GM vs. OMBUDSMAN
"Notícia e anúncio", copyright Folha de S. Paulo, 15/11/01
"?A GM do Brasil lamenta o texto ?A pulga sumiu?, publicado na coluna ?Ombudsman? (pág. A6, 4/11), que, além de fazer infundadas considerações sobre a campanha ?juro zero? da GM, interpretou de maneira imprópria a matéria abordada sob diferentes enfoques, confundindo e fazendo com que os leitores confundissem os conceitos de anúncio e notícia. O texto considerou ainda que a mencionada campanha pretendia ludibriar o consumidor, o que é inverídico. Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o Brasil experimenta, hoje, uma economia aberta. Portanto em muitos segmentos econômicos brasileiros, dentre eles o automobilístico, o preço no mercado é livre. O consumidor negocia com o vendedor e faz prevalecer também seu bom relacionamento na concessionária. A concessionária, por sua vez, terá maior ou menor possibilidade de conceder ou não descontos, o que fica a seu critério. Assim, a GM do Brasil considera totalmente descabida a afirmação do ombudsman de que teria levado os veículos de comunicação a, impropriamente, noticiar a campanha ?Chevrolet zero com juro zero?. De fato coube à GM do Brasil ocupar o noticiário com a informação da campanha de ?juro zero?, amplamente divulgada pelos meios de comunicação que a julgaram interessante, a exemplo da correta reportagem da Folha, publicada no dia 25/10. Também equivocada é a afirmação de que o consumidor teria sido enganado, citando os argumentos infundados de um diretor de agência de notícias, de que ?quando soube da promoção, desconfiei de cara?. Diversos consumidores fizeram bons negócios e contrataram financiamentos sem juros. Essa mesma campanha da GM também foi alvo de uma agressiva estratégia comercial e publicitária. A GM sabe fazer propaganda e, para isso, conta com o trabalho das melhores agências publicitárias, e não mistura comunicação com publicidade. Afinal, notícia é notícia, anúncio é anúncio. Pedro Luiz Dias, diretor de Comunicação Social da General Motors do Brasil (São Caetano do Sul, SP)
Resposta do ombudsman Bernardo Ajzenberg – A coluna não entra no mérito da campanha de ?juro zero? nem afirma que a GM induziu os jornais a fazerem isso ou aquilo. Com base em reportagem da própria Folha, critica, sim, a imprensa, Folha inclusive, pela cobertura acrítica dada inicialmente à promoção das montadoras."
O POVO
?Le Monde?, in Mídia pelo Mundo, copyright O Povo, 18/11/01
?No Brasil teve gente que achou pouco, mas a imprensa internacional viu de maneira positiva a condenação dos quatro rapazes que queimaram vivo o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos. O francês Le Monde disse que, ?pelo menos uma vez, a justiça brasileira esqueceu do status social daqueles que julga?. Acrescentou: ?Notoriamente complacente com os bem-nascidos – os condenados com diploma de curso superior têm o direito, por exemplo, a cela especial – a justiça brasileira anunciou no sábado, em Brasília, um veredito que pode ser qualificado de histórico: por cinco votos contra dois, um júri de uma corte criminal condenou quatro jovens da alta sociedade local, a 14 anos de prisão, cada um, pelo assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos.? 14/11
El País
Já o espanhol El País destaca: ?A justiça do Brasil castiga pela primeira vez os assassinos de um índio?. O autor da matéria, Juan Arias, no entanto, carregou as tintas na juíza Sandra de Santis, que presidiu o julgamento, dizendo que ela ?se pronunciou descaradamente a favor dos jovens homicidas. Permitiu-se até zombar publicamente de algumas das declarações das testemunhas e só chorou quando a mãe de um dos condenados disse que seu filho não merecia ficar marcado para o resto da vida já que era de uma família de bem?.
The Guardian
O inglês The Guardian considera que o julgamento do índio pataxó foi um teste para a justiça brasileira. ?O caso está sendo visto como uma vitória dos que defendem os direitos indígenas num país onde os índios são tradicionalmente discriminados?, escreve Alex Bellos, correspondente no Brasil. Na matéria, ele descreve os detalhes da morte de Galdino Jesus dos Santos e o histórico do processo que culminou na condenação dos quatro rapazes.
