CÁSSIA ELLER
"Pobre Cássia", copyright No. (www.no.com.br), 7/01/02
"Parece que não querem deixar Cássia Eller descansar em paz, mesmo. Neste fim de semana, a guarda do filho dela, Francisco Ribeiro Eller, de oito anos, virou tema de polêmica depois de uma destrambelhada entrevista do sargento reformado Altair Eller, pai da cantora, à revista ?IstoÉ?. Na entrevista, Eller chega a dizer que não descartava a hipótese de a filha ter sido assassinada, insinuando haver um romance entre ela (que, homossexual assumida, vivia há 14 anos com Eugênia Martins) e a percussionista Lan Lan, que tocava em sua banda. Por fim, dizia pretender brigar na Justiça pela guarda do neto e, é claro, do considerável patrimônio que a filha acumulara.
Como o teor da entrevista de Altair Eller tornou-se conhecido antes mesmo de a revista chegar às bancas, a reação foi imediata, fazendo com que ele voltasse atrás. Em sua edição de domingo, ?O Globo? dava conta que o pai da cantora desistira de pedir a guarda do neto, voltara atrás nas suspeitas de homicídio e admitia que a filha o ajudava financeiramente. O que não abria mão era de disputar a administração dos bens de Cássia. Curioso, não?
Eis que hoje, novamente no ?Globo?, César, irmão da cantora, bota o ponto final que há muito deveria ter sido assinalado nessa história. Na opinião da família, diz ele, a guarda de Chicão deve ficar com Eugênia, que efetivamente criava o menino. Segundo ele, isso respeitaria a vontade de Cássia, para quem seus bens deveriam ser divididos entre a companheira e o filho. É de se esperar que agora, constrangido pela posição dos filhos, Altair sossegue e deixe a filha descansar em paz.
Aliás, não só ele. No ?Jornal do Brasil?, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, diz que, na Justiça, a guarda do menino teria que ficar com os avós, apesar de Nanci, mãe de Cássia também ser favorável a que Chicão fique com Eugênia. Talvez esteja aí a coisa boa a se tirar desse episódio trágico: botar no papel os direitos dos homossexuais. Cássia e Eugênia já viviam juntas quando a cantora gravou seu primeiro disco. Tudo o que ela construiu, além do filho que gerou, foi com o apoio da companheira, não do pai que agora quer ficar com os bens."
"Cássia Eller: relatos apostam em homicídio, overdose e ciúme", copyright Último Segundo (www.ultimosegundo.com.br), 5/01/02
"As Três revistas semanais ?Época?, ?Veja? e ?Istoé? trazem na capa a cantora Cássia Eller, morta no dia 29 de dezembro, aos 39 anos. Cada uma das reportagens mostra relatos diferentes sobre a morte da cantora.
A reportagem da revista ?Veja? teve acesso ao laudo preliminar do Instituto Médico-Legal do Rio. O laudo, entretanto, não é conclusivo sobre a ação de alguma droga ilegal. Só o exame toxicológico das víceras vai dar a palavra final.
Segundo o relato de Ronaldo Villas, empresário da cantora, Cássia já dava sinais de que não estava bem desde o Natal. No dia 26, a cantora ?teve um ataque de nervos e chegou a quebrar uma porta de vidro uma porta de vidro?. Daí a explicação para os hematomas na testa e os arranhões nas coxas que Cássia apresentava ao dar entrada na Clínica no dia 29 de dezembro.
Ainda segundo a revista ?Veja?, o relatório prévio do IML diz ter encontrado no braço esquerdo da cantora ?uma ferida punctória sugestiva das usadas para acesso ao vaso superficial?. Tanto pode ser uma injeção usada na clínica ou uma evidência de que a cantora estava injetando drogas. O laudo toxicológico deverá eliminar as dúvidas?.
A revista Época traz um breve relato da percussionista da banda Lan Lan, ex-namorada de Cássia e quem acompanhou o último dia da cantora. Elaine Silva Moreira, baiana de 33 anos, mais conhecida como Lan Lan, é integrante da banda de Cássia Eller e testemunha-chave da história. Lan Lan prestará depoimento na 10? DP na próxima quinta-feira (09).
Lan Lan falou à ?Época? por intermédio de seu advogado, Arthur Lavigne. Ela conta que para entender como Cássia vinha se sentindo, é preciso recuar um pouco, até o Natal.
?Ela foi para Brasília, passar o Natal com a família, quando teve um acesso de raiva. Chutou móveis e acabou se machucando por causa disso?, disse Lan Lan.
Outros amigos contam que a razão para a crise natalina foi uma discussão entre Cássia e Maria Eugênia Vieira Martins, sua companheira por 14 anos. A discussão foi motivada principalmente por ciúme. Eugênia vinha se aborrecendo com o fato de Cássia estar saindo com outras mulheres, entre as quais a própria Lan Lan.
Em entrevista à revista ?IstoÉ?, o pai de Cássia Eller, Altair Eller, de 66 anos, conta a sua indignação com a morte da filha. Altair, primeiro sargento reformado, descarta qualquer possibilidade de que a filha tenha morrido por ingestão de drogas e antecipa um futuro conturbado na família. Altair disse ainda que vai lutar na Justiça pela guarda do neto, Francisco Ribeiro Eller, de apenas oito anos, e pela tutela dos seus bens.
?Não descarto a possibilidade de homicídio. Não quero acusar ninguém, mas pode ter sido uma morte provocada por uma triangulação amorosa?, afirmou ele, referindo-se ao envolvimento simultâneo de Cássia com Maria Eugênia Vieira Martins – sua companheira há 14 anos – e a percussionista de sua banda, Elaine Moreira, a Lan Lan."