Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Painel do Leitor – FSP


FOLHA
, 80 ANOS

"80 anos da Folha", copyright Folha de S. Paulo, 18/02/01

"Lamento não ter podido comparecer, como era do meu desejo, à solenidade comemorativa dos 80 anos da Folha, jornal que bem expressa a vitalidade e o dinamismo da imprensa brasileira. A sua história se enlaça com a própria história do Brasil e, portanto, a leitura da Folha é imprescindível para a análise e a compreensão da vida nacional. Peço estender os cumprimentos ao seu filho, jornalista Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, e, por seu intermédio, aos editores, jornalistas, funcionários e a todos os que integram essa conceituada empresa. (Marco Maciel, vice-presidente da República, Brasília, DF)

Estando em Roma, para as cerimônias em que João Paulo 2º criará novos cardeais, entre os quais quis benevolamente me incluir, lamento não ter podido participar do ato multirreligioso em que a Folha comemorou seus 80 anos. Quero parabenizar efusivamente esse que, sendo um dos maiores jornais do país e desta nossa querida São Paulo, distingue-se pela qualidade, independência e espírito crítico, com um jornalismo feito com muito profissionalismo. Desejo-lhes um futuro pleno de êxitos. Que Deus abençoe sua trajetória! (D. Cláudio Hummes, arcebispo metropolitano de São Paulo, São Paulo, SP)

Ao longo desses 80 anos, a Folha tem cumprido com destaque a função de informar várias gerações de brasileiros sobre os principais acontecimentos e as grandes transformações ocorridas nesse período. Vem contribuindo para a conquista e o fortalecimento da democracia, com a permanente defesa da transparência nas instituições e do exercício da crítica e da autocrítica.’ Parabéns e longa vida à Folha. (Olívio Dutra, governador do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS)

Em nome da CNBB e em meu nome pessoal, apresento sinceras congratulações pelos 80 anos desse conceituado veículo de comunicação. Por oportuno, faço referência também à expressão do papa João Paulo 2º, consignada na mensagem para o próximo Dia Mundial das Comunicações, a ser comemorado em 27/5: ‘Os ‘mass media’ de todos os tipos podem desempenhar um papel essencial na evangelização direta e na transmissão, aos novos, das verdades e dos valores que salvaguardam e enobrecem a dignidade humana’. Peço a Deus, o primeiro comunicador, que abençoe os leitores da Folha e todos aqueles que trabalham nesse prestigioso veículo de comunicação. (D. Raymundo Damasceno Assis, secretário-geral da CNBB -Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Brasília, DF)

Manifesto minhas congratulações pela justa comemoração. (Garibaldi Alves Filho, governador do Rio Grande do Norte, Natal, RN)

Queremos parabenizar a todos os que trabalham nesse conceituado matutino, cuja atuação tem levado a informação correta, no momento certo, aos leitores que têm o privilégio de compulsá-lo diariamente. (José de Abreu Bianco, governador de Rondônia, Porto Velho, RO)

Ao longo de quatro gerações, a Folha escreveu uma história de grandes lutas e também de grandes vitórias. Desejo, portanto, que essa trajetória se mantenha por muitas outras gerações futuras. (Alcides Tápias, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Brasília, DF)

Parabéns pelos 80 anos de fundação da Folha. (Waldeck Ornélas, ministro da Previdência e Assistência Social, Brasília, DF)

Transmita a todos os integrantes desse órgão, na oportunidade de data tão significativa, meu cumprimento. (Alberto Mendes Cardoso, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Brasília, DF)

Votos de continuado sucesso, reiterando o reconhecimento e a admiração pelo trabalho desenvolvido em defesa da liberdade de informação e da democracia brasileira. (Cesar Maia, prefeito do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ)

Grande parte do regime republicano, ou seja, da democracia, deve-se ao concurso que lhe deu a Folha, em consonância com outras publicações. E imensa é a dívida que o país tem com a cultura que a Folha lhe vem proporcionando, em vários aspectos, ao longo do tempo. A boa imprensa é sinal de grandeza e soberania respeitada. (Fernando Segismundo, presidente da ABI -Associação Brasileira de Imprensa, Rio de Janeiro, RJ)

"Como leitor, desde criança, da ‘Folha da Manhã’ e da ‘Folha da Tarde’ e fiel colunista da Folha, teria gostado imensamente de festejar esse significativo aniversário. Infelizmente, obrigações profissionais me prendem a Genebra. Desejo congratular-me com Octavio Frias de Oliveira e com todos os companheiros que fazem da Folha um padrão de jornalismo cada vez mais influente e admirado. (Rubens Ricupero, secretário-geral da Unctad -Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Genebra, Suíça)"

