Último Segundo

"O Observatório da Imprensa, site parceiro do iG (Internet Group do Brasil), passou a ter oficialmente uma edição semanal a partir desta semana, atualizada todas as quartas-feiras.

Na internet desde abril de 96, o Observatório on-line vinha mantendo simultaneamente edições atualizadas em quatro dias fixos do mês, que iam ao ar nos intervalos das tradicionais edições quinzenais. A proposta do site é manter um fórum permanente para acompanhar o desempenho da imprensa brasileira.

O editor do Observatório, Alberto Dines, afirmou que a decisão lançar uma edição semanal é o resultado do crescimento do conteúdo e da audiência do site.

Segundo o editor do Observatório, a audiência triplicou desde o início da parceria com o portal iG, em agosto do ano passado. Os picos de audiência atingiam uma média diária de 5 mil page views quando estava no portal UOL. No iG, a audiência saltou para picos de 16 mil page views/dia, de acordo com Dines.

O crescimento do conteúdo pode ser medido na comparação entre edições de janeiro de 1997 com a deste ano. O Observatório tinha em 97 dez textos, três colaboradores e sete cartas. Em uma edição do mesmo período de 2001, foram 75 textos, 44 colaboradores e 51 cartas.

‘Já vínhamos testando nossa capacidade e tempo de resposta e de assimilação dos nossos leitores’, afirmou Dines.

‘O dado definitivo foi o salto no número de colaboradores, no de cartas recebidas e da audiência. Sinal de que as pessoas querem participar e temos de nos abrir para isso.’"

"O segredo da internet é a participação do usuário. A opinião é do jornalista Alberto Dines, e foi apresentada nesta quarta-feira (31/1) no seminário sobre e-business na Fundação Getulio Vargas. Ele deu como exemplo o site que coordena, o Observatório da Imprensa (http://www.teste.observatoriodaimprensa.com.br)

Em janeiro de 1997, o site publicava apenas 10 matérias e sete cartas, e tinha três colaboradores . Este mês, o Observatório da Imprensa traz 75 matérias, tem um grupo de 44 colaboradores e 51 cartas publicadas. O jornalista explica que por meio desse tipo de relacionamento, cria-se uma nova mentalidade pela tecnologia.

Com uma bagagem adquirida ao longo de 49 anos de experiência no jornalismo, Dines avalia que os veículos tradicionais de comunicação, como jornais impressos, livros e revistas devem desempenhar uma função analítica, procurando trabalhar os temas com maior densidade.

‘O e-book, o e-jornalismo são mais rápidos, mais circunstanciais’, afirmou Dines para uma platéia que lotava o auditório da Fundação Getúlio Vargas.

Ao longo de toda a sua carreia, Dines admitiu que viu muitas ‘mortes anunciadas’ dos jornais impressos. Nos anos 20, esse fato ocorreu por conta do advento do rádio, e trinta anos mais tarde com o nascimento da televisão. Quando chegou a TV a cores, dava-se como certo o fim dos jornais impressos, mesmo movimento que eclodiu nos anos 90, com o ‘boom da internet’.

‘O jornal impresso não está acabado’, sublinhou o jornalista ao afirmar que ao longo de 500 anos nenhum veículo de comunicação morreu, não houve um apocalipse, mas apenas a algumas adaptações.

Dines é entusiasta da tecnologia. Além do site voltado basicamente para a discussão de temas ligados ao jornalismo, ele coordena também um programa na TVE e prepara-se para mais uma jogada: um chat com imagens. Através de uma Web Câmara e graças à banda larga, um telespectador ou internauta poderá participar de um chat e literalmente entrar no programa da televisão."