismo no mundo. Como indica a última capa de Veja, faz parte dessa sensação a idéia de que somos despreparados para o mundo moderno.
Cultura não é o que a gente lembra, é o que a gente esquece, e por isso mesmo nos situa perante a natureza e o mundo social, e os situa para nós. É uma espécie de ?anel de saber? invisível que a gente leva ao nosso redor, e orienta nosso modo de ver o mundo. Faz parte da nossa cultura uma linha imaginária do tempo, mesmo que gente queira inventar outros modos de vê-lo. Segundo essa linha, o tempo ?vem? do passado para o presente e ?vai? deste para o futuro. Segundo ela também, as sociedades se organizam como ?atrasadas? e ?avançadas?, aquelas parecendo estas ontem e estas aquelas amanhã.
Estamos acostumados a situar o Brasil no ?passado?. Temos uma visão anacrônica de nós mesmos, ou nos vemos como um anacronismo no mundo. Se temos problemas é porque ainda não acertamos o passo com as nações ?adiantadas?. Esta visão sustenta tanto o senso comum da direita quanto o da esquerda: com o centro não poderia ser diferente.
Esta visão sustenta também uma espécie de esquizofrenia coletiva: se olhamos o Brasil e o mundo com o olho esquerdo, vemos um gigante adormecido, pleno de potencialidades, mas emperrado por uma estrutura social atrasada. Veremos, de acordo com a expressão a um tempo arguta e pitoresca de Antonio Callado, um país ?com preguiça de fazer História? (em ?Tempo de Arraes: a Revolução sem Violência?). É a versão crítica do ?Brasil, país do futuro?, visto agora como ansiando por um presente que aponte, de fato, para diante. Uma nova versão disto é a espera, dessa vez, pelo ?espetáculo do crescimento?. A expressão é muito significativa: interpreta o sentimento nacional de que o Brasil está sempre ?para entrar em cena? e arrebatar a galera, como numa final de Copa do Mundo. Quem dera. Se olhamos o Brasil e o mundo com o olho direito, vemos homúnculos sem futuro de uma nação desmazelada, crivada por lugares-comuns interpretativos. No passado remoto era porque éramos uma nação de mestiços; no um pouco mais recente, era porque fôramos colonizados pelos portugueses e não pelos anglo-saxões. Mais recentemente é porque o Brasil é ?cronicamente inviável?, como diz o título de filme de sucesso (e interessante). ?É tudo igual no país da corrupção?, ?todos os partidos são iguais? e outras observações semelhantes recobrem com uma filosofia sentimental essa percepção conservadora, por vezes reacionária, dos problemas do país.
Faz parte dessa sensação a idéia de que somos pequenos e despreparados para os desafios do mundo moderno: jamais chegaremos lá. Uma boa interpretação desse sentimento de impasse eterno é a capa de Veja desta semana, situando o Brasil como um canarinho amarelo, que mais parece o simpático Piu-piu das histórias em quadrinho, diante da poderosa águia norte-americana. Tudo o que nos resta é administrar a nossa fraqueza, suportar o atraso, tirar férias na Europa e fazer compras em Miami, quando o dólar permite.
Mas de vez em quando o mundo e a natureza nos apresentam imagens surpreendentes, que abalam esta estrutura esquizóide, mas firme como uma rocha e presente entre nós já em idade mais que secular. Foi o caso na semana passada daquelas que mostravam o ator Arnold Schwarzenegger triunfante nas eleições da Califórnia.
Não havia novidade em aquele Estado norte-americano escolher um ator para o governo; Ronald Reagan já trilhara o caminho e daí fôra para a Casa Branca, coisa que o ?exterminador do futuro? parece querer repetir, sucedendo o atual exterminador de plantão. O choque veio pela vassoura que ele empunhava.
Foi inevitável aproximar a cena do sucesso meteórico de Jânio Quadros no pós-guerra brasileiro. Em cena estão o mesmo moralismo de direita; o mesmo populismo conservador; a mesma promessa de limpar a casa; o mesmo despreparo e ausência de uma equipe e de um programa, embora deva se dizer que Jânio teve, por vezes, o concurso de um político brilhante como Carvalho Pinto. Em cena também está a mesma desconfiança ressentida dos políticos, que levou a surgir em São Paulo, além de Jânio, um personagem como o saudoso Cacareco, um rinoceronte que teve milhares de votos naqueles idos que antecederam o golpe militar. Em cena também está o mesmo mal-estar generalizado que as crises econômicas provocam, sobretudo quando vêm acompanhadas de crises éticas profundas, como a que passava a sociedade brasileira no pós-guerra, e como a que passa a sociedade norte-americana hoje. E em cena também está o olhar meio perdido, meio carregado de um certo desvario, de ambos os políticos. E ambos surgiram no Estado mais rico da nação. ?Eles?, os ?adiantados?, estão copiando ?nós?, os ?atrasados?. Que aparente paradoxo!
