DIRET?RIO ACAD?MICO
PESQUISA / GLOBO RURAL
Gislene Silva (*)
Esta pesquisa procura compreender um fenômeno aparentemente comum: o sonho de muitos moradores urbanos em ter uma casa no campo. A investigação é feita junto aos leitores da revista Globo Rural, uma publicação especializada em atividades agrícolas. São assinantes que residem na cidade de São Paulo e não possuem nenhum tipo de propriedade no meio rural. O propósito do estudo é tentar apreender os movimentos desse imaginário, contribuindo para o debate das conexões entre campo e cidade e para o entendimento da interação entre sujeitos e produtos culturais simbólicos, no cotidiano urbano contemporâneo. Diante da complexa relação do homem com a natureza e da condição histórica vivida numa metrópole nesta virada de século, percebe-se que, ao sonhar com a casa no campo, os leitores urbanos da revista não apenas se voltam de maneira saudosa para o passado rural. No tempo presente, eles tecem uma crítica profunda ao modelo civilizatório da urbanidade da metrópole e, olhando para frente, imaginam um futuro melhor fora da cidade, no meio rural, mais perto das coisas da natureza, num lugar mais solidário, longe da violência, do trânsito pesado, da poluição, e com mais qualidade de vida.
O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. [Manoel de Barros]
O fato de milhões de pessoas deslumbrarem-se com a vida iluminada das cidades não costuma despertar em nós grandes inquietações. Sabemos que as cidades estão entre as mais belas construções da humanidade. Sair do meio rural rumo ao meio urbano parece ser o caminho natural da história do homem, assim como espera-se que passemos da vida selvagem para a civilizada, do mundo da natureza para o da cultura. Mas por que, então, é tão comum moradores urbanos sonharem com uma casa no campo? Octavio Paz diz, na abertura do catálogo do Museo de Bellas Artes de Santiago do Chile, que "estamos condenados a buscar en nuestra tierra, la otra tierra; en la otra, a la nuestra". Entre os artistas essa condenação se resolveria como liberdade criadora. E no caso da vida miúda do dia-a-dia, como essa busca se daria? Muitos estudos foram feitos sobre as carências que provocam a migração da área rural para os centros urbanos e sobre o fascínio que a cidade exerce ao responder às grandes necessidades humanas como trabalho, educação, saúde, cultura, lazer etc. Porém, pouco interroga-se sobre o encantamento que o universo rural exerce sobre as populações urbanas, principalmente nos habitantes de grandes metrópoles.
Na cidade de São Paulo, ocorre um fenômeno que chama a atenção: a cada dia cresce o número de moradores interessados na leitura de uma publicação especializada em economia e práticas agrícolas e que também aborda alguns outros temas relacionados à vida no campo. Trata-se da revista Globo Rural, publicada pela Editora Globo desde 1985. O fato não parece estar isolado, mas inserido numa espécie de espírito do tempo. Hoje, n&atilatilde;o só em São Paulo, mas nas grandes cidades do país, assistimos, ou participamos, do crescimento de fenômenos como o diversificado mercado de produtos "naturais"; a inauguração de restaurantes de comidas típicas; os pacotes de turismo ecológico e rural para hotéis-fazenda; o uso na cidade de carros como modernas picapes e jipes, tido antes como modelos de veículos rurais; a abertura de lojas de moda country; os recordes de venda de discos de música sertaneja; os televisivos e concorridos rodeios; os inúmeros pesque-pague no entorno metropolitano; o treinamento de altos executivos, feito por profissionais da área de recursos humanos, no ambiente desafiador de matas e montanhas; a grande audiência de novelas de temas rurais; a abertura de casas noturnas de forró para público universitário; a oferta de chácaras de lazer para venda e aluguel; os isolados condomínios rurais de luxo e outras expressões mercadológicas. E inclusive, no mercado de bens simbólicos, o caso da revista Globo Rural e seu crescente número de leitores urbanos.
