NEWSWEEK
"Um reconhecimento à ?Newsweek?: prêmios", copyright O Estado de S. Paulo, 16/05/02
"A revista Newsweek recebeu, na semana passada, o National Magazine Award for General Excellence, categoria circulação, considerado o Oscar da indústria de revistas e patrocinado pela American Award Society of Magazine.
Outros dois prêmios foram concedidos à Newsweek, pela associação de jornalistas profissionais dos EUA, para reportagem de investigação e serviço público. Nesta última categoria, a premiação coube à reportagem Why they Hate us? (Por que eles nos odeiam?), um ensaio que explica a história do ódio entre o mundo ocidental e a comunidade árabe, focalizando as diferenças culturais e econômicas nos últimos 300 anos."
NEW YORK TIMES
"Colunista critica NYT e é demitido", copyright Comunique-se, 14/05/02
"Depois de criticar em seu weblog o The New York Times, onde assinava uma coluna quinzenal, o jornalista americano Andrew Sullivan foi demitido. Diversas vezes, ele acusou o jornal de ser contrário ao governo de Bush e a favor dos Democratas.
?Não escrever para o New York Times é melhor do que não escrever o que penso em meu blog?, escreveu Sullivan, em e-mail enviado para a redação do Washington Post.
O jornalista também criticou o colunista do Times Paul Krugman pelo envolvimento no caso Enron.
As opiniões de Sullivan também provocaram sua demissão do New Republic, onde mantinha uma coluna semanal. Durante a campanha presidencial de 2000, ele atacou insistentemente o candidato Al Gore.
Aos leitores assíduos de Sullivan, ele mandou um recado: ?Quando se bate na mão que te alimenta, às vezes você leva uma rasteira. Mas não se preocupem. Vou continuar criticando?."
JORNALISMO ONLINE
"Largando o papel e apostando no online", copyright Comunique-se, 13/05/02
"Na última semana, o Online Journalism Review – jornal online produzido pela escola de comunicação de Annenberg, no sul da Califórnia (EUA) – publicou um artigo sobre três revistas que decidiram recentemente abandonar suas edições impressas e passarem a ser exclusivamente online.
As três publicações – norte-americanas – são a Darwin (negócios), a LiP Magazine (variedades) e a Gadfly (entretenimento e variedades). Um review de suas respectivas migrações para a internet podem ser conferidas aqui.
A primeira coisa que pode vir à cabeça das pessoas é que tais publicações abandonaram o papel para se dedicarem à Web devido ao baixo custo. Esse, sem dúvida, é um fator bem interessante e que não pode ser descartado, mas a Web possui outras características naturais, como o dinamismo, a velocidade e a abrangência.
?Talvez a estranheza esteja em ver uma revista ficar só online, pois para nós é comum revistas serem lucrativas e sites, deficitários. Mas em termos de alcance, faz o maior sentido certas publicações serem online apenas. Sites como Webinsider, Jornalistas da Web e Comunique-se, ou falam de internet para profissionais, ou de jornalismo para um público 100% conectado à internet?, diz Vicente Tardin, editor do Webinsider.
E o Vicente tem razão quando diz que é comum sites serem deficitários. Mas não é culpa da internet. O mercado publicitário e alguns ?visionários? impuseram essa ?regra? de forma tão rígida, que muitos hoje não apostam na Web e não sabem nem explicar o porquê. Temos como exemplo a recém-finada revista online NO., que, por falta de investimento, fechou há algumas semanas. E essa revista trazia um dos melhores conteúdos que já apareceram na Web brasileira.
?Gostaria de ver as empresas adotarem o hábito de patrocinar sites de qualidade, como existem muitos no Brasil. Uma verba mensal modesta para orçamento de marketing de uma empresa grande seria, por outro lado, a salvação para pequenas equipes que produzem tantos sites bons e úteis?, diz Tardin.
Agora online, essas publicações têm grandes chances de brilharem na Web por serem bem produzidas e atingirem públicos que, de certa forma, sempre estão navegando. Talvez para a LiP Magazine, a ?mais pobre? das três – sua primeira edição foi distribuída de mãos em mãos em 1996 -, seja supervantajosa essa migração.
?Interativos, eles têm como vantagem algo que o impresso não tem: uma extensa base de artigos, notícias e informações a pesquisar. A revista é analógica. Pela internet há maior comunicação entre o público e os autores e editores, pelo menos mais rápida. Há também a interessante possibilidade de se comentar o que é publicado?, completa Vicente.
Não sabemos até quando publicações como Darwin, LiP e Gadfly sobreviverão na Selva Virtual. O fenômeno de nascimento e morte de sites de qualidade ocorre no mundo inteiro. A situação é global. Excelentes serviços online são criados, os internautas os usam, mas de uma hora para outra eles acabam.
Fica aqui a pergunta: por que, então, com tantas facilidades e bons recursos que a Web oferece, muitos sites morrem? Bato na tecla novamente: a saída é o investimento. Até a próxima! 😉
Grupo Estado: novo canal estréia daqui a um ano, Comunique-se, 13/5/02
Doze meses. Esse é o tempo que tem o Grupo Estado para colocar o canal 36 UHF no ar, concedido pelo Ministério das Comunicações em 9/5. A programação ainda está longe de ser definida, mas o jornalismo, segundo Francisco Mesquita, diretor-superintendente do grupo, será um dos focos da nova retransmissora. Nela poderão conviver jornalismo de serviço voltado para a cidade de São Paulo e outro que enfoque Economia. ?Há espaço para tudo. É uma questão de focar os horários?, disse.
Esta é a segunda concessão obtida pelo Grupo Estado. Em dezembro do ano passado, a empresa começou a aventurar-se no ramo televisivo com uma geradora em Santa Inês, interior do Maranhão. Além de produzir jornalismo local, o canal de TV exibe a programação da TV Cultura. Mesmo que a passos lentos, a idéia é formar uma rede de televisão nos próximos anos. ?Estamos considerando todas as alternativas. Novos canais para o interior de São Paulo serão licitados ainda este ano?, afirmou Mesquita.
Além de adquirir novas concessões, o Grupo Estado pretende formar sua rede através de eventuais parcerias com empresários. Nesse sentido, o projeto de lei que muda as regras da mídia brasileira com a entrada do capital estrangeiro e a participação de pessoas jurídicas nos veículos vem ao encontro dos interesses do grupo controlador do Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, Agência Estado, OESP Mídia e Rádio Eldorado. ?Com a participação da pessoa jurídica as empresas brasileiras de mídia terão acesso ao mercado de capital?, aponta Mesquita.
?Estrategicamente, vimos que seria importante ter um pé na TV, já que 50% do bolo publicitário brasileiro vão para a televisão?, diz Mesquita. Segundo pesquisa do Ibope, no ano de 2001 o total da receita foi de R$ 7.488.338 bi. Desse valor, R$ 3.658.042 bi foram abocanhados pelas TVs aberta e fechada. A convergência multimídia foi outro fator que incentivou a o grupo a investir em televisão. Além de estudar experiências de outras empresas, Mesquita diz que sinergia é a filosofia do grupo – vide o intercâmbio feito entre a Rádio Eldorado e a Agência Estado."