REVISTAS AMERICANAS
Em 2001, a revista Fortune liderou o ranking de anúncios nos EUA, segundo o Publishers Information Bureau (PIB), ultrapassando a barreira das 4 mil páginas de propaganda e desbancando a Bride?s e a Business Week. Entre as top five, a Bride?s foi a única que conseguiu aumentar o número de anúncios (cerca de 37%): a Fortune, apesar de atingir 4.019 páginas, teve queda de 35% em relação ao ano passado, quando foi vice-campeã, só perdendo para The Industry Standard.
Como relata Keith J. Kelly [New York Post, 31/12/2001], as projeções do PIB ilustram o ano ruim da mídia americana em publicidade, que começou com o colapso das empresas de internet e alta tecnologia. Em 2000, The Industry Standard tinha atingido o assombroso recorde de 7.440,04 páginas de anúncios, a primeira vez que uma revista ultrapassava a marca de 7 mil em um ano. Contudo, em agosto passado a Standard acabou, configurando um dos mais incríveis colapsos do crash da internet.
Business Week terminou em terceiro, com 3.785 páginas (queda de 37% em relação ao ano retrasado), e a Forbes, que despencou 39%, ficou em quarto lugar. "Foi um ano violento", desabafou Russel Cherami, diretor da Forbes. Ele acredita que 2002 também vai ter um começo devagar.
Como tem circulação muito grande, a People ainda é a revista mais lucrativa dos Estados Unidos, rendendo US$ 300 milhões a sua proprietária, a Time Inc. apesar de ter ficado em quinto lugar no ranking de páginas de propaganda.
TV POR SATÉLITE
Um tribunal federal dos EUA decidiu no dia 31 que a operadora de TV por satélite EchoStar Communications Corp. não pode parar de retransmitir o canal ABC Family, da Disney. O juiz Gary Fees, de Los Angeles, proibiu a Echostar também de tirar o canal ESPN Classic de seu sistema no final do mês, como estava nos planos da corporação. "Fazendo um balanço das necessidades, pesou muito mais o lado da Disney pela natureza do prejuízo que o ABC Family sofrerá com o encerramento de sua distribuição", ponderou o juiz.
Segundo Ben Berkowitz [Reuters, 31/12/02], o litígio entre
as duas empresas teve início em 2001 com a compra, por US$
5,1 bilhões, do canal Fox Family pela Disney, que alterou
seu nome. Segundo a Echostar, o contrato que tem com o canal permite
que se encerre sua retransmissão em caso de troca de proprietários.
A Disney contesta. A Echostar alega que agora é obrigada
a retransmitir cerca de 250 estações locais, o que
a força a retirar outros canais, no caso, o ABC Family e
o ESPN Classic.
A Echostar é a segunda maior empresa de TV por satélite dos EUA, com 6 milhões de assinantes, e está em processo de aquisição de seu maior concorrente, a Hughes Electronics Corp., proprietária da Directv. A Disney se opõe a essa fusão e alega que ela fere a livre concorrência e o interesse dos consumidores.