NOTAS DE UM LEITOR
Luiz Weis
Segundo o Estado de S.Paulo (7/11, página A 6), "Presidente tem apoio de 83% dos empresários". É o resultado de uma pesquisa com 285 executivos e proprietários de empresas, em outubro.
A materiola, já a caminho dos finalmentes, informa que Lula se sai melhor quanto maiores as empresas. Numa escala de 1 a 5, grandes empresários dão-lhe nota 3,6. Os médios, 3,35. Os pequenos, 3,28. Os micro, 3,05.
Bem que o jornal poderia ter feito agora o que é uma rotina da mídia, às vezes sem grandes resultados, na divulgação de pesquisas: ouvir um ou dois gurus para explicar a numeralha.
Seria bom saber por que Lula sai lindão na foto quando ela é tirada do alto da pirâmide da Fiesp e sai de outro jeito quando feita na padoca da periferia.
Uma ordem judicial proibiu a imprensa britânica de contar no último domingo, como se esperava, o que tivesse conseguido apurar sobre a suposta relação homossexual do príncipe Charles, viúvo da pranteada Diana, com o seu assessor Michael Fawcett, em 1995.
Durante quase uma semana, o público nem pôde saber no que consistiam os rumores oficialmente desmentidos antes que fossem divulgados.
É de uma ridicularia atroz. Na era da internet, esse tipo de censura prévia, inaceitável como qualquer outra, é tão eficaz para defender a integridade de Sua Alteza como fazer sexo sem camisinha para defender a saúde dos praticantes.
Em todo o Reino Unido, graças ao que já saiu nos sites sem mordaça de uma pá de países, não há pub onde seja o outro o prato do dia, entre um gole e outro da nunca por demais louvada real ale (estupidamente sem gelo).
Só falta saber os detalhes mais picantes, por assim dizer, da alegada conjunção carnal ? ou, como teria dito a finada Diana, da "relação insana, excessivamente íntima, em resumo, homossexual" do seu então caro-metade.
É só uma questão de tempo.