CRISE NO MEC
Quando as coisas parecem acalmar, os jornais noticiam que a conselheira Eunice Ribeiro Durham pede demissão do Conselho Nacional de Educação (CNE) e critica o ministro Paulo Renato Souza e as novas políticas para o ensino superior.
Na verdade, embora indicada pelo ministro Paulo Renato, Eunice vinha há muitos anos criticando o que considerava "excesso de rigor" e defendia uma maior liberalização nas políticas para autorização, reconhecimento, credenciamento e recredenciamento de instituições e cursos superiores.
No final do ano passado (ver remissão abaixo), a própria Comissão de Especialistas do Ensino de Jornalismo divulgou documento criticando um parecer do CNE, de dezembro de 1999. Por lapso, ou por considerar sem importância, nem a nota da Comissão nem o texto de apresentação deste Observatório referem-se ao fato de que o parecer criticado teve como relatores tanto a conselheira Eunice Durham como Yugo Okida, representante de João Carlos Di Gênio e dos grandes empresários do ensino.
Pode parecer surpresa para muitos, mas o texto mais esclarecedor sobre o que está acontecendo no MEC não veio de nenhum jornalão. Veio de um pequeno jornal sindical ? do Sindicato dos Professores de São Paulo.
O jornal, que começou a circular na semana passada, sistematiza dados e informações, alguns até extraídos da grande imprensa, mas sua leitura indiscutivelmente traz subsídios que permitem compreender o que de fato vem acontecendo no MEC, no CNE, na SESu e no Inep.
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