Anúncio de página dupla (A-12/13) no Estado de S.Paulo (8/3/01) de um consórcio de empresas para lançar o fabuloso "Fundo de Investimento Imobiliário". Em lugar de destaque, com 50% do espaço, com direito a foto colorida, a mensagem comercial assinada por "João Dória Jr, jornalista", exaltando as vantagens desta aplicação sobre "grande parte dos ativos financeiros convencionais".
Não importam os padrões do jornalismo praticado pelo garoto-propaganda. Para os financiadores do projeto, deve ser OK. Mas alguma comissão de ética de alguma entidade deveria pronunciar-se sobre esta confusão profissional. Se o jornalista tem o dever de informar com imparcialidade não pode vender uma opção. E se vende, deve desistir de informar.
Carnaval é uma espécie de interregno geral. Pausa para o vale-tudo. No camarote das celebridades da Brahma (Marquês de Sapucaí, Rio), desfilaram modelos famosas, astros, estrelas, publicitários, figuras globais e do baixo-clero.
Todos homogeneizados pela camiseta vendendo a famosa grife cervejeira. Celebridade não dá bola para isso, vive disso.
Mas jornalista célebre deveria tomar cuidado ? ou vai a um camarote menos badalado (sem obrigação de usar camiseta comercial) ou vê o desfile das escolas de samba com o crachá de repórter.
Memórias das Trevas, uma devassa na vida de ACM, de João Carlos Teixeira Gomes, também chegou ao primeiro lugar no ranking dos mais vendidos, categoria não-ficção do caderno Mais! (Folha, domingo, 4/3/01)). Nem o excelente caderno de idéias & livros nem qualquer outro do bravo jornalão até hoje ocuparam-se para valer com este best seller. ACM, enquanto isso…
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