CRONOLOGIA
Ivan Alves Filho (*)
* Política
1808
Sucessão de insurreições contra o domínio francês em Portugal (jan./jul.).
Napoleão depõe Carlos IV, rei de Espanha, e, para o lugar deste nomeia Joseph, seu irmão mais velho (mar.).
Tratado para a evacuação das tropas francesas de Portugal (ago.).
Explode uma rebelião na Espanha contra Joseph Bonaparte (2/5). A guerrilha contra os franceses duraria ao todo quatro anos.
O Grande Exército, sob o comando de Napoleão, entra na Espanha (6/11).
A capital da Espanha, Madri, cai em poder de Napoleão (2/12).
Organização da nova nobreza na França.
O imperador Napoleão se divorcia para ter um herdeiro.
Napoleão é excomungado pela Igreja Católica.
Criollos são impedidos, por uma Junta, de empalmar o poder no México.
Joseph Bonaparte é feito rei de Nápoles, por Napoleão.
Começam a eclodir os movimentos nacionalistas nas colônias da América do Sul e Central.
1809/1813
Arthur Wellesley desembarca em Portugal e dali segue lutando até a Espanha contra os ocupantes franceses.
1809
Tratado de Paz entre a Inglaterra e a Espanha (14/1).
Segunda invasão francesa de Portugal (mar./maio).
A Áustria declara guerra a Napoleão (abr.).
Napoleão derrota o arquiduque da Áustria, Carl Ludwig, na batalha de Wagram (5/7).
Rebelião popular em La Paz, Bolívia, prenunciando a independência do país andino, alcançada em 1825.
1810
Casamento de Napoleão com Marie-Louise, filha de Francisco I, imperador da Áustria (11/3).
Caracas, Venezuela, recusa-se a obedecer à junta de Sevilha (19/4).
Napoleão anexa os Países-Baixos à França (9/7).
Os Estados Unidos da América anexam a Flórida Ocidental (27/10).
Miguel Hidalgo lidera a insurreição nacional mexicana.
Tratado de Amizade entre a Inglaterra e Portugal.
Terceira invasão francesa de Portugal.
Rebeliões no México, Chile, Argentina e Paraguai revelam a dimensão do descontentamento com o domínio espanhol na região.
A Colômbia torna-se independente.
Explode a insurreição em Caracas.
Conselho de Regência da Espanha conclama à união com os povos por ela colonizados.
1811
“Manifesto ao Mundo” divulgado pelos confederados da Venezuela (30/7).
A Suécia declara guerra à França (19/11).
Nasce o primeiro filho legítimo de Napoleão, François Napoleão.
George III, da Grã-Bretanha, enlouquece. Seu filho torna-se príncipe regente.
Henri-Christophe torna-se rei do Haiti.
Restabelecida a autoridade de Fernando VII, na Espanha.
Tratado de Paz entre a Junta de Buenos Aires e o governo de Montevidéu.
É morto, no México, o patriota Miguel Hidalgo.
Levante pró-independência em El Salvador.
Falecimento de Mariano Moreno, patriota argentino.
1812
Os Estados Unidos da América declaram guerra à Grã-Bretanha (18/6).
Portugal se declara neutro no conflito entre Estados Unidos e Inglaterra (18/8).
Tropas franceses entram em Moscou (14/9)
Napoleão inicia a sua retirada da Rússia (19/10).
Napoleão chega derrotado em Paris (18/12).
Tratado de Aliança entre Napoleão e o rei da Prússia.
1813
Tratado de Amizade entre a Áustria e a Rússia (9/9).
Napoleão é derrotado na batalha de Leipzig (16-19/10).
Simon Bolívar toma a cidade de Trujillo, na Venezuela, no quadro das lutas pela independência política da região.
1814
A Suíça lança o seu Plano da Nova Confederação (18/2).
Guilherme VI chefia uma monarquia constitucional nos Países-Baixos.
Assinatura do Tratado de Kiel, por Inglaterra, Suécia e Dinamarca.
Derrotado em Paris pelos exércitos russo e alemão, Napoleão abdica.
Tratado de paz entre Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia.
Reinstalação da Ordem dos Jesuítas e da Inquisição.
Tratado de paz põe fim à segunda Guerra de Independência dos Estados Unidos da América contra a Inglaterra.
Malogra nova tentativa de levante pró-independência em El Salvador.
1815
Napoleão foge da ilha de Elba e reassume o poder em Paris (20/3).
Napoleão é definitivamente derrotado na batalha de Waterloo (18/6).
O patriota mexicano José Morelos é fuzilado (22/12).
Na Venezuela, Simon Bolívar dirige uma rebelião contra a Espanha.
Reinstalado o Estado do Vaticano.
A Bélgica é incorporada aos Países-Baixos, tornando-se independente somente em 1831.
Talleyrand assume a presidência do Conselho e o Ministério dos Negócios Estrangeiros na França.
Os britânicos são definitivamente desbaratados na batalha de Nova Orleans, Estados Unidos.
Rússia, Áustria e Prússia fazem uma aliança antiliberal, a Santa Aliança, união das monarquias européias contra o avanço dos ideais revolucionários franceses.
Artigas toma Montevidéu, no Uruguai.
O haitiano Alexandre Pétion dá apoio a Simon Bolívar, enviando-lhe armas e víveres. Em troca, pede a libertação dos escravos nas áreas sob seu domínio.
1816
Decreto francês confisca os bens da família Bonaparte (29/5).
Morre Francisco Miranda, patriota venezuelano e precursor das lutas pela independência na América espanhola (14/7).
Morte de d. Maria, rainha de Portugal.