Neste estudo, depois de uma rigorosa seleção de leitores, escolhidos no amplo universo da capital paulista por meio de questionários, entrevistas por telefone e conversas pessoais, trabalhei com um grupo de assinantes metropolitanos e procurei documentar a vida atual dessas pessoas na metrópole paulistana, suas lembranças rurais e o futuro que imaginam no campo, com a casa rural sonhada. Uma das principais questões é a agressividade e rapidez com que se deu o processo de urbanização no Brasil. Em apenas quatro décadas, de meados dos anos 40 aos anos 80, inverteu-se no país a proporção de população rural/urbana. Hoje, 80% dos brasileiros vivem nas cidades. No estado de São Paulo, 93% são cidadãos urbanos e sua capital é uma das três cidades mais populosas do mundo. Sua região metropolitana compreende 39 municípios, onde vivem mais de 17 milhões de pessoas. É no contexto desse ambiente "demasiadamente urbano", que leitores da revista Globo Rural contam, no capítulo "O olho vê", quem são, onde trabalham, e o que pensam e sentem no tempo presente vivido na metrópole. O espaço urbano acentua a imagem da concentração e a grande cidade mostra-se excessiva em sua natureza. Concentra a população, a política, o direito, a ciência, a religião, a arte, as construções, a tecnologia, os meios de comunicação, o dinheiro, o mercado, a corrupção, a violência, o trânsito, o barulho, a ruína, a demolição, o real, o virtual, a multidão e a solidão. Concentra conflitos e contradições, paroxismos e paradoxos, ambigüidade e angústia.
Ideário pastoral
Nunca se discutiu tanto as desordens do nosso tempo e o mal-estar a que tem nos levado a pós-modernidade. Há o sentimento de não-pertencimento, de desterritorialização, de ser estrangeiro no lugar e no tempo, da armadilha da velocidade, da história acelerada, da desunidade, da superabundância factual. Estamos sob a ênfase do efêmero, do online, do frenesi do instantâneo, do just in time, da "tirania da urgência". "Conseqüentemente, já não há ?para a frente? ou ?para atrás?; o que conta é exatamente a habilidade de se mover e não ficar parado", observa Zygmunt Bauman. Movemo-nos compulsoriamente para nos mantermos no mesmo lugar. No que o olho vê hoje na cidade, já não podemos obviamente encontrar a urbanidade que Lévi-Strauss viu nas cidadezinhas do interior paulista na década de 30: o urbano como "um reino acrescido pelo homem à natureza". Na verdade, a própria São Paulo já lhe pareceu na época uma cidade indômita, semelhante a muitas cidades norte-americanas, construídas para se renovar com a mesma rapidez com que são erguidas.
Revisitada por Nicolau Sevcenko neste final do século 20, a capital parece lhe revelar que o sonho abortou: "Em seu lugar se impôs um pesadelo, composto de horror, náusea e miséria. Ao redor da cidade, um denso cinturão de pobreza configura o quadro de um Prometeu acorrentado. Os miseráveis, relegados à própria sorte, não vislumbram alternativas senão as de viver de excedentes, expedientes, coletas dos resíduos do consumo despejados nos lixões. (…) Camadas compactas de placas, cartazes, faixas e grafite transformam o cenário numa massa turva, abjeta, submersa em nuvens de gases, ruído ensurdecedor e envolta numa teia de fiação cerrada. Faltam jardins, falta lazer, faltam respeito, solidariedade e compaixão". É nesse contexto, de vácuos e excessos, de rupturas e conexões, que os meios de comunicação fazem de textos e imagens instrumentos de alguma forma de reordenamento de práticas culturais.