The Jerusalem Post
Israel renovou contatos com o grupo radical islâmico libanês Hezbollah por meio de intermediários, declarou o dirigente da organização, xeique Hassan Nasrallah. Ele disse a um jornal do Kuwait que está querendo negociar o retorno a Israel dos três soldados raptados pelo Hezbollah no ano passado, na fronteira com o Líbano e, agora, possivelmente mortos. As famílias dos três militares tiveram encontro com o ministro da Defesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer e fizeram apelo no sentido de que os corpos possam ser levados à terra natal. 15/11
The Middle East Times
O jornal egípcio, escrito em inglês, faz o seguinte balanço da cobertura da televisão Al-Jazzera, do Qatar, sobre a guerra dos EUA contra o Talibã e a organização Al-Qaeda: ?Quando você recebe cartas de reclamação de ambos os lados é um sinal que você está fazendo um bom trabalho….Pelas críticas recebidas tanto de países árabes como dos Estados Unidos, seus editores devem estar muito satisfeitos esses dias?.
The Los Angeles Times
Os críticos do jornal norte-americano recomendam Abril Despedaçado, do brasileiro Walter Salles, como um dos bons filmes que estão estreando nos EUA: ?Se a atual situação internacional continuar a impedir as pessoas de viajar ao Exterior, há excelentes filmes em língua estrangeira prontos para trazer o mundo até nós. Entre os mais interessantes da temporada está Behind the Sun (título em inglês). Acrescenta que o filme é ?uma exibição da acuidade cinematográfica? do diretor de Central do Brasil.?"
CPI NO RIO
GRANDE
GRUPO RBS
“Nota oficial da RBS”, copyright RBS (www.rbs.com.br)
A RBS está adotando as seguintes providências em consequência das acusações irresponsáveis feitas à empresa pelo senhor Diógenes de Oliveira, durante a CPI da Segurança Pública na Assembléia Legislativa do Estado do RGS:
1) Está ajuizando ações nas áreas cível e criminal contra o autor das declarações.
2) Está encaminhando semelhante procedimento judicial contra pessoas, publicações, entidades e sites eletrônicos identificados como responsáveis pela disseminação de calúnias, injúrias e difamações, tais como aquelas referidas pelo Sr. Diógenes de Oliveira.
3) Recebeu e coloca à disposição dos interessados carta-relatório elaborada nos últimos dias por uma das mais conceituadas empresas independentes de auditoria internacional, a PricewaterhouseCoopers, que atesta a legalidade de todas as operações mencionadas. A análise comprova também a regularidade de todas as empresas referidas, assim como da única subsidiária internacional do grupo, a RBS Par Ltd.
4) O mesmo relatório menciona que todas as demonstrações financeiras das empresas citadas na suposta denúncia são auditadas desde 1994 e que, além de serem rigorosamente legais, estas operações estão liquidadas – com exceção de uma operação de financiamento internacional que tem seu vencimento programado para fevereiro de 2007, e de duas operações de financiamento de importação de equipamentos, com saldos vincendos respectivamente em julho de 2003 e março de 2004.
Porto Alegre, 20 de novembro de 2001
A RBS comunica que tomará providências legais contra o presidente do Clube de Seguros da Cidadania, senhor Diógenes de Oliveira, diante das afirmações caluniosas e irresponsáveis sobre a empresa, proferidas durante a CPI da Segurança Pública, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Mesmo tendo identificado nos ataques do senhor Diógenes de Oliveira a tentativa de desviar a atenção sobre as denúncias que o atingem, a RBS esclarece:
1?) Suas operações financeiras são legítimas, regulares e adequadas ao porte e solidez da empresa, estando devidamente registradas e auditadas por empresas independentes.
2?) Da mesma forma, as subsidiárias da empresa, no país e no exterior, são regulares e estão devidamente registradas nos órgãos competentes.
3?) Todos os compromissos do grupo estão rigorosamente em dia, como sempre estiveram.
4?) Ao contrário do mencionado pelo senhor Diógenes de Oliveira, a empresa jamais teve qualquer dependência de verbas do governo do Estado do Rio Grande do Sul, que nunca representaram mais do que três por cento da receita publicitária do grupo.
No passado, com propósitos semelhantes, já houve a disseminação de rumores e boatos sobre a situação financeira da RBS, ficando claramente demonstrada a falsidade de tais ataques.
Apesar das tentativas de intimidação, a RBS assegura a seu público e a seus colaboradores que seguirá em sua linha de independência jornalística e empresarial, reafirmando seu projeto de crescimento como vem fazendo há mais de quarenta anos.
Porto Alegre, 05 de novembro de 2001