JORNAIS AMERICANOS
Publishers dos grandes jornais americanos, em conferência para investidores, anunciaram previsão de crescimento no volume de publicidade em torno dos 5% em 2004, reporta Seth Sutel, da AP [10/12/03]. O CEO da New York Times Company, Leonard Forman, alertou, no entanto, que os "lucros com propaganda continuam difíceis de predizer". Ele acredita que seu jornal deve faturar por volta de 3% a mais com assinaturas. A presidente da companhia, Janet Robinson, explicou que a estratégia para o ano que vem é melhorar a distribuição nacional do New York Times, pois ela já representa 47% do total das vendas ? contra 38% há cinco anos.
O CEO da Washington Post Company, Donald Graham, explicou que não pretende, por enquanto, incluir os leitores do sítio de internet do Washington Post nos números de circulação, como fez o Wall Street Journal. O representante deste jornal, por sua vez, destacou os sinais positivos de recuperação no setor de publicidade b2b ? de empresa para empresa. Mas concluiu que a fase difícil do jornalismo impresso americano ainda não acabou.
Nem todos os grandes jornais americanos estão entrando na onda de lançar tablóides gratuitos para atrair o público jovem. Depois que o Washington Post lançou o Express na capital e a Tribune Company, dona da Chicago Tribune, colocou em circulação o amNewYork, ficou a expectativa de qual seria a próxima novidade do gênero.
O publisher do New York Times, Arthur Sulzberger Jr., disse em conferência a investidores, no entanto, que seu jornal não tem intenção de lançar versão reduzida. "Essas companhias estão fazendo pouco de si mesmas", comentou sobre os concorrentes. "Acreditamos que para nós faz mais sentido aumentar nossos esforços nas universidades, levando o Times ? e não um produto menor ? a mais campi"quot; Atualmente, o diário tem mais de 100 mil cópias distribuídas gratuitamente para estudantes todos os dias. Sulzberger acrescentou que não tem muita preocupação em atrair determinadas gerações porque há uma década conseguem manter a média de idade dos leitores em 44 anos, ou seja, não está acontecendo um envelhecimento do leitorado.
Representantes das companhias Gannett e McClatchy, proprietárias de dezenas de jornais regionais, também disseram que não têm planos de lançar tablóides. Devem continuar apostando em seus encartes semanais para jovens. A Gannett anunciou, de acordo com reportagem de James Madore, do Newsday [11/12/03], o lançamento de novos produtos desse tipo em cidades dos estados da Carolina do Norte, Delaware e Flórida.