O francês Benjamin Constant é, provavelmente, o primeiro a teorizar sobre os partidos políticos no seu livro Da doutrina política que pode reunir os partidos na França.
Alexandre Pétion é o presidente vitalício do Haiti. Em proclamação oficial, reafirma seu empenho na luta contra a escravidão (12/11).
San Martin liberta o Chile do domínio espanhol.
Congresso de Tucumán proclama a independência da Argentina.
1817
Consolidada a libertação do Chile.
1818
O Chile declara guerra à Espanha (12/2) e obtém a sua plena independência, proclamada por Bernardo O?Higgins.
Delimitada a fronteira dos Estados Unidos da América com o Canadá (20/10).
A França é admitida como quinto membro da até então chamada Quádrupla Aliança, formada em 1815 (20/11).
Em Portugal, organiza-se o Sinédrio, que pretendia chamar de volta a Corte para Lisboa.
O Chile proclama oficialmente a sua independência.
Jean-Pierre Boyer sucede a Alexandre Pétion na presidência do Haiti.
1819
Simon Bolívar entra em Bogotá (10/8) e liberta a Colômbia do jugo espanhol.
1820
Revolução Constitucionalista no
Porto, Portugal.
Abdicação de Vítor Emanuel I, na Itália, por pressão dos liberais. Assume Carlos Félix, seu irmão.
O príncipe regente inglês torna-se George IV, com a morte do pai.
Morre o ex-general e rei do Haiti Henri Cristophe.
Juan Martín Diaz, comandante da resistência contra as tropas francesas no México, é capturado e morto três anos depois.
Morre o patriota argentino Manuel Belgrano.
1821
Morte de Napoleão, na ilha de Santa Helena (5/5).
Batalha de Carabobo confirma a libertação da Venezuela (24/6).
O Peru obtém a sua independência, proclamada por San Martin (28/7).
Surge a sociedade secreta Soles y Rayos de Bolívar, em Cuba, que se propunha a lutar pela independência da ilha.
O México torna-se independente da Espanha.
1822
Concluída a Constituição portuguesa.
Morte de Fernandes Tomás, o patriarca da libertação portuguesa.
O Chile aprova sua Constituição.
O Equador proclama a sua Independência.
A República é proclamada em Lima, Peru.
Libertação total da Colômbia.
* Economia
1808
O tráfico de escravos passa a ser ilegal na Inglaterra (1/5).
1809
O galês Robert Owen é criticado por condenar o trabalho de crianças com menos de 10 anos de idade.
1810
Início da fabricação de açúcar de beterraba.
1811/1813
Numa série de motins ludistas, na Inglaterra, várias fábricas têm seus equipamentos e máquinas quebrados pelos operários, revoltados contra a mecanização do trabalho.
1811
Início da crise econômica que irá assolar a Inglaterra até pelo menos 1818.
O tráfico de escravos é considerado crime na Grã-Bretanha.
1813
A Suécia renuncia ao tráfico de escravos.
1814
Primeira locomotiva a vapor na Inglaterra.
Os Países-Baixos renunciam ao tráfico de escravos.
José Gaspar Francia torna-se presidente do Paraguai. Com o título de El Supremo, ele modernizaria o Paraguai, apoiando-se, em boa parte, na experiência, inclusive econômica, das missões jesuíticas.
1815
Portugal e Inglaterra assinam em Viena, Áustria, uma declaração relativa “a todas as dúvidas sobre a Costa da África” e o tráfico de escravos (21/1).
A França resolve abolir o mercado escravista.
1816
A Espanha decide abolir, por sua vez, o mercado escravista.
1817
Eclodem manifestações populares e pequenas insurreições contra o desemprego na Inglaterra.
Salários dos metalúrgicos ingleses sofrem redução de 50% em relação ao ano de 1810.
1818
Criadas, na Holanda, as primeiras colônias agrícolas em favor dos camponeses pobres.
1819
Especulação desenfreada gera o chamado “pânico de 1819” na economia norte-americana.
Os Estados Unidos compram da Espanha parte da Flórida.
Surge o navio a vapor, nos Estados Unidos da América.
Instituição da jornada de 12 horas de trabalho na Inglaterra.
1822
Fundação da Libéria, como colônia de escravos libertos oriundos dos Estados Unidos da América.
* Ciência e Tecnologia
1809
O cientista britânico George Cayley funda a aerodinâmica.
1810
O médico alemão Samuel Christian Hahnemann publica Sistema de medicina racional, projetando a homeopatia.
1811
O químico francês Bernard Courtois obtém o iodo.
Samuel Hahnemann lança Teoria dos remédios puros.
Trabalhos do cientista francês François Arago confirmam a teoria ondulatória da luz.
O fisiologista britânico Charles Bell publica Idéia da nova anatomia do cérebro, um marco nos estudos sobre o sistema cerebral.
1813
Morre, em Paris o matemático Joseph Lagrange, considerado o maior do seu tempo.
O cientista sueco Jöns Jakob Berzelius cria os símbolos químicos.
Início da iluminação elétrica.
O botânico francês Augustin de Candolle inicia a redação de uma grande enciclopédia sobre as plantas.
1815/1822
Jean-Baptiste Lamarck publica a monumental História natural dos animais invertebrados, em sete volumes.
1815
O químico inglês William Prout sugere que o hidrogênio seria o átomo principal.
Surgem, na Inglaterra, as estradas pavimentadas, fruto das investigações do engenheiro John McAdam.
1816
Na França, são criadas a Academia das Ciências, a Academia de Belas-Artes e a Academia de Letras.
O médico francês Laënnec inventa o estetoscópio.
1817
Os franceses P.-J. Pelletier e J. B. Caventou logram isolar um composto verde das plantas, a clorofila, que captava a energia da luz solar.
