GERALDO PERSEGUIDO
David Folkenflik, do jornal americano Baltimore Sun, vem sendo perseguido por Geraldo Rivera desde que escreveu matéria desmentindo o apresentador do canal Fox News, por causa de um reportagem no Afeganistão na qual falsamente mostrava o lugar onde soldados americanos teriam morrido sob fogo amigo. Há cerca de um ano, Folkenflik demonstrou que o lugar citado por Rivera na verdade se situa a centenas de quilômetros da locação utilizada.
Rivera tentou fazer com que os patrões do repórter na Tribune Company desmentissem a matéria. Depois, quando ela ganhou US$ 10 mil do Centro de Mídia e Relações Públicas de Washington, ele tentou revogar a premiação, afirmando que condecorar Folkenflik seria equivalente a fazer honras a Janet Cooke, jornalista que teve de devolver o Pulitzer quando se descobriu que o menino de 8 anos viciado em heroína que descrevera em reportagem não existia.
Como informa Felicity Barringer, do New York Times [2/12/02], o Centro resolveu tornar público um debate por escrito travado entre o apresentador e um dos editores de Folkenflik, Stephen Proctor. Rivera disse que se enganou de lugar e que aquele em que gravou seria palco de um segundo incidente, semelhante ao primeiro. No entanto, Proctor responde que enviou fitas a militares que não confirmaram a veracidade destas alegações.