Saturday, 21 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Novo código de ética

THE NEW YORK TIMES

Entrou em vigor na New York Times Co. um novo código de ética, após dois anos de revisão que incluíram negociações com o sindicato de trabalhadores local. O código cobre todo tipo de assunto, desde trabalho freelance a participação em premiações, mas as maiores mudanças se relacionam à propriedade de ações e ao envolvimento com a vida pública.

Anteriormente, apenas jornalistas da seção de negócios estavam proibidos de ter ações das companhias que cobriam. Sob a nova política, nenhum funcionário da redação pode ter interesses financeiros numa entidade que cobre regularmente, seja como repórter ou editor. Os colunistas de negócios e os principais editores do jornal também serão impedidos de controlar ações de qualquer outra companhia que não o New York Times Co..

Keith Woods, professor de ética do Poynter Institute, acredita que tais restrições são muito severas. “É como pedir a um repórter para não votar”, compara. Mas Byron Calame, vice-editor administrativo do Wall Street Journal, acredita que tirar as dúvidas sobre conflitos de interesses em potencial vale tamanho rigor; o próprio Journal há muito tempo proíbe repórteres de ter ações das companhias que cobrem.

Segundo o presidente do sindicato, Barry Lipton, o Times fez algumas concessões aos funcionários no código: em alguns casos, a companhia vai pagar para garantir que não percam dinheiro liquidando suas ações, e não vai mexer nas ações de familiares próximos. Joe Strupp [Editor & Publisher, 13/01/03] informa que o código também proíbe que os funcionários concorram a cargos públicos, contribuam para campanhas políticas, façam parte de comissões governamentais ou participem de passeatas.