Descobertos vários elementos químicos, como o lítio, o cádmio e o potássio.
1820
Desvendado o fenômeno do eletromagnetismo, por iniciativa de vários físicos europeus, como os franceses Angène e Arago e o alemão Schweigger.
1821
Febre amarela faz 10 mil mortos em Barcelona, Espanha.
O físico inglês Michael Faraday demonstra ser o magnetismo um campo.
O físico alemão Seebeck demonstra o fenômeno da termoeletricidade.
1822
O matemático inglês Charles Babbage imagina o computador moderno.
Morre James Watt, o inventor da máquina a vapor.
Fundação da Academia de Música, em Buenos Aires, Argentina.
Surgimento da Sociedade Britânica pelo Progresso da Ciência.
* Arte e Cultura
1808
Sai a primeira parte do Fausto, do escritor alemão W. Goethe.
Inaugurada a Pinacoteca Nacional, em Bolonha, Itália.
Fundação do Museu Imperial, de Amsterdã, Holanda.
Goethe é condecorado com a Legião de Honra, por Napoleão.
Sinfonia Pastoral, de L. van Beethoven.
Morre, em Londres, Inglaterra, o filólogo Richard Porson, precursor da crítica moderna aos textos clássicos.
Especialista em cultura oriental, o francês Jean-François Champollion começa a estudar “a pedra de Rosetta”, dando início à decifração dos hieróglifos.
1809
O cidadão britânico Mawe desembarca no Brasil. Depois publicaria um livro relatando as suas peripécias na então Colônia.
Luigi Cherubini compõe a ópera Ferdinand Cortez.
Goethe publica As afinidades eletivas.
O filósofo alemão Friedrich Schelling publica Investigações filosóficas, um livro que se propõe a examinar a essência da liberdade humana.
Formada, em Viena,
na Áustria, a Irmandade de São Lucas, uma confraria de artistas criada com base no funcionamento das ordens religiosas.
Morre em Viena o compositor Joseph Haydn, autor de uma das obras mais significativas da história da música ocidental.
O pintor William Blake logra expor a sua obra em Londres, cidade onde nascera.
O cientista Lamarck lança o seu livro Filosofia zoológica.
Fundada a Quarterley Review, por Walter Scott, na Inglaterra.
1810
É confiscado o livro De L?Allemagne (Sobre a Alemanha), de madame de Staël.
Nascimento, em Paris, do poeta Gerard de Nerval, futuro autor de As quimeras.
Criada a Universidade de Berlim, na Alemanha.
Publicada a novela A Marquesa de O., de Heinrich von Kleist.
1811
Chateaubriand, escritor e homem de Estado francês, ingressa na Academia de Letras.
Morre, perto de Berlim, o dramaturgo alemão Heinrich von Kleist.
1812/1815
Os irmãos Grimm publicam os seus Contos de fadas para crianças.
1812
Morre o ator austríaco Franz Bruckmann, considerado um dos grandes intérpretes de Hamlet.
Nasce o escritor alemão Berthold Averbach, futuro autor das famosas Histórias das aldeias da Floresta negra.
Sai Poesia e verdade, primeira parte da autobiografia do escritor alemão Wolfang Goethe.
O compositor alemão Ludwig van Beethoven compõe a Sinfonia no. 7 em lá maior.
Byron dá início à publicação dos poemas Peregrinações de Childe Harold.
1813
Morte, em Pádua, Itália, de Giambattista Bodoni, visto por muitos como o maior tipógrafo e impressor do seu tempo.
Nasce em Buenos Aires, Argentina, o futuro pintor e desenhista Carlos Morel, que enlouqueceria, aos 32 anos, após uma prisão.
1814
Wilhelm Hoffmann publica Fantasia à maneira de Callot.
O pintor espanhol Francisco Goya pinta os célebres Mamelucos e Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808.
Falece, em Charenton, França, no manicômio local, o escritor Donatien-Alphonse-François, marquês de Sade.
Morte do filósofo alemão Johann Fichte, autor de Exposição da teoria da ciência.
O filólogo alemão August Bekker começa a publicar suas Anecdota Graeca (Casos gregos), reunindo suas principais pesquisas sobre gramática antiga.
Morre o escritor francês Bernardin de Saint-Pierre, autor de Paulo e Virgínia, obra-prima do gênero romântico na Europa.
Publicado o projeto de lei sobre a censura na França.
1815
Sai Adolfo, de Benjamin Constant, inovador romance de caráter psicológico.
O escritor Wilhelm Hoffmann lança As drogas do diabo.
1816
O poeta italiano Giacomo Leopardi começa o seu diário, encerrado somente em 1832 e intitulado Zibaldone.
O pintor Eugène Delacroix ingressa na Academia de Belas-Artes de Paris.
O filósofo alemão Georg F. Hegel torna-se professor em Heildelberg, Alemanha, e conclui A ciência da lógica, obra em três volumes.
Morre o ator e diretor Ludwig Schröder, considerado o fundador do teatro alemão.
1817
Fundação da Biblioteca da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos.
Morre em Winchester, Inglaterra, a escritora Jane Austen, autora de Emma e Razão e sentimento, entre outras obras que retratam com maestria o mundo rural inglês.
Alexander von Humboldt publica Sobre a distribuição geográfica das plantas.
Hegel publica Enciclopédia das ciências filosóficas em resumo.
Sai Manfred, poema do inglês Byron.
Sai Rob Roy, de Walter Scott, romance escocês de corte histórico.
Fundação do Instituto de Arte Städel, em Frankfurt, Alemanha.
O inglês John Keats lança Poemas.
1818
Criação do Museu Nacional de Antiguidades, em Leiden, Holanda.
