VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS
Os Repórteres Sem Fronteiras [27/10] expressaram grande preocupação com o rapto de quatro jornalistas que trabalham no diário Prensa Libre e de dois representantes dos ombudsman de direitos humanos. A organização exige libertação imediata dos guatemaltecos.
Os repórteres Fredy López e Alberto Ramírez e os fotógrafos Emerson Díaz e Mario Linares foram feitos reféns na província de Huehuetenango, na Guatemala, por paramilitares que estão pressionando por compensações do governo pelo apoio dado ao Exército na guerra civil de 1960 a 1996.
Em carta ao presidente Alfonso Portillo Cabrera, Robert Ménard, secretário-geral dos RSF, estimulou-o a evitar medidas que pusessem a vida dos quatro jornalistas em perigo e a fazer o possível para garantir sua libertação o quanto antes. "A liberdade de imprensa mais uma vez virou vítima de tensões da campanha das eleições presidenciais de 9 de novembro", disse Ménard.
Ataques e ameaças à imprensa cresceram na Guatemala, chegando a 60 casos apenas neste ano. A maioria foi atribuída a simpatizantes do general Efraín Ríos Montt, candidato presidencial do partido do governo, Frente da República Guatemalteca (FRG). Um jornalista morreu.
Libertados em 28/10
O Comitê para Proteção dos Jornalistas [28/10] informou que os quatro jornalistas foram libertados na tarde do dia 28, após o governo prometer compensar ex-paramilitares por seus serviços na guerra civil.
O rapto dos profissionais de mídia durou 50 horas.
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, sigla em inglês) [27/10/03] disse que as "ações punitivas" contra jornalistas pela mídia turca e a falta de clareza quanto à nova Lei de Imprensa podem sabotar quaisquer esperanças de entrada da Turquia na União Européia.
A IFJ afirmou estar preocupada, junto com jornalistas locais, com a nova lei, que embora indique apoio a mudanças em prol da democracia, também possui elementos preocupantes. "Há diversas exceções ao princípio de livre expressão que estão mal descritas e regulamentadas", disse Aidan White, secretário-geral da IFJ.
A federação também pede o fim do processo de exílio de jornalistas em províncias do sudeste do país por não assinarem um contrato empregatício, ação punível que aparentemente nega ao jornalista o direito de credenciais de imprensa, além de violar as regras de trabalho internacionais. Jornalistas que se recusam a assinar são enviados a regiões remotas e banidos de posições de chefia. Se demonstram qualquer sinal de resistência a essas medidas, são demitidos.
A IFJ [27/10] também está liderando uma campanha entre diversos grupos de jornalistas pela defesa do Daily News, no Zimbábue, após o último fim de semana de outubro, quando a polícia fechou o diário independente pela segunda vez e Washington Sansole, diretor do jornal, foi preso em sua casa. Outros 18 jornalistas foram detidos na redação.
"Essa é a maior batalha pela liberdade de imprensa da África", disse Aidan White, da IFJ. "Jornalistas de todo o mundo estão indignados com as táticas do regime de [Robert] Mugabe, fora dos padrões dos tribunais e dos direitos humanos internacionais".
O fechamento do Daily News ocorreu apenas 24 horas após ter reaberto. Crítico assíduo do governo zimbabuense, o jornal estava sem circular havia seis semanas.