TELETIPO
Um tribunal de recursos federal americano derrubou veredicto contra Susan Antilla, ex-repórter do New York Times processada pelo empresário Robert Howard, fundador da empresa Presstek, por matéria que escreveu em 1994 relatando rumores de Wall Sreet de que ele não era quem dizia ser e que, na verdade, era um bandido. No dia seguinte ao da publicação, o Times trouxe outro artigo com novas informações e nota do editor lamentando o primeiro texto. O primeiro julgamento determinou que Howard recebesse US$ 480 mil de indenização, mas, na apelação, conclui-se que a jornalista não agiu de má-fé. Informações da AP [8/7/02].
A rede pública americana PBS está sendo questionada pelo Congresso, preocupado com o excesso de mensagens de patrocinadores. Segundo Pamela McClintock [Variety, 10/7/02], as regras da FCC estabelecem que os anúncios não podem mostrar preços, jingles ou logomarcas que promovam produtos, e devem durar no máximo 15 segundos. A PBS afirma que cumpre os limites previstos, mas um executivo da rede, Wayne Goodwin, reconhece: “Não nego que o cuidado, o profissionalismo e o refinamento refletido nos créditos dos patrocinadores possam fazer a rede parecer mais comercial do que era há 10 ou 15 anos. Tentamos ser cuidadosos ao manter nossa missão educacional e não-comercial.”
O Parlamento português, graças à maioria conservadora, aprovou o plano governamental de corte de custos e reestruturação da mídia estatal. O projeto inicial previa a nomeação pelo governo de um novo conselho para a Radiotelevisão Portuguesa, ação declarada inconstitucional pelo Judiciário. A nova lei tira do atual órgão consultor ligado à emissora o poder de veto sobre nomeações e propostas, cedendo o direito a um conselho independente de 11 integrantes, um nomeado pelo governo e cinco pelo Parlamento, o que permitiria o controle do canal por políticos da situação. Segundo a AP [8/7/02], o governo alega que a RTP já tem mais de US$ 1,47 bilhão em dívidas e funcionários demais.
Em rara entrevista, o comediante David Letterman admitiu que a sondagem da rede ABC foi tentadora, mas preferiu permanecer na CBS. A declaração foi dada a Ted Koppel, âncora do programa que seria deslocado caso Letterman aceitasse a proposta. Koppel, conta David Bauder [AP, 9/7/02], vem cutucando a Disney depois que a companhia ameaçou trocar Nightline de horário. Basta ver como ele apresentou o showman: “Já que sempre gostamos de agradar nossos amigos da Disney, pensamos em quem chamaríamos para como primeiro convidado. Foi quando nos veio a idéia, a ironia. Eles queriam Letterman, e aqui está ele”.