VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS
Os Repórteres Sem Fronteiras [4/11/03] pediram que autoridades iranianas liberem incondicionalmente 11 jornalistas presos durante uma visita oficial de Ambeyi Ligabo, representante da ONU para Liberdade de Opinião e Expressão.
Os RSF pedem que o governo iraniano permita o encontro do enviado especial da ONU, que chegou na capital Teerã em 4/11, com os jornalistas, especialmente os que estão em confinamento solitário. Não se tem notícias de Iraj Jamshidi, um dos prisioneiros, há mais de quatro meses.
Os 11 jornalistas presos no Irã são Akbar Ganji, do Sobh-e-Emooz (desde 2/4/00); Hassan Yussefi Eshkevari, do Iran-e-Farda (desde 5/8/00); Hossein Ghazian, do Norooz (desde 31/10/02); Abbas Abdi, do Salam (desde 4/11/02); Alireza Jabari, do Adineh (desde 17/3/03); Siamak Pourzand, a serviço de diversos jornais independentes (desde 30/3/03); Taghi Rahmani, do Omid-e-Zangan (desde 14/6/03); Reza Alijani, editor do Iran-e-Farda (desde 14/6/03); Hoda Saber, editor do Iran-e-Farda (desde 14/6/03); Iraj Jamshidi, editor do Asia (desde 6/6/03); e Alireza Ahmadi, também do Asia (desde 29/7/03).
Mais de 100 jornais foram fechados desde 2000 no Irã. Ofensas publicadas na mídia ainda são passíveis de prisão e os julgamentos costumam ser conduzidos na surdina. Cinco dos jornalistas detidos aguardam há meses por um julgamento. Emadoldin Baghi, do Neshat, que foi libertado após três anos de prisão, está agora sendo acusado de escrever artigos exigindo liberdade de imprensa e afirmando que o Irã é a maior prisão de jornalistas do Oriente Médio.