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INTERNET E DEMOCRACIA
TT Catalão
"Os inimigos da informação", copyright Correio Braziliense, 6/05/01
"A liberdade de expressão, base fundamental da imprensa, já considera a Internet como o principal veículo de informação alvo de governos não favoráveis à livre circulação de idéias. A ONG francesa Repórteres sem Fronteiras montou na rede FNAC de Paris uma exposição intitulada ?Nome e Vergonha?, com os trinta governos que mais desrespeitam a liberdade de expressão. Destaques para Vladimir Putin (Rússia), Fidel Castro (Cuba), Saddam Hussein (Iraque), Leonid Kuchma (Ucrânia), Alexander Lukashenko (Bielorússia), Kim Jong-Il (Coréia do Norte), José Kabila (República Democrática do Congo), o talibã Mullah Mohammad Omar, o grupo basco ETA, os paramilitares da Colômbia e tchetchenos. A China e o Irã são classificados como ?os maiores países-prisão para jornalistas do mundo?.
Na abertura da mostra foi lançado o relatório da organização, minucioso em detalhes sobre os 60 países analisados. O relatório também avalia o papel do jornalista frente às novas mídias. O jornalista perde a exclusividade de ter o poder de circular informação. Até mesmo imagens: o número de câmeras domésticas documentam e flagram material amador que são usados em veículos profissionais.
Os jornalistas franceses consideram que ?um site, um fórum de debates, a troca de e-mail são ameaças para alguns governos?. ?Um exilado político pode divulgar informações aos compatriotas que ficaram em seu país, furando todos os sistemas de vigilância tradicionais. Um jornal censurado pode publicar seus artigos em servidores norte-americanos, escandinavos ou franceses em poucos minutos?, prosseguem.
Relatório
O relatório dá espaço maior para a Internet, que, para os membros da RSFs, ?rompeu o quadro tradicional de relações de oposição entre Estados e produtores da informação. Agora, todos podem ser intermediários entre uma informação e sua difusão para o grande público. Um e-mail enviado a mil destinatários deve ser considerado correspondência privada ou um meio de comunicação? Que leis devem ser aplicadas às publicações virtuais que são mundiais e essencialmente transfronteiras, indagam.
Todos querem ter acesso à Internet, porém sonham com uma rede sob controle. O grupo acredita que a Internet é a ferramenta ideal para evitar a censura. ?Quando um texto é solto na rede, é quase impossível capturá-lo. Graças à solidariedade na rede, ao militantismo libertário de certos internautas, o texto será recuperado, protegido e potencializado por meio de sites espalhados no mundo. A mensagem dá a volta ao mundo em menos de 48 horas e é automaticamente reproduzida em cem mil cópias. Os autores podem manter o anonimato, reproduzindo artigos censurados, hospedando jornais proibidos. O próprio site de RSFs (www.rsf.org) abre espaço para tais manifestos de imprensa. Assim segue a característica mais profunda do humanismo francês, sempre berço para acolher minorias e exilados do mundo.
Repressão
Regimes mais autoritários legislam, vigiam e censuram a Internet progressivamente. O grupo afirma que ?vivemos a era da ciberdissidência?. Citam o exemplo da Coréia do Norte, que não tem servidor, nem possibilidade de conexão. O país de Kim Jong-Il é o único país do mundo onde não existe Internet livre, só a oficial com provedores locados no Japão. A Arábia Saudita construiu, em Djeddah, um gigantesco sistema de filtragem de endereços e conteúdos (são 200 endereços proibidos). A China, com 20 milhões de internautas, treina policiais para ?a guerra contra os artigos antigoverno?. Cometer a cibercriminalidade pode ser punido com a pena de morte.
Na avaliação do quadro ocidental, o RSF mostra a França como ?pioneira ao tentar regulamentar o uso da rede quando essa estava em fase embrionária. Vários projetos de lei t&ecirecirc;m sido apresentados contra o princípio constitucional da liberdade de expressão. A Alemanha – tendo como alvo os famigerados sites neonazistas baseados nos Estados Unidos – encoraja magistrados na criação de leis de controle?.
Nos Estados Unidos, onde a circulação de informação por Internet está protegida pela Primeira Emenda da Constituição, o RSF vê os conservadores sempre levantando o fantasma da ?poluição pornográfica? para tentar impor leis restritivas. ?Nesses três países, as restrições legais relativas à difusão de informações pela Internet têm, ainda hoje, caráter excepcional. Porém, diante da falta de normas jurídicas claras, existe um perigo real de que as iniciativas individuais de magistrados, desejosos do controle, criem a jurisprudência liberticida?, concluem.
Apesar da vigilância e do controle, surgiram redes de informação em países como a Birmânia, China, Coréia do Norte, Cuba, Iraque, Líbia, Sudão, Síria e Vietnã, onde a imprensa está amordaçada e apenas se pode esperar que os provedores de informação se tornem cada vez mais mestres na arte de burlar as autoridades. O grupo recomenda ?a criação de programas de ajuda externa para o desenvolvimento de uma imprensa livre?."
MERCADO
Terra
"Terra assina parceria com o grupo IDG", copyright Terra (www.terra.com.br), 7/05/01
"O portal Terra anunciou uma parceria com o Internacional Data Group (IDG), uma das maiores editoras de publicações especializadas em tecnologia do planeta. Os sites do grupo passam a integrar o canal de Informática do portal, a partir desta segunda-feira. Entre eles, estão IDG Now! e Web World, ambos de notícias, WD/Jobs (busca de empregos e profissionais de tecnologia) e a versão online da PC World, uma das mais tradicionais revistas do mundo. Os sites estavam hospedados no Universo Online.
Com menos de um ano de vida no seu formato atual, o Terra Informática se consolida como o principal endereço do segmento na Internet brasileira. ?Essa é uma parceria muito significativa para o portal?, comemora Sandra Pecis, diretora de conteúdo do Terra. ?O canal de informática do Terra, que já ganhou diversos prêmios e concorre ao IBest 2001, pode ser considerado, agora, o mais completo canal de informações no país sobre o mercado de tecnologia?, completa.
Para o grupo IDG, transferir seu conteúdo para o portal Terra irá permitir uma maior visibilidade e liberdade de trabalho. ?Terra é um portal com presença em mais de 40 países e 19 idiomas, o que poderá ampliar significativamente o número de leitores que possuímos atualmente?, afirma Simone Freire, editora executiva do IDG Now! O principal site do grupo, o IDG Now!, concorre ao prêmio Ibest 2001 pelo juri oficial, na categoria Informática.
Já o Terra Informática concorre ao mesmo prêmio pelo juri popular. O resultado da finalíssima, na qual estão concorrentes de peso (Microsoft e Info Exame), sai na quinta-feira, 10 de maio. Além dos sites do grupo IDG, o canal já oferece três seções produzidas pela editora americana ZDNet, a versão em português da Wired News, três endereços sobre jogos (Terra Games, Outerspace e GameSpot), sites espelhos do Tucows, Istoé Digital, Macmania, MP3Box e Personal Web, além de notícias e conteúdo desenvolvido pela sua equipe editorial."
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