ACADEMIA DE JORNALISMO
Quando Niki Hayes se tornou diretora da escola de ensino fundamental North Beach, no ano passado, ficou chocada ao constatar que menos de 37% de seus alunos de quarta série passaram na prova escrita do Washington Assessment of Student Learning (WASL, avaliação do aprendizado do aluno), ficando abaixo da média da região de Seattle, EUA.
A idéia de Niki foi criar uma "academia de jornalismo" para que seus estudantes, que ao fim do ano produziram quatro edições de um jornal e uma revista literária, fossem incentivados a melhorar a redação. Com o dinheiro da Associação de Pais e Mestres (APM), Niki, que já foi conselheira de dois premiados jornais escolares no Texas, contratou a jornalista freelance Leah Kohlenberg para administrar o programa. Leah organizou uma reunião em que jornalistas profissionais ensinaram aos alunos de quarta e quinta série os fundamentos da profissão.
São estes estudantes que escrevem as matérias, tiram fotos e vendem anúncios para o auto-sustentável North Beach Chronicle. Para cada edição são vendidos US$ 600 em anúncios a comerciantes locais. Mil cópias são distribuídas de graça na escola e nas lojas da região. Neste ano, a escola comprará novos equipamentos fotográficos e de vídeo com o dinheiro de doações.
As notas dos alunos de quarta série no WASL melhoraram. Em 2001, 58% passaram no exame escrito. O aperfeiçoamento, no entanto, dificilmente pode ser visto como um feito extraordinário para um corpo de alunos considerado de sonho para os professores, pelas vantagens associadas a sucesso acadêmico, observa Keith Ervin [The Seattle Times, 23/9/01]. São poucos os estudantes pobres, ou os que vêm de países que não falam inglês, ou que precisam de educação especial. Quatro em cada cinco moram com os dois pais.
Para Kim Kommers, presidente da APM, não são necessários bons resultados em exames para ver os benefícios da "academia". O programa, que chama de "incrível", fez com que seu filho de terceira série passasse a ler jornal todos os dias. "A iniciativa tem todos os ingredientes para virar um ótimo currículo. Apenas começou; o melhor está por vir", disse.
THE NEW YORK TIMES
O novo centro de operações do New York Times pode aumentar o espaço para escritórios na cidade, mas não deve ficar pronto tão cedo, informa Eric Herman [New York Daily News, 25/9/01]. Apesar da grande necessidade de mais espaço, o projeto do Times deve começar a ser construído daqui a um ano, no mínimo, e levará mais de três anos para ser terminado.
Em audiência pública recente, foram ouvidas pessoas que apóiam e que discordam do projeto. Executivos do setor de bens imobiliários expressaram seu apoio, apontando a falta de espaço para escritórios, agravada pela destruição do World Trade Center. O edifício deve ser construído no quarteirão entre a Sétima e a Oitava avenidas e entre as ruas 40 e 41, onde existem lojas de "vídeos adultos" e uma Sussex House, prédio de apartamentos para estudantes, que seriam demolidos. "Não queremos este prédio [do Times]", diz Tom Alessandrello, vice-presidente da Sussex Educational Foundation. "Nós fornecemos um serviço à cidade de Nova York.".
Enquanto isso, o Wall Street Journal planeja voltar ao seu escritório no complexo World Financial Center, após se certificar de que a estrutura dos prédios, próximos ao World Trade Center, está sólida. Segundo Lucia Moses [Editor & Publisher, 25/9/01], o Journal vem sendo editado no escritório da proprietária Dow Jones & Co. Inc., em Nova Jérsei, desde os ataques.