Queira aceitar meus sentimentos de profundo respeito e admiração por essa instituição, que, há 80 anos, é exemplo de luta pela democracia em nosso país. (Paulo Tarso Flecha de Lima, embaixador do Brasil na Itália, Roma, Itália)

Quero expressar os mais sinceros cumprimentos a esse importante órgão de imprensa, sujeito de uma longa história de resistência na luta pela democracia em nosso país e instrumento de prestação de serviços à cidadania. (Rose Neubauer, secretária da Educação do Estado de São Paulo, São Paulo, SP)

Em nome da diretoria da Anfavea, associamo-nos às comemorações do 80º aniversário da Folha. Nossos cumprimentos a todos os profissionais dessa publicação que honra as tradições jornalísticas de permanente defesa das instituições democráticas do país. (José Carlos da Silveira Pinheiro Neto, presidente da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, São Paulo, SP)

A Folha é uma referência em seu ramo e um dos principais atores da democracia brasileira. (Gustavo Franco, economista, Rio de Janeiro, RJ)"

"Folha celebra 80 anos em ato multirreligioso", copyright Folha de S. Paulo, 19/02/01

"A Folha celebrou ontem os seus 80 anos com um ato multirreligioso realizado na Sala São Paulo, na capital paulista. Fundado em 19 de fevereiro de 1921, o jornal completa hoje o seu aniversário.

Líderes de sete religiões oficiaram a cerimônia, na qual se apresentaram o Coral Resistência Negra, o Coral Sinfônico do Estado de São Paulo e a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.

Cerca de 1.500 convidados compareceram. Estiveram presentes o governador interino de São Paulo, Geraldo Alckmin, representando o governador licenciado Mário Covas, os presidentes do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), e da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), a prefeita Marta Suplicy, o ministro José Serra (Saúde), representante do presidente Fernando Henrique Cardoso, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Velloso.

Assistiram ao ato o ex-presidente José Sarney e os governadores Itamar Franco (MG), Jaime Lerner (PR), Tasso Jereissati (CE), Dante de Oliveira (MT), Ronaldo Lessa (AL) e Francisco Assis Souza, o Mão Santa (PI).

Compareceram os ministros Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral da Presidência), Celso Lafer (Relações Exteriores), Eliseu Padilha (Transportes), Geraldo Quintão (Defesa), José Gregori (Justiça), Martus Tavares (Planejamento), Paulo Renato Souza (Educação), Pedro Parente (Casa Civil) e Andrea Matarazzo (Comunicação de Governo).

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Costa Leite, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, e o advogado-geral da União, Gilmar Mendes, também assistiram à celebração.

Políticos de diversas correntes estiveram no ato, como o ex-ministro Ciro Gomes (PPS), o presidente nacional do PT, José Dirceu, o senador Romeu Tuma (PFL-SP), os ex-governadores Paulo Maluf (PPB) e Orestes Quércia (PMDB), o deputado Delfim Netto (PPB-SP), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o ex-presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP) e a deputada Luiza Erundina (PSB-SP).

Compareceram à solenidade representantes da mídia, como Francisco Mesquita (presidente da Associação Nacional dos Jornais e diretor-superintendente da empresa que publica o jornal ‘O Estado de S. Paulo’), José Roberto Marinho (vice-presidente das Organizações Globo), João Carlos Saad (presidente da Rádio e TV Bandeirantes), Fernão Lara Mesquita (diretor de opinião de ‘O Estado de S. Paulo’ e diretor-responsável do ‘Jornal da Tarde’), José Antônio do Nascimento Brito (presidente do Conselho Editorial do ‘Jornal do Brasil’), Jorge da Cunha Lima (presidente da Fundação Padre Anchieta) e Boris Casoy (editor e apresentador do ‘Jornal da Record’ e ex-editor responsável da Folha).

Os empresários Antônio Ermírio de Moraes, Lázaro Brandão, Joseph Safra, Jorge Paulo Lemann, Fernão Bracher, Cândido Bracher e Horácio Lafer Piva, presidente da Fiesp, estiveram presentes. Os publicitários Alex Periscinoto, Washington Olivetto, Luiz Sales e Mauro Salles também, assim como Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, os presidentes da Assembléia, Vanderlei Macris (PSDB), da Câmara Municipal, José Eduardo Cardozo (PT), e do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, Alceu Penteado Navarro.

Participaram da solenidade representantes da família de Olival Costa, um dos fundadores da Folha, Ieda Ramos, viúva de José Nabantino Ramos (proprietário da Folha de 1945 a 1962) e Radhá Abramo, viúva de Cláudio Abramo, ex-diretor de Redação do jornal, morto em 1987.