Naquele Brasil de então Jânio subiu vertiginosamente enquanto o Brasil e seus impasses assassinavam um presidente para logo ser engolfado na esperança meio eufórica, meio maníaca, dos ?cinqüenta anos em cinco? do presidente-sorriso JK. Agora o ator consagrado sobe vertiginosamente (vamos ver até onde), enquanto os Estados Unidos sacrificam abertamente o liberalismo de que são legatários em nome da segurança nacional.
Tudo, é claro, não passa de uma analogia, e de uma certa ironia da história. Mas as analogias não devem ser desprezadas. Se elas podem levar a conclusões enganosas sobre o real (afinal, a Califórnia do século 21 não é a São Paulo de cinqüenta anos atrás) elas são reveladoras sobre o olhar de quem as constrói. E o que permite a analogia não é apenas o meu olhar particular, mas um modo de auto-espelhamento da sociedade brasileira que tem longa tradição. O aspecto mais consistente da analogia é o fato de que Jânio, o ?político-ator? dos anos cinqüenta e de depois também, prenunciava a ascensão dos ?atores-políticos?, como foi, no nosso caso, Collor de Mello, e nos Estados Unidos agora o consagrado governador da Califórnia – e como também é, a seu modo, o atual presidente Bush. Em maior ou menor grau de vulgaridade, são todos ?simulacros?: são imagens que estão ?no lugar de alguma coisa?, de um epicentro ético que a política parece ter perdido.
A única conclusão plausível de tudo isso é que precisamos acertar o passo é conosco mesmos e construir uma sólida percepção do nosso real, que faça declinar as fantasmagorias sobre o tempo. Flávio Aguiar é professor de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo (USP) e editor da TV Carta Maior.”
“Boletim difunde ?pensamento? do governo”, copyright Folha de S. Paulo, 20/10/03
“O que pensa o governo Lula e qual é a posição oficial do Palácio do Planalto sobre Alca, combate à corrupção, agências reguladoras e outros temas? Quem não tiver paciência para ler e interpretar as metáforas dos 189 discursos feitos pelo presidente desde a sua posse pode buscar as informações no boletim eletrônico ?Em Questão?.
Escrito de maneira sucinta e objetiva (quase sempre com uma ou duas páginas), a publicação é produzida pela poderosa Secom (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República Secretaria), sob o comando de Luiz Gushiken.
A equipe de redatores é ampla e pode incluir, dependendo do assunto, pessoas de outros ministérios, além da própria Secom. A aprovação do texto final é de Gushiken, um dos integrantes do grupo de ministros mais influentes dentro do Palácio do Planalto.
Enviado por e-mail para cerca de 50 mil endereços eletrônicos cadastrados, todos os boletins já publicados estão disponíveis no www.brasil.gov.br/emquestao.
O texto atual tem como manchete ?A Alca e os interesses brasileiros?. A publicação serve também para o governo mandar seus recados e críticas a pessoas ou entidades que não se alinham com o pensamento do Planalto.
Foi o que se sucedeu após a divulgação do índice de percepções de corrupção, da Transparência Internacional (TI), no último dia 7. O Brasil ficou com 3,9 pontos, abaixo dos 4,0 obtidos no ano anterior. A Transparência Brasil, seção brasileira da TI, fez um relatório de apresentação afirmando que o governo Lula ainda não cumpriu o compromisso, assumido na campanha, de criar uma agência nacional anticorrupção.
Sensível a críticas, o governo se mobilizou para responder. Primeiro, foi escalado para rebater o relatório da TI o ministro de Estado do Controle e da Transparência, Waldir Pires. Ele convocou uma entrevista coletiva no dia 8. Foi um desastre. A entrevista acabou sendo desviada para o caso da viagem da ministra Benedita da Silva (Assistência Social).
Para consertar, o governo usou uma edição do boletim, na qual tentou rebater o índice de percepções de corrupção. A publicação trazia o título, no dia 10: ?Avaliação da Transparência Internacional não alcança Governo Lula?.
Em um texto detalhado, a Secom procura explicar que só alguns indicadores da TI são referentes ao início de 2003: ?Não há base real para se afirmar? que o índice ?tenha captado a percepção de corrupção no Brasil no governo Lula, nem para melhor nem para pior?.
A estratégia foi desviar o assunto do tema principal. A TI não havia afirmado em seu relatório que a corrupção estava maior ou menor. Disse, na apresentação do relatório, que o governo petista não havia criado a agência anticorrupção prometida na campanha.
Não satisfeito com a versão do seu boletim eletrônico, o governo Lula usou uma de suas vozes mais fortes para tratar do assunto. No dia 14, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi ao noticiário ?Bom Dia Brasil?, da Globo.
