Monday, 18 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Ozzy, exemplo contra as drogas

THE OSBOURNES

Dan Quayle, ex-vice-presidente dos EUA, se declarou otimista com a retomada de valores como paternidade e casamento na sociedade americana. Ele disse, em almoço do Clube Nacional de Imprensa, que o moral dos Estados Unidos está em forma consideravelmente melhor que há uma década, quando fez discurso muito criticado no qual reclamava de mães que criam filhos sozinhas e, em geral, da quebra da estrutura familiar. Para surpresa de todos, o político conservador usou o reality show The Osbournes (que estreou recentemente na MTV brasileira) como exemplo da reabilitação moral americana.

Na sua opinião, pelo menos o seriado mostra uma família intacta e, apesar de toda sua loucura, no fundo há parentes que se amam e "algumas boas mensagens". Uma delas, segundo o USA Today [10/5/02], seria a antidrogas. "Vejam o Ozzy e como seu cérebro está fritado de tanto tomar drogas todos estes anos. Qualquer um que veja isso vai dizer: ‘Não quero ser assim’". A esposa do roqueiro, Sharon, afirma que o comportamento e as tremedeiras do marido se devem a um remédio antipsicótico e a um analgésico que toma para problema que tem na perna.

A família Osbourne, cuja vida é acompanhada no reality show, acaba de assinar contrato para a segunda temporada do programa, que é o maior sucesso de audiência da história da MTV americana.

RÚSSIA

Em 2001, 17 jornalistas foram mortos na Rússia: em algum momento, incomodaram poderosos, denunciando o crime organizado e a corrupção governamental. Neste ano, já foram assassinados o editor Valery Ivanov e a repórter Natalya Skryl, e foi encontrado o corpo do jornalista Sergei Kalinovsky, desaparecido desde dezembro.

O assassinato não é a única forma de intimidação. Anna Badkhen [San Francisco Chronicle, 12/5/02] revela que o mercado publicitário da Rússia ? de US$ 700 milhões ? é pequeno demais para acomodar 23 mil jornais e revistas impressos e 6 mil veículos eletrônicos ? o povo russo tem longa tradição de leitura.

O resultado é que a mídia depende das autoridades regionais para sobreviver: 80% recebem alguma ajuda financeira do governo, e 90% dependem de gráficas ou distribuidoras estatais. Para Alexei Simonov, da Glasnost Defense Foundation, esta dependência faz com que a mídia freqüentemente dê cobertura favorável ao Estado: "Os veículos precisam ser mais leais do que gostariam".