LADY DI
Oito fotógrafos que tiraram fotos na cena do acidente de carro que matou a princesa Diana estão sendo investigados por invasão de privacidade, segundo fonte da Justiça francesa em 12 de julho. A investigação é iniciativa do pai de Dodi al-Fayed, amigo egípcio de Diana.
As imagens foram confiscadas pela polícia após o acidente, num túnel de Paris, e nunca foram publicadas, conta a Reuters (12/7/01). Três dos fotógrafos foram informados da investigação no mês passado, e os outros cinco na semana passada. Os oito são free-lancers ou trabalham para agências de fotografia.
Nove fotógrafos e um motociclista que perseguiam a Mercedes em alta velocidade do casal foram inicialmente investigados por homicídio casual, uma vez que não socorreram as vítimas. Mais tarde, foram liberados. A investigação deve demorar várias semanas. Promotores decidirão, então, se registrarão a acusação. Segundo a legislação francesa, uma investigação judicial não leva necessariamente a uma acusação.
COLÔMBIA
Os jornalistas continuam morrendo na Colômbia. José Dubiel Vasquez, diretor de jornalismo de uma rádio na violenta cidade de Florencia, foi aconselhado a baixar o tom das reportagens. Vásquez continuou noticiando a corrupção local e os conflitos entre paramilitares e guerrilheiros.
No dia 6 de julho, ao dirigir para casa com um colega, após o noticiário da manhã, foi surpreendido por um homem armado que disparou três tiros em sua cabeça. Vásquez morreu imediatamente, tornando-se o segundo diretor de jornalismo da Rádio Caracól a ser baleado desde dezembro.
Segundo Juan Forero [The New York Times, 12/7/01], Vásquez era o sexto jornalista colombiano assassinado neste ano. Outro foi morto a tiros dois dias depois ? o quarto assassinato em 12 dias, de acordo com o Comitê para a Proteção de Jornalistas em Nova York. No ano passado, disse o CPJ, sete jornalistas foram mortos. No mínimo três dos assassinatos foram represálias ao trabalho que desempenhavam.
A Colômbia é um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas. No final dos anos 80, quando imperava o terror imposto pelos cartéis das drogas, jornalistas eram freqüentemente assassinados e um dos principais jornais colombianos foi bombardeado. Hoje em dia, assassinatos de jornalistas não chamam muita atenção. Mas o comitê disse que, com 34 homicídios na última década, a Colômbia é de longe o país mais perigoso na América Latina para o exercício da profissão. No mundo, apenas Rússia e Argélia contabilizaram mais assassinatos.