Sua aparição foi rapidamente reciclada em uma nova edição do ?Em Questão?, com a manchete: ?José Dirceu: ?O governo não rouba e não deixa roubar?.
O primeiro item do boletim eletrônico era a transcrição da fala de Dirceu sobre corrupção. ?O governo não rouba, não deixa roubar e combate a corrupção (…) Não é fato que o governo não está combatendo a corrupção. O relatório da Transparência Internacional não diz isso. A opinião da seção do Brasil, que eu considero subjetiva, alegou questões que não podem ser tomadas como aumento da corrupção no país.?
O episódio serviu para consolidar o boletim como um órgão de opinião do governo sobre determinados temas. Embora essa função seja do porta-voz, André Singer, o ?Em Questão? serve para expressar de maneira impressa o pensamento oficial do Planalto.”
“A mídia e o petismo”, copyright Primeira Leitura (www.primeiraleitura.com.br), 18/10/03
“À diferença do que supõe a botocúndia do jornalismo político, o passado de eventuais insucessos do tucanato não lhe tira legitimidade para a cobrança; ao contrário, confere-lhe legitimidade ainda maior.
Os partidos de oposição e aqueles que vierem, eventualmente, a se descolar do governo – o PPS parece nessa rota – sabem que terão uma dura batalha pela frente. Não se trata apenas de enfrentar a máquina de propaganda do governismo – forte como jamais, superior mesmo àquela dos tempos da ditadura militar -, mas também de passar pela peneira da mídia, composta, com raras exceções, de áulicos do petismo, Ora, dirão, a mídia sempre aderiu a governos! É verdade. Mas era uma adesão ou determinada pela força (ditadura) ou por um certo pragmatismo e coincidência de agendas (era FHC).
Nos dois casos, tratava-se de esferas racionais de relacionamento: uma delas, na base da brutalidade; a outra, da convergência de pontos de vista. Quem conhece um pouquinho de política e estudou esferas de opinião pública sabe que esses mecanismos sempre têm fissuras – por mais fechado que seja um regime – por onde a crítica penetra. A coisa é muito diferente quando a adesão a um partido se faz na esfera da convicção, da crença, da ideologia. É o que acontece na relação da larga maioria do jornalismo – sobretudo o político – com o petismo.
Peguemos um exemplo quase escandaloso. Na quinta, o PSDB, depois de nove meses de uma hesitante gestação, parece ter decidido se comportar mesmo como um partido de oposição. Depois de ter sido propositivo a mais não poder, de ter votado com o governo a reforma da Previdência, vital para a credibilidade de Lula junto aos mercados, o partido viu uma revoada de parlamentares, atraídos por José Dirceu para os partidos que compõem a periferia da base governista. O PFL, que apareceu para a opinião pública como oposição sistemática, viu fugir o mesmo número de parlamentares.
Corolário: colaborador ou não, propositivo ou não, o tratamento é o mesmo e visa ao aniquilamento do contraditório. Muito bem, o comando partidário parece que decidiu deixar de lado, por ora ao menos, os interesses da federação de governadores e partiu para a oposição política. Ora, os eleitores reservaram ao partido tal papel, não? Quatro meses antes do pleito, até as pedras sabiam que Lula ganharia as eleições. Quem votou em Serra o fez para que o PSDB fosse oposição. Sim, senhores: também se pode eleger um partido – ou partidos – para vigiar o governo.
Pois bem, no seu programa político, os tucanos resolveram oferecer a sua leitura da herança dos tempos de FHC e cobrar as promessas que Lula fez em palanque. Foi o que bastou. Antes que os dirigentes petistas viessem a público para responder às críticas – como fez Genoino nesta sexta, o que é natural e óbvio -, o jornalismo que se quer ?neutro e apartidário? já fez o seu trabalho.
O PSDB criticou o desemprego na era Lula? Lá está o repórter a lembrar que ele também era grande na era FHC. O PSDB atacou o baixo crescimento e rememorou a promessa de Lula de fazer o país crescer 5%? Lá vem a reportagem lembrar que o país cresceu apenas 1,5% no último ano da gestão passada. É como se tudo caminhasse para um empate, para um jogo de soma zero. Ora, se a soma zero, melhor para quem está com o poder, certo? A neutralidade, nesse caso, verdadeira que fosse, soma com o governismo.
Ocorre que o raciocínio é falso. A cobrança dos tucanos se justifica, independentemente dos resultados apresentados por FHC, porque os tucanos já tiveram a sua punição: perderam as eleições. Ou não perderam? Ora, se o país houvesse crescido o bastante, se houvesse um regime de pleno emprego, não seria Lula a ganhar as eleições, mas outro candidato, provavelmente Serra, certo?. Assim, o que cabe à oposição? Cobrar, sim, as promessas do adversário vitorioso.