O filósofo francês Auguste Comte estabelece relações com Saint-Simon, revelando simpatias por sua doutrina.
Introdução do ensino de história nos colégios reais da França.
Morte do paisagista inglês H. Repton, criador do Regent?s Park.
Hegel passa a ocupar a cátedra de filosofia em Berlim.
O romancista Walter Scott lança Ivanhoé.
Começa a construção do Teatro de Berlim, projetado por Friedrich Schinkel e concluído em 1831.
Sai a obra póstuma de madame de Staël, Considerações sobre a Revolução Francesa.
O italiano G. Antonio Rossini compõe Moisés no Egito.
1819
Criação do Museu do Prado, em Madri, Espanha.
Goethe lança O divã ocidental-oriental.
Nasce, em Leipzig, Alemanha, a futura pianista Clara Schumann. ?
Em O mundo como vontade e representação, o filósofo alemão Artur Schopenhauer expõe o seu sistema de pensamento.
O poeta inglês Percy Shelley publica Prometeu agrilhoado.
O austríaco Franz Schubert compõe A truta.
1820
Coletânea de poemas de Alphonse Lamartine dá corpo ao romantismo francês.
Percy Shelley, poeta inglês, publica as Odes ao vento oeste, ao céu, à liberdade e a uma cotovia.
Fundada em Paris a Academia Nacional de Medicina.
Multatuli, futuro escritor, autor de Max Havelaar, considerada a maior obra da literatura holandesa, nasce em Amsterdã.
1821
O escritor Almeida Garret publica Retratos de Vênus.
Morre, em Turim, Itália, o escritor e homem público francês Joseph de Maistre.
Sinfonia acabada em si menor, do compositor austr&iiacute;aco Franz Schubert.
Thomas Lawrence, notável retratista, é nomeado para a Royal Academy, de Londres.
Lançamento da peça Príncipe Frederico de Hamburgo, de Kigist.
Morre em Roma o poeta inglês John Keats, autor de Ode a um rouxinol e Ode à melancolia.
1822
O pintor francês Eugène Delacroix conclui a sua primeira obra-prima, Dante e Virgílio no inferno.
Morte, na Itália, do escultor neoclássico Antonio Canova.
William Wordsworth lança o livro Sonetos eclesiásticos.
Ludwig van Beethoven compõe a Sonata para piano, Op. 111, e a Nona sinfonia.
Realizada, pela primeira vez, uma decifração dos signos do Egito antigo, pelo lingüista francês Jean-François Champollion.
Criado o Museu Nacional de História, na Cidade do México.
O filósofo francês Auguste Comte publica Catecismo dos industriais, que considera o seu “opúsculo fundamental”.
O francês Joseph Niepce tira a primeira fotografia.
Sai Poemas, o primeiro livro de Heinrich Heine, um dos maiores poetas de língua alemã de todos os tempos.
O francês Victor Hugo publica seu primeiro livro, Odes e poesias diversas.
Morte do escritor Wilhelm Hoffmann.
BRASIL
1808/1811
Importações coloniais crescem 14 vezes nessa fase.
1808
Abertura dos portos brasileiros à navegação comercial, modificando profundamente as relações econômicas da Colônia com a Europa, sobretudo (28/1).
Proibida a comercialização do pau-brasil (28/1).
Pela primeira vez, uma companhia de seguro pode se estabelecer na Colônia (18/2).
Formação de um Conselho de Estado e de um Conselho da Fazenda (1/4).
Autorização para o funcionamento de estabelecimentos fabris estrangeiros (1/4).
Criada a Casa da Suplicação (22/4).
A Intendência Geral de Polícia é criada (10/5).
Governo regulamenta as sesmarias (22/6).
Formação da Real Junta de Comércio (23/8).
Governo proíbe a circulação de ouro em pó na Colônia (1/9).
Formado primeiro banco da Colônia e a quarta casa emissora do mundo, o Banco do Brasil (12/10).
O direito de reivindicar sesmarias é estendido aos cidadãos estrangeiros residentes no Brasil (25/11).
Áreas indígenas, quando conquistadas pelos brancos, são consideradas terras devolutas (2/12).
Livre circulação de moeda, por alvará régio.
Criada a associação de comerciantes que traficam com o Brasil.
Início da exportação de sal na capitania do Rio de Janeiro.
Fábrica de vidro obtém licença para se instalar na Bahia.
1809
Alvará dispõe sobre a organização da concessão de sesmarias (25/1).
Decreto determina a organização dos correios (5/3).
Autorização para o estabelecimento de manufaturas, suspensa por determinação régia em 1785 (1/4).
Isenção de direitos para as matérias-primas importadas utilizadas na indústria metalúrgica (28/4).
Início do funcionamento do Banco do Brasil (11/12).
Isenção de direitos para os panos confeccionados no Brasil.
Criada a Real Junta do Comércio, no Rio de Janeiro.
Interditada a execução de lavouras e engenhos.
Instalação de uma usina metalúrgica no Morro do Pilar, Minas Gerais.
Procura de ouro se intensifica no Rio Grande do Sul e conta com apoio oficial do governador da capitania.
Formada a Casa de Fundição de Ouro, em Serro Frio, Minas Gerais.
1810
Firmado compromisso de abertura de uma linha de navegação entre Falmouth, na Inglaterra, e o Rio de Janeiro (19/2).
Liberado o trabalho ambulante no Brasil, desde que se paguem “os competentes direitos” (27/3).
Isenção de direitos para as especiarias que entram na Colônia (7/6).
Governo português estabelecido no Brasil reconhece, em acordo assinado com a Inglaterra, a necessidade de abolir o “comércio de escravos” (8/6).
