TELETIPO
O crescente número de produtos voltados para consumidores masculinos e a aparente dificuldade dos homens em acompanhar as novidades chamaram a atenção do mercado editorial, que, por sua vez, não perdeu tempo. Este ano serão lançadas duas revistas de compras dedicadas exclusivamente ao público masculino. O objetivo das duas publicações é funcionar como catálogo e servir de guia para ajudar os homens que estão dispostos a gastar o salário, mas não sabem muito bem como. Serão dadas explicações sobre todos os tipos de produtos, desde cremes faciais até carros.
A primeira revista a ser lançada é a Cargo, da Condé Nast Publications, que promete ter uma circulação inicial de 300 mil exemplares a partir de março. Em setembro, é a vez da Vitals, da Fairchild Publications (que é uma divisão da própria Condé Nast em conjunto com a Advance Publications). As duas revistas foram inspiradas na revista feminina Lucky, lançada em 2000 e grande sucesso nos EUA ? e também uma publicação da Condé Nast. [The New York Times, 29/12/03]
A França aboliu o bloqueio para que a imprensa anuncie seus produtos na televisão. Os comerciais de TV também foram liberados para livros e cadeias de supermercados.
Os jornais, porém, terão que enfrentar uma espécie de censura se quiserem anunciar na televisão. Jornais diários não poderão exibir sua primeiras páginas no comercial se elas contiverem anúncios de cigarros, bebidas alcoólicas ou medicamentos.
O CSA, cão-de-guarda responsável pelo controle das transmissões de TV no país, terá que decidir se as reportagens mostradas nos anúncios estarão quebrando as regras da propaganda política, que é estritamente controlada na televisão durante as campanhas eleitorais.
Isso explica o fato de nenhum jornal ter reservado espaço na TV nos próximos seis meses, período das eleições regionais e européias. [The Guardian, 30/12/03]
Um tribunal federal de apelação baseado em São Francisco, na Califórnia, confirmou o direito do artista Thomas Forsythe de fazer fotos de bonecas Barbie nuas sendo ameaçadas por utensílios de cozinha. A fábrica de brinquedos Mattel processou o artista de Utah em 1999, alegando que as fotos infringem seus direitos autorais e marca registrada. O júri apresentou sentença favorável a Forsythe em 2001 e, agora, rejeitou o apelo da Mattel. O veredicto foi dado a favor da satirização da famosa boneca, com a afirmação de que a crítica social é protegida pela Primeira Emenda.
As fotos do artista apresentam Barbies nuas em posições sexuais, perseguidas por utensílios domésticos, enroladas em tortillas ou cobertas com molho numa caçarola. Forsythe afirma que, com seu trabalho, tenta fazer uma crítica à transformação da mulher em objeto e ao mito da beleza perfeita associado à boneca. [Reuters, 29/12/03]