VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS
A ONG Repórteres Sem Fronteiras está distribuindo cartões-postais para chamar a atenção dos turistas franceses em visita a Havana para a violação dos direitos humanos em Cuba. A distribuição foi feita no balcão da Cubana de Aviación, companhia aérea estatal de Cuba, no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, no dia 30/6.
Segundo nota da ONG [30/6], este foi o primeiro passo de ampla campanha de conscientização pública voltada entre a população francesa. Mais de 120 mil franceses visitam Cuba anualmente. A imagem do cartão-postal lembra famoso pôster de maio de 1968, de um policial civil segurando cassetete e escudo; mas seu rosto foi trocado pelo de Che Guevara. A legenda da imagem diz: “Bem vindo a Cuba, a maior prisão de jornalistas do mundo.”
Eis a íntegra do texto no verso do cartão:
“Bem vindo a Cuba. Você escolheu Cuba por causa do charme da população, das praias paradisíacas e de seus ritmos de passos rápidos? Você deveria saber para onde está indo! Por trás dos clichês da imagem no cartão-postal, o sol não brilha para todos na terra da Revolução. ?Che?, hoje em dia, é apenas um ícone usado pelas autoridades para legitimar a repressão. Setenta e cinco dissidentes, incluindo cerca de 30 jornalistas, foram presos no fim de março de 2003 e receberam longas sentenças de prisão. O crime que cometeram? Pensar diferentemente do governo. Como resultado, Cuba tornou-se a maior prisão de jornalistas do mundo. Os oponentes do governo, poetas, jornalistas e ativistas de direitos humanos estão detidos em Havana, Ciego de Avila, Camagüey, Holguín e Santiago de Cuba. Se você visitar essas cidades, não se esqueça dos que não estão aproveitando o sol dentro de suas celas.”
A Justiça do Laos condenou a 15 anos de prisão os jornalistas Thierry Falise, belga, e Vincent Renaud, francês, e o pastor americano de origem laosiana Naw Karl Mua, que lhes servia de intérprete.
Os três, que estão presos, são acusados de porte ilegal de armas e obstrução ao exercício do ofício de um funcionário do governo. O trio esteve envolvido em tiroteio no qual morreu um policial. Fonte diplomática informa que eles devem recorrer da condenação.
Free-lancers, os jornalistas cobriam a ação da guerrilha Hmong, grupo rebelde que desafia o regime comunista no Laos. Com informações da Reuters [30/6].