GUERRA DA MÍDIA
Arthur O. Sulzberger Jr., publisher do New York Times, prometeu, em encontro de acionistas da empresa em 15/4, que não se deixará abalar com críticas aos comentários e reportagens da guerra no Iraque publicados pelo jornal. "Essa organização prestigiosa nunca se acuará por tentativas de diminuir nosso jornalismo e nosso bom nome", disse Sulzberger. O jornalão, terceiro maior dos EUA e considerado um dos mais influentes, continuará informando "sem medo ou favor", disse o publisher, citando um editorial do Times de 100 anos atrás.
A defesa de Sulzberger, de acordo com James T. Madore e Tania Padgett [Newsday, 16/4/03], causou surpresa, uma vez que o Times não costuma responder publicamente a críticas. Pessoas favoráveis à guerra, cães de guarda da mídia e outros têm atacado o jornal por supostamente duvidar, em artigos e manchetes, da capacidade dos EUA de conseguir uma vitória rápida contra o regime de Saddam Hussein.
O New York Post chegou a criticar a seleção do Times para a reportagem de capa e a seção especial que acompanhava o jornal, "Uma Nação em Guerra". Um editorial do Post também acusou o Times de "pregar o derrotismo e o ceticismo" em sua cobertura de guerra.
Ao mesmo tempo, as revistas Time e Newsweek fizeram comentários degradantes uma à outra. As rivais de TV a cabo Fox News Channel e MSNBC exibiram anúncios nos quais questionavam a integridade da concorrente.