TELETIPO
Duas das maiores companhias de mídia do Oriente Médio se fundiram, numa transação inédita na região. A Lebanese Broadcasting Corporation, do Líbano, e o jornal saudita Al-Hayat, que tem sede em Londres, terão redação conjunta com 70 correspondentes internacionais. A equipe deverá ser chefiada por Jihad el-Khazen, ex-editor-chefe do Al-Hayat. Executivos das duas empresas dizem que a união poderá dar origem a um canal de TV de notícias 24 horas no futuro. As informações são da AP [15/12/02].
O Movimento pela Reforma Islâmica na Arábia, grupo saudita de oposição, lançou uma rádio para criticar a família real, iniciativa sem precedente neste país onde é grande a repressão política. A Sawt al-Islah (Voz da Reforma) pode ser ouvida por meio de antena parabólica 24 horas por dia, ou 2 horas por dia em rádio de ondas curtas. "É o primeiro serviço do tipo no mundo árabe. Se este método sobreviver, vai quebrar uma grande barreira psicológica na relação entre o regime e a população", anima-se o dissidente Saad al Faquih Faquih. A rádio é transmitida de algum lugar da Europa e usa um método criptográfico para impedir que pessoas que liguem para ela desde a Arábia Saudita sejam rastreadas, como informa a Reuters [10/12/02].
Oito grandes estúdios de cinema dos Estados Unidos entraram com processo contra companhias que editam filmes para retirar cenas de violência, nudez e linguagem imprópria. Eles alegam que aluguel e venda de filmes editados sem autorização do detentor dos direitos autorais é prática ilegal. Empresas como a CleanFlicks usam computadores para "limpar" filmes sob encomenda de revendedores e locadoras. Há também softwares como os da Clearplay que fazem a censura em tempo real no computador do usuário. Segundo a AP [14/12/02], os estúdios entraram na briga a pedido da Associação dos Diretores da América, que já vinham tentando impedir a "sanitização", como é chamado o processo nos EUA.