Friday, 27 de September de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1307

O que os árabes pensam

TELETIPO

Desde a queda de Bagdá, muitos palestinos entraram para o coro crescente de articulistas, intelectuais e políticos árabes que afirmam que outras ditaduras árabes devem tirar conclusões a partir da queda de Saddam. A mudança de tom da mídia palestina desde o colapso do regime iraquiano, segundo Khaled Abu Toameh [The Jerusalem Post, 16/4/03], é evidente. Imagens de marines nos palácios de Saddam e artigos diversos que afirmam que os presidentes e monarcas árabes devem mudar a conduta de seu governo e optar pela democracia, dão nova forma à imprensa árabe. Os comentaristas, no entanto, tomam cuidado para não incluir o presidente da Autoridade Palestina Yasser Arafat na lista de ditadores árabes corruptos.

Nos primeiros 16 dias de conflito no Iraque, a CBS e a ABC perderam juntas quase dois milhões de telespectadores, informa a Nielsen Media Research. Mas executivos de redes abertas pedem cautela antes de tirar conclusões baseadas nos índices de poucas semanas, conta Bill Carter [New York Times, 14/4/03]. Para a ABC, a queda de audiência não pode ser interpretada como uma tendência; além disso, os canais a cabo 24 horas conseguiram atrair público devido aos avanços tecnológicos na cobertura de guerra, que permitiam transmissões em tempo real. Entre as emissoras a cabo, a MSNBC foi a que registrou maior aumento: de 300 mil telespectadores diários, passou a ter 1,4 milhão.