À diferença do que supõe a botocúndia do jornalismo político, o passado de eventuais insucessos do tucanato nessas áreas não lhe tira legitimidade para a cobrança; ao contrário, confere-lhe legitimidade ainda maior. Ora, trata-se de mostrar que, antes como agora, o país cresceu pouco não porque malvados comandavam ou comandem a economia, mas porque existem limites para a tal ?vontade política?.
Primeira Leitura já conhece o que se segue a textos como este: a desqualificação. ?Tucanismo!?, hão de acusar. Bobagem! Este site, mais do que qualquer outro veículo de imprensa, tem autoridade para fazer essa crítica porque foi aqui que se dissecou o malanismo e se apontou o mal que ele fazia – e faz – ao país. E, sim, de fato, o governo passado lhe deu abrigo e lhe entregou a condução da economia. Está posto que Malan e seus bravos rapazes não eram maus ou incompetentes. Apenas estavam com a agenda que entendemos errada. É essa mesma agenda – agora exercida com mais maleabilidade e posta nas mãos de um político habilíssimo (Palocci) – que está em vigor. Nada mais natural que tucanos, pefelistas ou quantos venham a militar na oposição cobrem do PT a prometida mudança. Ou então que o partido de Lula admita que os adversários de antes – que maus não eram, já sabemos – tinham a razão teórica, além da prática.
Recentemente, este escrevinhador esteve no programa Roda Viva para entrevistar Nelson Pellegrino, o líder do PT na Câmara. Numa pergunta sobre o crescimento econômico, recuperando a metáfora do presidente Lula sobre as ?vacas magras?, foi aparteado por um colega de profissão, que lembrou que as ditas cujas estiveram magras nos últimos oito anos – referindo-se ao período FHC. Com a lembrança, tentava o colega desqualificar a pergunta, antes mesmo que ela chegasse ao entrevistado. Temia certamente que o petista oficial não soubesse dar a resposta que está na mente do petista paralelo. Mas vejam só: a metáfora da vaca não era de Primeira Leitura (a gente não é dado a metáforas zoológicas); ela é de autoria do chefe máximo do petismo! Quem anunciou que o gado começaria a engordar não foi o entrevistador, mas o presidente da República. Naquele momento, o petismo era elevado à categoria do sublime. Vale dizer: nem Lula foi tão petista quanto o dono daquele aparte…
Reitera-se: o PSDB tem toda a legitimidade para atacar o governo do PT justamente porque, no passado, caiu nas mesmas armadilhas e abraçou a mesma racionália, o que, em parte, o senador Arthur Virgílio admite nesta sexta (leia notícia nesta edição). E há, ademais, o ciclo de fato virtuoso vivido pelo tucanato, que precisa ser lembrado. Mais uma vez, no programa político, o partido lembrou os indicadores sociais do país, que melhoraram – e melhoraram mesmo! – substancialmente na década passada. Os números ou são de órgãos oficiais ou são da ONU. Já isso a botocúndia jornalística não quer saber porque não interessa. Limita-se a achar que é pouco. E se dá por satisfeita.
E, de resto, há ainda uma outra herança bendita a ser sempre lembrada – compreende-se que tenha ficado fora do programa tucano porque, como diria Maiakóvski, o tema é ?incompreensível para as massas? -, que é o legado institucional. Quem achar que é pouco, que vá colher exemplos na Venezuela, na Colômbia, na Bolívia ou na Argentina. O Brasil atravessou o furacão de crises econômicas mundiais, na década passada, aprimorando a sua democracia, enquanto todo o resto do mundo, até mesmo os EUA, fez o contrário.
Em dez meses de governo Lula, dois Poderes estão em pé de guerra, um órgão do governo como o Incra, aberta e acintosamente, diz que não vai cumprir a lei, os assassinatos de líderes sindicais rurais aumentaram brutalmente, os programas sociais atingiram a virtual paralisia, duas testemunhas que falaram com uma comissária da ONU foram assassinadas (porque não protegidas pela Polícia Federal). Mas a botocúndia também ignora tais fatos.
Em breve, parece, uma linha especial de empréstimo deve azeitar empresas da mídia – em nome da cidadania, é claro!, e dos altos interesses estratégicos da nacionalidade!!! Será então a hora de ver como a adesão ?de cima?, dos comandantes, vai se casar com a ?adesão das bases?, o baixo clero do petismo que presta seus serviços ao poder na crença ainda de que está fazendo um trabalho de militância e de resistência.
Se uma oposição com vida ativa é uma das precondições para uma sociedade democrática, o primeiro adversário a enfrentar é justamente a tropade choque da mídia petista. Não é uma luta pequena. O México sabe muito bem o custo de um partido que toma o lugar da sociedade – inclusive no jornalismo.”