CARTAS
DOSSIÊ PERFÍDIA
Cordiais felicitações e força, força e força! Como observador constante da página e do programa desse OI, temo que logo ficarei privado desse prazer. Vocês estão mexendo num vespeiro, grande Dines, cuidado! Quando li seu artigo "Memórias das Trevas – O complô do silêncio", primeiro concordei em tudo e, segundo, antevi problemas. Em 6/2/2001, quando o OI não entrou no ar (ao vivo), não tive mais dúvidas: eles já estão agindo! E eu pergunto: então, não há censura? Conquistamos realmente a liberdade de expressão? Temos assegurado o direito de ir e vir? A imprensa é livre? Caríssimo Dines, eu não sei o que dizer e nem o que fazer. Mas reconheço todo o seu esforço e a sua grandeza. Só espero estar sempre do lado do bem, da imparcialidade, da virtude, ou seja, do seu lado. Um abraço!
Lamentável, é o mínimo que se pode dizer, quando um dos raros programas de qualidade de nossa televisão passam por um crivo, ao tratar de assunto desta relevância. Pior é saber que, de forma antecipada, a TVE do "feudo" do Sr. Antonio Carlos Magalhães não levaria o programa ao ar. Talvez nova pauta deva ser considerada: o papel das emissoras estatais – sua função é informar (com isenção) ou erguer loas ao governo que as mantêm?
Ficamos estarrecidos ao saber dessa verdade, por trás dos bastidores, rogando que o jornalista Alberto Dines e a equipe do Observatório da Imprensa não se deixem abater. Pelo menos o Big Brother ainda não os cerceou pela web. Um abraço,
Odair G. Proença Jr., Curitiba
Ao ler a íntegra do fax enviado em resposta à acusação de censura ao programa com o jornalista João Carlos Teixeira Gomes, não tenho mais dúvidas: não se tem pudor em admitir que a decisão foi tomada em favor de interesses particulares, e em evidente temor diante de prováveis ações arbitrárias, ilícitas. Pobre Brasil.
Waldir, Salvador
Lamentáveis, lastimáveis e injustificáveis suas justificativas para não levar o programa ao ar. Agora sim, tenho certeza de que voltarei a ler jornal do mesmo jeito que sempre li, pois o slogan do Observatório, com esta autocensura, foi para o espaço. Como diria o Casoy, que vergonha. Sem comentários. Viva o canalha do ACM, que manda e desmanda neste país. Abaixo a censura e seus discípulos que, vestidos de cordeiro, passam uma imagem que não é a do lobo, porém agem tal e qual. Vergonha! Vergonha, mil vezes vergonha. Xô, satanás!
Quero prestar minha solidariedade pela decisão de suspender a transmissão do programa sobre ACM. Assisto ao programa toda semana, e concordo inteiramente com Alberto Dines.
Yvonne Stern, Rio de Janeiro
O Observatório da Imprensa, com a entrevista com Luiz Fernando Emediato, "Os segredos do editor", mostra que ainda é possível vida inteligente, independente e decente na imprensa nacional. É, no mínimo, um alento. Parabéns a Luiz Egypto.
Ana Lúcia Amaral, procuradora regional da República em SP
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