TELETIPO
Os veículos de comunicação privados da Somália ? cerca de 20 jornais e uma dúzia de estações de rádio e TV ? se recusam a publicar qualquer release do governo enquanto não for invalidada lei recém-aprovada pelo parlamento que restringe a atuação jornalística. O regulamento proíbe a publicação de qualquer coisa que contrarie “os interesses comuns” do país, sem definir o que isso significa, sob pena de cassação da licença de funcionamento. Segundo os Repórteres Sem Fronteiras [3/10/02], o ministro da Informação, Abdulrahman Ibi, afirmou que se trata de uma medida para “reorganizar e regular” a mídia.
Hackers atacaram o sítio do jornal Ming Pao, de Hong Kong, redirecionando no dia 3/10 os usuários da China a uma página da Falun Gong, grupo proibido pelo governo comunista. Visitantes de outras partes do mundo não foram afetados. O respeitado diário publicou matéria dizendo desconfiar da própria Falun Gong. Recentemente, foram presas 15 pessoas que invadiram um sistema de TV a cabo para transmitir filmes do grupo em duas cidades do nordeste chinês. A Falun Gong atua livremente em Hong Kong, que garante a liberdade de expressão, informa a AP [3/10/02].
The Guardian aumentou seu preço de capa de ? 0,50 (aproximadamente R$ 3) para ? 0,55, acabando com o último resquício da guerra de preços dos jornais britânicos, que Rupert Murdoch iniciou em 1993, quando barateou o Times. Há pouco, o jornal desistiu da estratégia, também voltando a seu preço normal. A experiência mostrou que o leitor não se importa com a pequena diferença. O Sunday Times, por exemplo, foi relançado recentemente com um preço ? 0,20 maior e, ainda assim, teve tiragem aumentada em 40 mil exemplares na primeira semana. As informações são do Guardian [4/10/02].