Monday, 18 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Francesc Relea

FORO IBEROAMERICANO

"Gorilas o macacos en la telecomunicación global", copyright El País, 10/11/01

"??Queremos algún gorila o vamos a seguir teniendo macacos??, preguntó Felipe González al referirse al panorama de las telecomunicaciones, sector en el que, en su opinión, no van a quedar más de cuatro grandes empresas.

El ex presidente del Gobierno propuso un nuevo concepto de competitividad cooperativa gracias a las nuevas posibilidades que ofrece la red. ?No podemos seguir soportando la unilateralidad del mensaje, porque no dialoga. La información va en una sola dirección; en cambio, la competitividad cooperativa puede darnos la clave de cómo establecer alianzas?.

Manuel Pizarro coincidió con González en que van a quedar ?cuatro o cinco grandes fábricas de cultura -Estados Unidos y el mundo anglosajón, el mundo árabe-musulmán, Japón y Alemania-. Nosotros tenemos que ser uno de los actores?. Y Juan Luis Cebrián recordó a los presentes la dura realidad que muestra que idiomas menos globales que el español son capaces de competir con mejor estructura financiera. Y para muestra un botón: ?De las 12 grandes empresas de comunicación seis son norteamericanas, cuatro japonesas, una alemana y sólo una española, la holandesa Endemol, que compró Telefónica?. Cebrián llamó la atención ante un exceso de optimismo y pidió realismo. ?Hoy?, dijo, ?el tango, toda la música latina está en manos de los japoneses. Y estamos hablando de un mercado que mueve 3.000 millones de dólares anuales?.

El avance tecnológico, como Internet y la banda ancha para distribución de telecomunicaciones, es más lento en América Latina que en otras zonas del planeta, como Asia. Puso el ejemplo de los 10 millones de internautas latinoamericanos -la mitad en Brasil y una cuarta parte entre México y Argentina-, una cifra manifiestamente mejorable. No hay una industria de lenguaje informático en español y portugués, ?para ello hace falta el apoyo de los Gobiernos y de las instituciones?. Destacó que no hay una televisión global en español que no sea made in USA (caso de la CNN en español) y, en cambio, empieza la guerra en Afganistán y aparece una cadena televisiva en árabe.?"

 

BONI NO SBT

"Boni no SBT não é questão de dinheiro, embora seja negócio de US$ 10 milhões", copyright CidadeBiz (www.cidadebiz.com.br), 16/11/01

"Um amigo de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ouviu a cifra de 10 milhões ao bisbilhotar involuntariamente uma conversa entre o ex-chefão da Rede Globo e o big boss do SBT, Sílvio Santos.

Ficou com a impressão de que os milhões são de dólares, não de reais – e se referem às luvas que SS estaria disposto a pagar para ter Boni a seu lado no desafio de fazer do SBT não mais ?a campeã absoluta do segundo lugar?, como dizia o anúncio – mas a número 1.

O amigo desconfia de três coisas.

Primeiro: Boni, aos 67 anos, está tentado a topar a parada de promover em outra emissora um replay do que fez na TV Globo.

Segundo: jamais fará qualquer indelicadeza com a Globo para conseguir isso. Entrar na Justiça, como se noticiou, é loucura.

Terceiro: salários e luvas, seja em dólar ou em real, não iriam atrapalhar a negociação. Mesmo porque o problema que constrange Boni não é o de não ter dinheiro para gastar e, sim, o de lhe faltar tempo para torrá-lo.

Para um workaholic como Boni, trabalhar ao lado de Sílvio Santos é dar adeus àquelas férias de 40 dias na Provence, com jantares à luz de vela e um Vieux Château Certan no copo Riedel."

 

IBRAHIM SUED / RESENHA

"Não vale a pena esperar gratidão em jornalismo?", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 16/11/01

"?Não vale a pena esperar gratidão em jornalismo. Aliás, não espere gratidão nenhuma, porque nem Jesus Cristo escapou das maledicências daqueles que tinha como seus amigos?. A frase é de Ibrahim Sued, profissional que deu voz e cara ao colunismo social feito no Brasil a partir dos anos 50. A irada declaração foi dita por Ibrahim ao ser substituído por Zózimo Barroso do Amaral em 1993, no Globo. Foram 40 anos de trabalho no jornal, onde o Turco, como era conhecido, revelou negociações, adiantou nomeações e mostrou o glamour da altas rodas reinventando a maneira de se fazer coluna.

Boa parte desse trabalho encontra-se reunido em ?Ibrahim Sued – Em sociedade tudo se sabe?, livro que Bebel Sued, sua filha, lançou no fim de outubro pela editora Rocco. Dividido por temas (economia, política, moda e cultura), o livro faz um apanhado do que de melhor foi produzido em 15 mil colunas escritas pelo colunista ao longo de sua carreira, que teve início em 1951, no jornal A Vanguarda.

Estudante de jornalismo, Bebel diz que a idéia de fazer um livro, reunindo o que de melhor seu pai havia produzido, surgiu após sua morte, quando arrumava os arquivos do escritório localizado no Centro do Rio. Foram seis meses de árduas escolhas: ?Era muita coisa boa, foi difícil escolher?. Bebel esclarece também que, à medida que o tempo ia passando, a coluna de Ibrahim foi adquirindo perfil mais sintético. ?As primeiras colunas eram crônicas. Com o tempo, ele foi buscar o furo e a notícia curta?.

Furos como a indicação de Costa e Silva para a presidência da república durante o regime militar conviviam com listas das 10 mais elegantes do Rio (onde sempre brilhavam os nomes de Carmen Mayrinck Veiga e Lourdes Catão). Tudo temperado por expressões que ajudaram a compor seu estilo, como ?Os cães ladram e a caravana passa? e ?Olho vivo porque cavalo não desce escada?.

Sob seu comando começaram Elio Gaspari (que assina o prefácio do livro) e Ricardo Boechat. Este disse que, somente após terem deixado dividir o mesmo espaço de trabalho durante 14 anos, é que passaram a nutrir sentimentos cordiais um pelo outro. ?Nossa convivência era diária, mas não diria que era fraternal. Somente com os anos, a distância e meu amadurecimento fez com que tivéssemos uma relação diferente?, diz Boechat, hoje editor-chefe do Jornal do Brasil.

Foi com Ibrahim que o editor-chefe do JB iniciou sua carreira jornalística. É a ele que Boechat atribui boa parte do que sabe hoje. ?Comecei muito novo, com 17 anos. Foi com ele que aprendi a usar o telefone como instrumento de trabalho, valorizar fontes e ter cadernos de telefones sem ficar dependendo de assessores, divulgadores e fontes oficiais?, diz."