MONITOR DA IMPRENSA
LEI ANTITRUSTE
No dia 5 de abril, a Federal Trade Commission (FTC) acusou o grupo Hearst de monopólio ilegal de informações sobre medicamentos durante a aquisição de sua rival Medi-Span, em 1998. A FTC vai entrar com uma reclamação na Corte distrital, em Washington, alegando que a aquisição da Medi-Span pela Hearst violou leis antitruste. O acordo resultou em aumento drástico de preços para a base de dados utilizada por farmacêuticos e outros profissionais médicos para descobrir informações como interação entre drogas.
A comissão, segundo Peter Kaplan [Reuters, 5/4/01], pede para que a companhia seja obrigada a encarar um novo concorrente para substituir a Medi-Span, e que se desfaça do lucro obtido sobre o aumento de preços que seguiu o acordo.
Porta-voz do grupo Hearst declarou, no mesmo dia em que o veredicto da FTC saiu, que discorda da conclusão da comissão e que está surpreso e decepcionado com a decisão.
As informações em questão eram alertas a farmacêuticos sobre quaisquer interações perigosas entre medicamentos recém-prescritos e drogas que pacientes já estavam ingerindo. Sob a legislação norte-americana, parceiros em processo de fusão devem divulgar informações sobre seus negócios de forma que os reguladores antitruste possam determinar se a combinação das duas empresas porá fim à competição. À época, a Hearst e a Medi-Span eram competidores significativos no mercado de arquivo de dados médicos.
A Hearst decidiu recorrer.
THE BOSTON GLOBE
Matthew V. Storin, editor do Boston Globe, proibiu a publicação da coluna de Eileen McNamara, vencedora de um prêmio Pulitzer, criticando uma regra interna do jornal. Storin acha que muito já foi dito sobre a política do Globe de banir redatores esportivos de uma estação de rádio local, assunto tratado na coluna de McNamara.
Conta Lucia Moses [Editor & Publisher, 2/4/01] que McNamara, em um dos programas da rádio, alegou ter sido censurada. Outras mídias locais deram a notícia com estardalhaço e continuam dando suítes, obrigando o próprio Globe a uma cobertura completa em suas páginas.
Em sua defesa, Storin afirmou que a coluna também apresenta um conflito de interesses porque o marido de McNamara é redator esportivo. Ela disse que isso é desculpa esfarrapada, pois seu marido não aparece nos shows. Storin também acha que o jornal é exageradamente autocrítico. "Se ela pensa que aqui há censura, ela deveria ir embora", disse. McNamara revelou que a nenhum colunista é permitido escrever sobre a empresa Barnicle.
A confusão começou em 16 de março, quando Don Skwar, editor de esportes do Globe, dissolveu a equipe de dois talk-shows esportivos por considerar o conteúdo dos programas muito ofensivo.
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