O único convidado aplaudido pelas cem pessoas que estavam em frente à Sala São Paulo foi a prefeita Marta Suplicy.

O ato começou às 16h35 e terminou às 18h28. Na abertura, a orquestra executou o Hino Nacional. Clóvis Rossi, repórter especial, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, discursou em nome do jornal.

Ao falar dos princípios de independência, apartidarismo, criticismo e pluralismo da Folha, Rossi afirmou: ‘Em tese, é simples; na prática, é uma operação imensamente complicada’. Rossi disse que ‘as entidades da sociedade civil costumam marcar encontro com a Folha todos os dias’.

O bispo de Santo Amaro, d. Fernando Figueiredo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em São Paulo, presidiu o ato e transmitiu a saudação do arcebispo metropolitano de São Paulo, d. Cláudio Hummes, que está no Vaticano, onde se tornará cardeal quarta-feira. Pela arquidiocese, compareceu o bispo auxiliar d. Gil Antônio Moreira.

O Coral Resistência Negra cantou três músicas. Na última parte da cerimônia, a Orquestra Jazz Sinfônica, regida por João Maurício Galindo, executou em primeira audição uma peça composta em homenagem ao jornal, intitulada ‘A Folha’. Foi composta por Alexandre Mihanovich para o ato. Galindo entregou a partitura ao publisher da Folha, Octavio Frias de Oliveira."

"Qual foi o maior erro da Folha?", copyright Folha de S. Paulo, 19/02/01

"PAULO RENATO SOUZA, Ministro da Educação – ‘Quando o jornal tentou provar que havia corrupção (no governo FHC), durante o caso dos grampos do BNDES.’

EDUARDO SUPLICY, Senador, vai disputar prévia do PT para a Presidência – ‘Acho que não fez bem para o Brasil o direito à reeleição, e a Folha o apoiou editorialmente.’

GERALDO BRINDEIRO, Procurador-geral da República – ‘Num regime democrático, ainda que haja alguma notícia errada, é essencial que a mídia seja um foro permanente de debates.’

JULIO NEVES, Arquiteto e presidente do Masp – ‘Erro? Prefiro dizer qual foi o grande acerto. Foi dar oportunidade àqueles que não têm mídia. A Folha abriu espaço a todos.’

PEDRO PARENTE, Ministro da Casa Civil – ‘No caso que envolveu o ex-secretário-geral Eduardo Jorge Caldas houve exagero e não se deu ao acusado o mesmo espaço dado aos acusadores.’

ANDREA MATARAZZO, Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo – ‘No caso do Eduardo Jorge Caldas o jornal deu ao fato uma dimensão maior do que realmente tinha.’

MARTA SUPLICY, Prefeita de SP – ‘Os que consigo pensar são mais pessoais, relacionados à campanha. Devem ter muitos, mas não me ocorre nenhum.’

ALOIZIO MERCADANTE, Deputado federal do PT – ‘Houve um período da ditadura militar em que a Folha não foi um porta-voz da democracia.’

ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES, Vice-presidente do conselho do grupo Votorantim – ‘Se a Folha publicou algo que me deixou contrariado, temos que relevar.’

CARLOS VELLOSO, Presidente do STF – ‘Não tenho nada a reparar. Sou leitor da Folha contumaz, mais que assíduo. A Folha analisa bem o fato político.’

COSETTE ALVES, Presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca Brasileira – ‘Mas não acho que a Folha tenha cometido algum erro grave.’

ANNA VERONICA MAUTNER, Psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo – ‘Fechar o jornal ‘Notícias Populares’.’

JOÃO SAYAD, Secretário municipal de Finanças – ‘O maior erro é quando há uma notícia equivocada em que sou protagonista. Me incomoda.’

ALOYSIO NUNES FERREIRA, Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência – ‘Só tenho lembrança dos acertos.’

JAIME LERNER, Governador do Paraná – ‘A Folha comete o erro de dar importância demasiada a Brasília e pouca importância ao Brasil real.’

CIRO GOMES, Virtual candidato do PPS à Presidência – ‘A Folha permite-se uma certa frivolidade, talvez impossível de superar no jornalismo.’

GERALDO QUINTÃO, Ministro da Defesa – ‘A Folha não tem erros.’

ROBERTO TEIXEIRA DA COSTA, Vice-presidente do conselho do Sul América – ‘Acho que a reportagem sobre o dossiê do Fernando Henrique Cardoso foi precipitada.’"

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