Isenção de direitos para os tecidos de algodão, seda e lã feitos na Colônia.
O Brasil assina vários tratados comerciais com a Inglaterra.
Proibida a exportação de salitre.
Introdução de uma nova variedade de cana-de-açúcar no Nordeste, a caiena.
Começa a exploração de ferro nas minas de Sorocaba, São Paulo.
1811
A Relação do Maranhão é criada (23/8).
O Poder Imperial apóia a vinda de trabalhadores portugueses para o Brasil.
O café já é o sétimo produto de exportação da Colônia.
O surgimento de uma praga (a “ferrugem”) marca o declínio do plantio de trigo no Rio Grande do Sul.
1812
Proposta a fundação de um Tribunal da Relação em São Luís, Maranhão (13/5).
Permitida a montagem, no Rio de Janeiro, de uma fábrica de lapidação de diamantes (6/6).
Doravante, a Fazenda Real pode ser um dos acionistas do Banco do Brasil (20/10).
Imigrantes chineses desembarcam no Rio de Janeiro, indo trabalhar nas plantações de chá nos arredores da cidade.
1813
Proibida a penhora de lavras (17/11).
1814
Na capitania do Espírito Santo, plantadores de linho e trigo são isentos de pagamento de dízimo, conforme carta régia (17/1).
1815
A profissão de ourives é novamente liberada no Brasil (11/8).
1816
Carta régia propõe a abertura de estradas no interior do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul (4/2).
O café começa a ser exportado em escala importante do porto do Rio de Janeiro.
Permitida a inauguração de agências do Banco do Brasil em São Paulo e na Bahia.
Navios estrangeiros proibidos de estabelecer relações comerciais com os navios ancorados no litoral brasileiro.
1817
Autorizadas as sociedades voltadas para a exploração de jazidas de ouro (12/8).
Abertura de uma filial do Banco do Brasil na Bahia.
Descoberta de diamantes na Bahia.
1818
A Casa de Fundição de Ouro de Vila Rica, Minas Gerais, encerra suas atividades.
1819
Isenção de direitos de entrada no Brasil para os livros estrangeiros (14/1).
Abertura de filial do Banco do Brasil em São Paulo.
Embarcações portuguesas representam menos de da metade do total das embarcações vindas ao Brasil.
Em Cuiabá, Mato Grosso, é inaugurada uma metalúrgica.
1820
Imigrantes poderão doravante pedir terras públicas às autoridades competentes, conforme decreto (16/3).
1821
Criada a Relação de Pernambuco (6/2).
Decreto proíbe que alguém deixe o Brasil sem a devida autorização judicial (23/5).
Criado o Tesouro Público (4/10).
O Brasil conta com 30 forjas.
Brasil dispõe de somente 200 contos de réis em caixa, após a partida da Família Real para Lisboa.
A Casa de Fundição de Ouro do Mato Grosso encerra as suas funções.
1822
Interditado o acúmulo de cargos na esfera pública (18/6).
Suspensa a remessa de pau-brasil para Portugal (17/7).
Suspensa a concessão de sesmarias no Brasil, no aguardo da Assembléia Geral Constituinte (17/7).
Formação da Guarda Cívica (25/9).
Formado o Conselho de Estado.
* Política
1808
Desembarque, na Bahia, do príncipe regente e demais membros da Corte portuguesa (21/1).
D. João VI chega ao Rio de Janeiro, proveniente da Bahia (7/3).
Organizado o primeiro ministério (11/3).
Manifesto expõe os motivos da vinda da Família Real para a Colônia (1/5).
Formação de um Regimento de Cavalaria do Exército, no Rio de Janeiro (13/5).
Por determinação régia, os índios são passíveis doravante de detenção (5/11).
Determinado o combate aos botocudos, rebelados na capitania do Espírito Santo (2/12).
1809
Luís de Vasconcelos e Sousa, que fora vice-rei do Brasil, falece no Rio de Janeiro (24/4).
Tropas portuguesas
estacionadas no Brasil invadem a Guiana Francesa, em represália à ocupação francesa de Portugal.
Repressão aos botocudos no sul da Bahia.
1812
O conde de Linhares, diversas vezes ministro do Império (Negócios Estrangeiros, Fazenda e Marinha), morre no Rio de Janeiro (26/1).
1813
Índios botocudos são combatidos junto ao rio Jequitinhonha.
1815
Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves. As antigas capitanias são transformadas em províncias (15/12).
Rebelião indígena em Inhambupe de Cima, Bahia.
1816
Desembarca, no Rio de Janeiro, uma divisão militar portuguesa com a tarefa de vigiar as partes meridionais da Colônia (30/3).
Invasão portuguesa da Banda Oriental, atual Uruguai.
1817
Montevidéu, Uruguai, cai em poder dos portugueses (jan.).
Eclode, em Pernambuco, movimento de caráter republicano (6/3).
Novo governo republicano de Pernambuco derruba uma série de tributos tradicionalmente cobrados na região, sobretudo na área comercial.
Adesão do Rio Grande do Norte à insurreição republicana de Pernambuco (29/3).
Executado o padre Roma, revolucionário republicano (29/3).
A República é proclamada no Crato, Ceará (3/5).
Volta da monarquia no Crato, Ceará (11/5).
Miguel Joaquim de Almeida e Castro (padre Miguelinho), Domingos José Martins e José Luís de Mendonça, revolucionários republicanos, são executados em Salvador, Bahia (12/6).
Adesão da Paraíba ao movimento republicano surgido em Pernambuco.
1818
Aclamação, no Rio de Janeiro, de d. João VI (6/2).
As sociedades secretas são proibidas no Brasil (30/3).
