MÍDIA ESPORTIVA
Durante o programa Concentração, da Rádio Bandeirantes AM, antes da partida entre Palmeiras e Boca Juniors, em 7/6/2001, a equipe discutia acerca da nova contratação do São Paulo, o veterano jogador Leonardo, que segundo informações virá ganhando módicos R$ 180 mil por mês ? o que, segundo informações do setorista, estaria causando um certo mal-estar entre os jogadores, já que a agremiação tem teto salarial bem menor.
Durante seu comentário, o exaltado Neto, o mesmo que há alguns anos, num jogo entre Corinthians e Palmeiras, agrediu seu colega de profissão Cezar Sampaio e em seguida cuspiu no rosto do árbitro, pegando implacável suspensão de quatro meses, afirmou que os jogadores estavam "p….". Levei um susto por ouvir um palavrão numa emissora tão conservadora, e principalmente pela reação dos demais integrantes da equipe, que se limitaram a fazer comentários sem graça sobre tamanha falta de educação.
A proliferação de antigos atletas nos comentários enseja situações como esta: nem sempre o craque de ontem será o bom comentarista de amanhã. Não basta que ele saiba se expressar e conhecer esquemas táticos. É preciso que as emissoras seja mais seletivas em suas contratações, e principalmente que lhes dêem treinamento de como se portar ao microfone.
Se por um lado a utilização de antigos jogadores tem a vantagem de o ouvinte saber a opinião de alguém que esteve dentro de campo e conhece os bastidores do futebol ? e este é o grande mérito de Neto como comentarista, pois ele fala muito sobre estes podres bastidores sem medo de desagradar ?, também não somos obrigados a ouvir um linguajar de beira de campo.
Nossos ouvidos agradecem.
(*) Santos, SP. Email: <BarretoBrasil@aol.com>l.com