RÁDIO
A Future of Music Coalition, organização americana de músicos, especialistas em tecnologia e advogados de políticas públicas e propriedade intelectual, realizou pesquisa que indica que a consolidação das companhias de rádio nos EUA, possibilitada pela desregulamentação do setor, só trouxe desvantagens a ouvintes e artistas. O público estaria tendo acesso a uma programação cada vez menos diversificada e os músicos estariam encontrando mais dificuldade para conseguir chegar ao ar, pois predominam nomes de grandes gravadoras. Os autores da pesquisa esperam que a Comissão Federal de Comunicações suspenda futuras medidas de liberalização.
Executivos do rádio fizeram pouco caso do estudo. "Ele contém dados falsificados e análise superficial", disse um porta-voz da Associação Nacional de Radiodifusores. A organização argumenta que o rádio ainda é um meio com propriedade pouco concentrada se comparado com outros ramos. "Cinco selos controlam essencialmente todo o negócio de música e um punhado de estúdios de Hollywood controlam quase todo o negócio de cinema. Enquanto isso, os 10 maiores grupos de rádio controlam apenas 50% do dinheiro da indústria do rádio".
Na internet, pelo menos, foi dado um passo em prol da diversidade. O congresso americano aprovou que as pequenas rádios da web paguem menos royalties a gravadoras e artistas. Se fosse mantida um taxa igual para todas as emissoras, independente de seu porte, muitas pequenas desapareceriam por falta de dinheiro. Agora, rádios virtuais grandes como a da AOL pagam um centavo por hora por ouvinte e as menores contribuem com uma porcentagem sobre seus lucros ou gastos. Com informações de Hollywood Reporter [15/11/02] e Reuters [15/11/02].