THE WASHINGTON POST
A companhia Washington Post, proprietária do jornal homônimo, ameaçou entrar com novo processo contra o ativista antiaborto Bill Purdy, que já foi a tribunal por haver registrado domínios de internet semelhantes aos do Post e da Coca-Cola. Desta vez, ele registrou o domínio de internet WPNI.org ? similar ao WPNI.com, que funcionários do Post e da Newsweek usam como terminação de endereço de e-mail.
Patrick Carome, advogado do jornal, afirmou em carta que Purdy teria ligado para a redação e começado a ler mensagens destinadas a empregados dali enviadas a ele por engano. Segundo o CNET News[27/9/02], o documento exige que o domínio WPNI.org e toda correspondência recebida por engano sejam imediatamente passados ao Post. O ativista se defendeu dizendo que não há marca registrada para o domínio, que seria abreviação de "William Purdy’s Novel Insights". A semelhança com o endereço do jornal de Washington seria coincidência.
Para Carome, Purdy infringiu decisão judicial que o proíbe de "registrar ou usar" domínio semelhante ao do Post. Também estaria quebrando a Lei de Privacidade Eletrônica nas Comunicações (ECPA, sigla em inglês), que condena a interceptação de e-mail alheio. Mikal Condon, advogado do Centro de Informação para Privacidade Eletrônica, acha que há pouca chance de o ativista ser condenado porque existem milhares de casos de endereços semelhantes.
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O sindicato que representa 1.500 funcionários do Washington Post convocou nova greve de assinatura, que deve durar cinco dias. Colunistas, fotógrafos, artistas e repórteres retiram os nomes do material publicado no jornal em protesto à não-renovação do contrato de trabalho, que expirou em maio.
A união também pede a seus integrantes que não escrevam artigos para o sítio do Post, ou que ao menos não os assinem. Na primeira greve deste tipo, ocorrida em junho, os dois lados não entravam em acordo quanto às férias, aumento salarial e filiação ao sindicato. A primeira questão já foi resolvida; sobre o pagamento, os funcionários pedem 3% de aumento anual, enquanto o jornal oferece uma soma total de US$ 1.350 mais aumentos que podem variar entre 1 e 3,7% nos próximos dois anos. Em relação à filiação, o Post quer que os funcionários possam deixar a união quando quiserem, sem respeitar o período determinado pela associação (um mês determinado do ano).
Segundo Frank Ahrens [The Washington Post, 1/10/02], a administração do jornal alega que exige consistência dos contratos que têm com todos os outros seis sindicatos ? incluindo a união dos eletricistas ? pois estes permitem que seus integrantes possam deixar a associação assim que quiserem. "O fato de que o Post tenha conseguido forçar alguns sindicatos com menos influência a aceitar maus contratos não é motivo para que cedamos a este tipo de pressão", critica Rick Weiss, repórter de ciência e vice-presidente da união.