Fim dos inquéritos ? as chamadas devassas ? montados contra os revolucionários republicanos de Pernambuco.
1821
D. João VI ordena a d. Pedro que deixe o Brasil e regresse a Lisboa (fev.).
Primeira eleição paroquial do Brasil, realizada na capital (8/4).
Explode uma revolta militar no Ceará (14/4).
D. João VI regressa a Portugal e d. Pedro assume o governo no Brasil (26/4).
Eclode uma revolta militar em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (26/4).
Revolta de presos políticos no Forte do Mar, na Bahia, é sufocada em três dias (26-29/4).
Formado o primeiro ministério de d. Pedro (5/6).
O Brasil anexa a Banda Oriental (3/7).
Sergipe adere à Independência (2/10).
Lançado, no Rio de Janeiro, o Manifesto do Fico (29/12).
Governador português de Pernambuco renuncia ao cargo, por pressão popular.
Deputados brasileiros são convocados para as Cortes de Lisboa. Entre eles, José de Resende Costa e Cipriano Barata, revolucionários históricos.
Rebelião dos escravos em Santana dos Ilhéus, na Bahia.
Fidié é nomeado governador das Armas do Piauí.
Adesão de Pernambuco, Pará e da Bahia à chamada Revolução Constitucionalista do Porto.
1822
D. Pedro decide ficar no Brasil (9/1).
Rebelião portuguesa é esmagada no Rio de Janeiro (11/1). Seu objetivo era o de forçar um retorno de d. Pedro para Lisboa.
Formado o primeiro ministério encarregado de preparar a Independência (16/1).
Proposta a criação, pela Câmara de São Paulo, de um Conselho das Províncias para assessorar d. Pedro (26/1).
Proibido o desembarque de militares portugueses no Brasil (17/2).
Lutas entre brasileiros e portugueses fazem mais de uma centena de mortos em Salvador, Bahia (19/2).
Assassinato de Joana Angélica de Jesus, em Salvador, quando defendia seu mosteiro de uma invasão dos portugueses, no quadro dos combates pela independência travados na Bahia (20/2).
Derrota brasileira para as tropas do general Madeira em Salvador, Bahia (20/2). Logo em seguida, brasileiros dão início a uma contra-ofensiva contra os portugueses na Bahia.
O Rio Grande do Sul forma uma junta de governo.(22/2).
Debandada de militares navais portugueses para o lado brasileiro (9/3).
Militares encarregados de conduzir d. Pedro de volta para Lisboa desistem da missão e retornam a Portugal (23/3).
Gonçalves Ledo defende a independência do Brasil, em artigo na imprensa (30/4).
D. Pedro determina expressamente “que não se dê execução a nenhum decreto das Cortes portuguesas” sem a sua prévia anuência (4/5).
D. Pedro recebe, das mãos do presidente do Senado, documento reivindicando a convocação de uma Assembléia Constituinte (23/5).
Convocada a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, a primeira do Brasil independente (3/6).
Lançados dois manifestos contra Lisboa: “Manifesto ao povo brasileiro” (1/8) e “Manifesto às nações” (6/8)
D. Pedro chega a São Paulo (25/8).
A independência do Brasil é proclamada em São Paulo (7/9).
De Falmouth, Inglaterra, sete deputados brasileiros lançam um manifesto de apoio à Independência brasileira (5/10).
Câmaras aclamam d. Pedro imperador do Brasil (12/10).
Brasileiros obtêm a primeira vitória sobre os portugueses na Bahia (8/11).
D. Pedro é coroado (1/12).
Adesão do Recife, Pernambuco, à independência (8/12).
A cidade de Goiás apóia a independência (16/12).
Banidos para a França três opositores de d. Pedro (20/12).
Tentativa malograda de uma Junta de Minas Gerais se insurgir contra d. Pedro.
O Ceará socorre o Piauí e o Maranhão nos embates pela independência.
Convocada oficialmente a Assembléeacute;ia Nacional Constituinte.
Indicado o primeiro ministério da independência.
Travados embates armados pela Independência em Laranjeiras e São Cristóvão, Sergipe.
* Ciências e tecnologia
1808
Criada, na Bahia, a Escola Médico-Cirúgica (18/2).
Criação da Academia de Marinha (5/5).
Inaugurada uma fábrica de pólvora no Jardim Botânico, Rio de Janeiro (13/5).
1809
Criado um observatório astronômico, no Rio de Janeiro.
1810
Criada, no Rio de Janeiro, a Academia de Artilharia e Fortificação (4/12).
1811
Começa uma vacinação em massa contra a chamada “bexiga” (varíola).
1813
Utilização, pela primeira vez no Brasil, de uma máquina a vapor na moagem da cana. Em um engenho da ilha de Itaparica, na Bahia.
1814
O cientista alemão F. Sellow desembarca no Rio de Janeiro (12/3).
Um compêndio de astronomia, de autoria de Manoel Ferreira Guimarães, torna-se o primeiro tratado científico lançado no Brasil.
1815
O cientista brasileiro Alexandre Rodrigues Ferreira falece em Lisboa (23/4).
Os cientistas alemães Johan Baptist von Spix e Karl Philip von Martius chegam ao Rio de Janeiro. Integrando uma missão científica da Áustria e da Baviera, Spix e Martius percorreriam boa parte do território brasileiro, recolhendo valiosíssimas informações sobre a fauna, a flo
ra e também os costumes nacionais.
1816
Auguste de Saint-Hilaire, botânico francês, desembarca no Rio de Janeiro. Saint-Hilaire redigiria ensaios e livros de grande valia para o conhecimento do Brasil (da sua natureza, mas também da sua sociedade) no período da independência do país (30/5).