É a partir dessa metropolização acelerada, brutal e recente que podemos compreender por que muitos brasileiros guardam memórias da vida rural. Como revelam no capítulo "A lembrança revê", os leitores participantes da pesquisa tiveram, em sua maioria, contato com o campo, seja fazenda, sítio, cidadezinha, bairro rural ou até mesmo onde se formaram as primeiras periferias, nas bordas rurais da cidade paulistana. Mas muitas vezes, como aponta o estudo, apesar da força mítica da terra natal, do paraíso primordial, a saudade do lugar de origem pode esconder a saudade de um tempo, principalmente do tempo da infância, e a falta que se sente de algumas coisas na cidade, como pegar fruta no pé ou nadar em rio. Além dos fósseis imaginários escavados no jardim edênico, encontramos também outras imagens arquetípicas no sonho com a casa no campo. Ali está para os leitores a sua pátria primeira, sua terra-natal, seu quintal, sua casa paterna, sua mãe. Esta saudade do campo pode ser interpretada ainda como expressão de sentimentos míticos que o homem, até mesmo o mais urbano e moderno, carrega em relação à natureza, com a qual tinha uma ligação mais harmoniosa e intensa no tempo das comunidades primitivas. Tal anseio rural contemporâneo mostra-se na virada do século 20 para o 21 mais contundente e transgressor do que o ideário pastoral conhecido no romper da Revolução Industrial no século XIX. O que se deseja agora é não mitificar a urbanidade como o modo de vida mais evoluído, nem tampouco mitificar a ruralidade como o mais seguro e mais puro dos mundos.
Sonho acordado
Um dos pontos centrais deste estudo é a discussão, no capítulo "A imaginação transvê", a respeito de como o imaginário faz para sobreviver num mundo cada vez mais racionalista e numa cidade onde o tempo e as pessoas passam cada dia mais depressa. Aqui, nas descrições dos leitores sobre a casa rural sonhada, é possível identificar a presença de imagens primordiais e arquetípicas como terra, fogo, água, madeira, árvore, fruta, pássaro etc. A casa de campo com que sonham os leitores será erguida com simplicidade, em tijolinhos à vista ou no modelo pré-fabricado com madeira. Os móveis, também de madeira, serão em estilo colonial, confirmando a rusticidade tão procurada. Os sonhadores com um refúgio no campo querem ainda uma varanda circundando a casa, onde possam respirar ar puro, esticar o olhar no horizonte e experimentar a mesma liberdade admirada nos pássaros que cantam nos galhos das inúmeras árvores que cercam a casa. O verde deverá estar por todos os lados. Deverá ter água limpa e muito farta; a terra, mãe generosa, dará continuamente alimentos sem agrotóxicos; os frutos deverão ser abundantes, para se pegar com a mão e comer na hora.
Espera-se que a casa no campo seja o melhor dos aconchegos, sólido como a mais firme das terras, alimentado por um enraizamento temporal e espacial, fincado diretamente no chão e não pendurado em prédios. Essa casa levaria os leitores para mais perto dos parentes e de vizinhos mais calorosos. Com os animais retomariam um convívio antigo, pelos caminhos iriam recuperar o gosto de ser pedestre, no céu limpo saberiam ao certo a fase da lua, nas águas dos rios, que rejuvenescem e purificam, poderiam novamente nadar e pescar. E lá a chuva seria bem-vinda, sem tanto medo de alagamentos e enchentes.
Para muitos leitores, a leitura da revista Globo Rural tanto traz de volta sensações experimentadas no passado como estimula, no presente, sentimentos e sonhos acordados que, na imaginação, criam de forma mítica a casa rural sonhada, a ser construída no futuro ? seja para visitas em finais de semana ou para se mudar definitivamente depois de juntar algum dinheiro ou quando chegar a aposentadoria. Tanto a recordação como o sonho acordado podem ocorrer inesperadamente dentro de um ônibus lotado no engarrafamento depois de um dia de trabalho, no tropeço numa pedra irregular do calçamento, num simples perfume que passa por nós na rua. Mas é verdade também que tentamos às vezes estimulá-los, no aconchego de uma rede, numa cadeira de balanço, no travesseiro minutos antes de dormir, ou até mesmo na leitura de uma publicação jornalística como a revista Globo Rural, viajando no texto e na contemplação das fotos, distanciando do presente para rever e transver.
"O melhor dos mundos"
Voluntária ou involuntariamente, o devaneio instaura-se também como um "elogio da lentidão". A leitura desse produto massivo, por mais resistentes que sejamos em admitir, é capaz de organizar significados e coisas e, mesmo de forma precária, é capaz ainda de provocar sensações estéticas ricas e nutrir espíritos desejosos de transcender no tempo e no espaço. Se antes o papel de conservatório de símbolos e mitos cabia à religião e depois foi transferido às grandes artes e mais tarde ao cinema e à própria ciência, hoje algumas matérias jornalísticas conseguem, dentro de suas próprias limitações, alimentar em leitores de pouca intimidade com a literatura o imprescindível luxo da fantasia e da experiência poética. Menos que elogiar a produção jornalística, pretende-se aqui chamar a atenção para a responsabilidade social dos profissionais da área, sejam repórteres, editores, diretores e donos dos veículos de comunicação.
