TELETIPO
A Univision, emissora de língua espanhola nos EUA, após lançar em janeiro um segundo canal, está reestruturando sua programação, informa Meg James [Los Angeles Times, 21/3/02]. O TeleFutura, criado em princípio para atrair público jovem que assiste a canais em inglês, viu sua audiência cair em um terço em março, obrigando seus diretores a acrescentar algo na programação formada originalmente por filmes de Hollywood dublados, esportes e videoclipes. A chegada do enlatado El Inutil ao horário nobre foi recebida com ceticismo por investidores: o seriado concorreria com atrações do primeiro canal, o Univision. A emissora nega essa possibilidade, e afirma que, além de atrair telespectadores do concorrente TeleMundo, o Telefutura cumpre a missão de roubar público dos canais de língua inglesa.
Em decisão histórica, a Justiça britânica condenou o jornal Mirror a pagar R$ 12.500 a Naomi Campbell por revelar que a modelo freqüentava os Narcóticos Anônimos. Além disso, o jornal a tratou de forma racista, comparando-a a um "soldadinho de chocolate". Segundo a Reuters [27/3/02], o editor do Mirror, Piers Morgan, alega que o termo foi usado com o significado de "pessoa que chega tarde à batalha". "Mesmo assim, fico surpreso que tenham considerado adequado fazer essa comparação em artigo altamente ofensivo e pejorativo", avaliou o juiz Michael Morland. Naomi foi a primeira negra a sair na capa da revista Vogue, na França. A decisão deve influenciar na maneira como a mídia inglesa noticia a intimidade de pessoas famosas.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA determinou que a transmissão do desfile de lingerie da marca Victoria?s Secret pela rede ABC não infringiu a lei de indecência. O grande número de pessoas que reclamaram com a comissão recebeu e-mail comunicando a decisão e ressaltando que "qualquer ação do governo contra programação supostamente indecente tem que levar em consideração que tal material está protegido pela Primeira Emenda (direito à livre expressão)". A regra federal que zela pela decência nos Estados Unidos diz que não se pode exibir "atividades ou órgãos sexuais ou excretores de maneira ofensiva, segundo padrões contemporâneos da comunidade". Para a Variety [26/3/02], as queixas não teriam caracterizado o desfile desta maneira.