1817
Utilização do vapor nos engenhos pernambucanos.
1819
Inauguração do primeiro barco a vapor do Brasil, na Bahia (4/10).
1821
Início da Expedição Langsdorff pelo interior do Brasil (2 a 14/12). Ela tem um caráter científico.
* Cultura e arte
1808
Criação de um curso de ciência econômica no Rio de Janeiro. O visconde de Cairu, autor do projeto de abertura dos portos, fica encarregado de estruturar o curso (23/2).
Estabelecida, no Rio de Janeiro, a Impressão Régia (13/5).
O Correio Braziliense, o primeiro jornal brasileiro, é criado em Londres, Inglaterra, por Hipólito José da Costa (1/6).
O arquiteto Francisco de Lima Cerqueira, que trabalhou em diversas igrejas mineiras, morre em São João d?el Rey, Minas Gerais (27/9).
Publicação da Gazeta do Rio de Janeiro, órgão oficial do governo (10/9).
Determinada a formação de uma escola cirúrgica, a ser implantada no Real Hospício Militar, no Rio de Janeiro (5/11).
José da Silva Lisboa publica as Observações sobre o comércio franco no Brasil, em dois volumes.
Azeredo Coutinho lança Análise sobre a justiça do comércio do resgate dos escravos da Costa da África.
Criação do Real Arquivo Militar.
Hipólito da Costa manifesta seu apoio ao aparecimento da imprensa no Brasil.
1809
Falece, no Rio de Janeiro, o pintor Manoel da Cunha, ex-escravo (27/4).
1810
Formada, no Rio de Janeiro, a Biblioteca Pública, hoje Biblioteca Nacional. O acervo foi sendo composto a partir dos livros doados por d. João VI.
Joaquim Caetano da Silva, futuro historiador e diplomata, nasce no Rio Grande do Sul.
Sai em Londres, Inglaterra, o primeiro tomo da History of Brazil, de Robert Southey.
O Espírito Santo torna-se uma capitania autônoma.
Negociantes do Rio de Janeiro passam a dispor de cursos, nos quais aprimoram os seus conhecimentos profissionais.
1811
Autorizada a formação de uma tipografia em Salvador, Bahia (5/2).
Inaugurada a Livraria Pública da Bahia, em Salvador (4/8).
A cidade de Olinda, em Pernambuco, passa a ter um jardim botânico.
Criação de cursos para formação de comerciantes na Bahia.
Falece no Rio de Janeiro frei Veloso, autor da Flora fluminense.
A Idade de Ouro do Brasil sai em Salvador, Bahia. Trata-se do segundo jornal criado no Brasil.
1812
Surge a revista Variedades, em Salvador, Bahia, primeira publicação de natureza cultural do Brasil (10/2).
Tomás Antônio Gonzaga, poeta que participara da Conjuração Mineira, morre em Moçambique, para onde fora deportado (9/4).
Previsão de criação de um curso de agricultura na Bahia (25/6).
Sai o livro Travels in the Interior of Brazil, do viajante inglês John Mawe.
O Teatro São João, em Salvador, Bahia, é inaugurado.
1813
Falece, no Rio de Janeiro, o escultor mestre Valentim (1/3).
Inauguração do Real Teatro de São João, no Rio de Janeiro, com mais de mil lugares (12/10).
Passa a residir no Rio de Janeiro o diplomata Langsdorff, que faria uma importante viagem etnográfica ao interior do Brasil (out.).
Criação do curso de medicina e cirurgia, no Rio de Janeiro.
Curso prático de desenho, em Salvador, Bahia.
O Dicionário Morais, um dos mais importantes da língua portuguesa, conhece a sua segunda edição.
Fundado, no Rio de Janeiro, o jornal O Patriota. Publicação de caráter cultural dirigida por Silvestre Pinheiro, conta com José Bonifácio entre seus colaboradores.
1814
Sousa Caldas, poeta sacro, morre no Rio de Janeiro (2/3).
Luís dos Santos Vilhena, professor de grego, autor das chamadas “Cartas de Vilhena”, um documento capital sobre a vida brasileira no final do período colonial, morre em Salvador, Bahia (29/6).
O poeta Silva Alvarenga, que chegou a participar da Conjuração Mineira, morre no Rio de Janeiro (1/11).
Morre, em Ouro Preto, o arquiteto, escultor e pintor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o grande artista brasileiro da fase colonial. Nascido em Vila Rica, antiga Ouro Preto, sua obra-prima foi o conjunto Os profetas, em Congonhas do Campo, Minas Gerais (18/11).
Criado o ensino de botânica no Rio de Janeiro.
A Real Biblioteca do Rio de Janeiro é aberta ao público.
Criação de um curso de agronomia no Rio de Janeiro.
1815/1817
Impressa a obra Corografia brasílica, do padre Manuel Aires de Casal.
1816/1818
No livro Notas dominicais, o francês L. F. Tollenare reúne as principais observações que fez em suas andanças pelo Nordeste do Brasil.
1816
Proposta a criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, a primeira do gênero no Brasil (12/8). Em seguida, desembarcariam inúmeros artistas e artífices estrangeiros no Brasil. Debret e Pradier seriam os primeiros, chegando ao Rio de Janeiro ainda no ano de 1816.
Criada, em Pernambuco, a Grande Loja Provincial maç&oocirc;nica.
Nasce, em São João de Ipanema, São Paulo, o futuro historiador Francisco Adolfo de Varnhagen. Seu grande mérito foi o de estudar, em profundidade, a documentação primária existente sobre o Brasil nos arquivos europeus. Foi o primeiro a sugerir que a capital do Brasil se transferisse para o planalto Central.