Quanto à zona rural, que sempre foi vista como espaço da precariedade social, o lugar das ausências e das desqualificações ? sem energia elétrica, água encanada, hospital, escola, estrada, transporte, telefone, televisão, cinema, poderes públicos, vai se diluindo em suas fronteiras geográficas, tecnológicas e culturais com o mundo urbano. O campo, que era o lugar do isolamento, é visto hoje como possibilidade de vida mais comunitária. E a cidade, que era materialização da sociabilidade e o modo de estarmos juntos, passa a concentrar os solitários e as mais brutas formas de violência. À poluição da metrópole o campo oferece hoje o ar puro, a água limpa, o alimento saudável. Ao ruído urbano, o silêncio; ao tempo acelerado, o tempo longo. Contra a linearidade do tempo histórico, oferece-se a circularidade do tempo mítico, no ritmo das estações; contra a forma quadrática dos muros e grades das moradias na cidade, a forma redonda do campo. Contra a geometria das ruas urbanas, a geografia imprevista do rural. O campo circular versus a cidade quadrática. O campo feminino, natural ? do descanso, da nutrição, da proteção desarmada, dos ciclos ? no lugar da cidade masculina, construída ? do trabalho, da hora marcada, do provimento, da defesa armada. O meio rural que era o lugar das ausências passa a ser então o lugar das presenças.
Os leitores da revista, cidadãos de dupla constituição, rurais-urbanos, sonham com arcádias urbanizadas, a cidade no campo, "o melhor de dois mundos". Eles demonstram uma sensibilidade rousseauniana de desejo de proximidade do mundo natural, revelando no contraponto o descontentamento com o modo de vida na cidade. Esses leitores urbanos, como inúmeros outros brasileiros atropelados em seu universo de tradições pela brutalidade do processo de urbanização e da economia moderna, conseguem associar dimensões culturais e afetivas da vida rural com os contrastes dos ritmos contagiantes da modernidade, buscando em utopias rústicas revitalizar o cotidiano ou recuperar uma relação revitalizada entre passado, presente e futuro. Se a imaginação atua como dilatação psíquica, o sonho acordado amplia os horizontes imaginativos das potencialidades humanas. O sonho mítico com a casa no campo é um modo de recusar o desencantamento do mundo e de insistir na esperança.
Não se trata de proclamar o simples retorno à natureza, uma dissidência da modernidade, uma recusa do conforto das novas tecnologias, uma salvação pela comunidade, ou de trocar grandes fantasias, que nos moveram e movem rumo às cidades e ao mundo técnico-científico, por pequenas fantasias domésticas e naturalistas. Trata-se de transformar o descontentamento com o presente em cenários esperançosos de futuro. É por isso que quando alguém diz ?eu quero uma casa no campo? não significa que essa pessoa seja um ingênuo, um saudosista, um nostálgico impertinente. Ver nesse sonho uma nostalgia sem pertinência é como imputar aos sonhos a irracionalidade que não queremos admitir na própria vida diurna. O leitor que sonha com a casa no campo está dizendo ?eu não quero a violência?, ?eu não quero engarrafamentos de trânsito?, ?eu não quero nem o ar nem o rio poluídos?, ?eu não quero ser desrespeitado como cidadão?, ?eu não quero o individualismo nem a falta de solidariedade?. Essa é uma crítica que não deve ser menosprezada nem pelos vizinhos de bairro e colegas de trabalho tampouco pelos governantes, empresários, instituições civis, sociólogos, antropólogos, pesquisadores em geral e, claro, pela imprensa.
(*) Repórter da revista Globo Rural. Em novembro de 2000 defendeu a tese "O imaginário rural do leitor urbano: o sonho mítico da casa no campo" no programa de doutoramento em Antropologia da PUC de São Paulo. E-mail: gisilva@uol.com.br
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