1817
Morte, no Rio de Janeiro, do conde da Barca, formulador da Academia de Belas-Artes (21/6).
Desembarque do desenhista e aquarelista alemão Thomas Ender no Rio de Janeiro (4/7).
Criação da primeira tipografia no Recife, onde seria impresso o manifesto “Preciso”, atribuído a José Luís de Mendonça.
Inauguração do Teatro União em São Luís, Maranhão.
1818
Proposta a criação de um Museu Real no Rio de Janeiro, depois transformado em Museu Nacional (26/5).
Lançamento das Memórias dos benefícios políticos do Governo d?el Rey D. João VI, de autoria de José da Silva Lisboa.
1819
Falecimento, em São Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais, de Bárbara Heliodora, mulher do poeta e conjurado Alvarenga Peixoto (24/5).
A Casa da Ópera de Sabará, Minas Gerais, é inaugurada (2/7).
Construção de uma igreja anglicana no Rio de Janeiro (12/8).
O padre e pintor Jesuíno do Monte Carmelo morre em São Paulo.
Lançado o livro Economia Política, de José da Silva Lisboa.
1820
Determinada a criação, no Rio de Janeiro, de uma Real Academia de desenho, pintura, escultura e arquitetura civil (12/
10).
O artista alemão Johann Moritz Rugendas desembarca no Brasil, aqui permanecendo até 1825.
Sai Notes of Rio de Janeiro and the southerns parts of Brazil, do inglês John Luccock.
Joaquim Manuel de Macedo, médico e futuro autor do clássico do romantismo nacional A moreninha, nasce em Itaboraí, no Rio de Janeiro.
Inaugurado o colégio do Caraça, em Minas Gerais.
1821
Suspensa a censura prévia (2/3).
Sai o Diário do Rio de Janeiro (1/6).
Sai o primeiro jornal diário do Maranhão, O Conciliador (10/11).
Morte do conceituado economista Azeredo Coutinho, autor de inúmeras obras.
Sai o jornal Aurora Pernambucana, no Recife, Pernambuco.
O Revérbero Constitucional Fluminense começa a circular no Rio de Janeiro.
1821/1822
Sai o livro Le Brésil, de Ferdinand Denis.
1822
Decreto sobre a atividade da imprensa garante ser fundamental “evitar que ou pela imprensa ou verbalmente, ou de outra qualquer maneira propaguem os inimigos da ordem […] doutrinas incendiárias ou subversivas” (18/6).
O Revérbero Constitucional Fluminense é proibido de circular (15/9).
Lançamento da obra sobre a mineralogia brasileira Geognostisches gemaelde von Brasilien, do alemão W. L. von Eschwege.
Criação da Ordem Maçônica do Grande Oriente do Brasil, cujo grão-mestre é d. Pedro.
Frei José da Costa Azevedo, eminente botânico, é o primeiro diretor do Museu Nacional.
Somente no Rio de Janeiro existem 22 jornais.
* Expansão geográfica
1808
Foral de vila a Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
1809
Correspondência colonial do Rio Grande do Sul alude à “abundância” de ouro na região.
O Rio Grande do Sul torna-se capitania real.
1811
Formada a Comarca de Paranaguá e Curitiba (19/2).
O Piauí passa a fazer parte do Brasil.
Chegada de açorianos à capitania do Espírito Santo.
Foral de vila a Pau d?Alho, Pernambuco.
Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, recebe o foral de vila.
Foral de vila a Santo Antão, em Pernambuco.
Boipeba, na Bahia, tem o foral de vila.
1812
Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, recebe foral de vila.
Desembarque de judens sefarditas no Norte do Brasil.
1813
Casais oriundos das ilhas atlânticas (Madeira e Açores) se estabelecem em diversas capitanias, a saber: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Porto Seguro.
1814
Foral de vila para Cantagalo, Rio de Janeiro.
Foral de vila para Baependi, Minas Gerais.
São João da Palma, Goiás, recebe o foral de vila.
1815
Itapemirim, Espírito Santo, tem o foral de vila.
Foral de vila a Brejo da Areia, Bahia.
1817
Alagoas se desliga de Pernambuco (16/9).
O português Aires do Casal, respeitado geógrafo, publica a Carta de Pero Vaz de Caminha, o primeiro documento conhecido sobre o chamado descobrimento do Brasil.
São Paulo e Rio Grande do Sul começam a ter ligação por correio.
A França recupera a Guiana Francesa.
1818
Colônia de suíços se forma em Nova Friburgo, Rio de Janeiro (16/5).
O Rio Grande do Norte obtém a sua autonomia.
Foral de vila a Itaguaí, Rio de Janeiro.
Cuiabá, Mato Grosso, torna-se cidade.
1820
Resolução determina a criação de serviços interprovinciais de correio na Colônia (6/4).
Separação da capitania de Sergipe daquela da Bahia (8/7).
Lajes, que até então pertencia a São Paulo, é anexada a Santa Catarina.
Criação da colônia do Morro Queimado, formada por suíços em Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro.
Foral de Vila a Nova Friburgo, Rio de Janeiro.
São Bento do Parnaíba, Maranhão, recebe o foral de vila.
Foral de vila a Pastos Bons, Maranhão.
1821
Desembarca no Brasil o inglês E. Pohl, que percorreria várias regiões do país.
1822
Fundação de uma colônia de alemães em Ilhéus, Bahia.
Segundo o Mapa Geral das Povoações do Reino do Brasil os pardos compõem 42% da população, os brancos 44% e os índios integrados 7%.
(*) Historiador, é pesquisador associado da Unesco e autor de oito livros. Além de colaborador de diversos jornais e revistas, também é produtor do programa Educação Rio.