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A repórter Phyllis Furman, do New York Daily News, anunciou no dia 6 que a CNN passaria a cobrir diariamente a abertura e o fechamento do mercado de ações da Nasdaq. Segundo memorando interno obtido pelo jornal, o presidente da rede CNN nos EUA, Jim Walton, alertou seu gerente-geral, Sid Bedingfield, para uma reunião entre representantes de Nasdaq, Walter Isaacson, chefe da rede, e Larry Goodman, do setor de vendas. Walton ressaltou a importância de cobrir a Nasdaq "todos os dias daqui para a frente", numa tentativa de cortejar a anunciante. Horas depois, a CNN transmitiu imagens ao vivo do fechamento do mercado.
Procurada pelo jornal, a CNN afirmou que "sempre cobriu os mercados financeiros, incluindo a Nasdaq, e faz sentido cobrir sua abertura e seu fechamento". No dia seguinte, no entanto, o caso se reverteu. Em resposta à publicação da matéria, Walter Isaacson declarou ter avisado sua equipe de que não tinha a obrigação de cobrir a Nasdaq. De acordo com Phyllis Furman e Richard Huff [New York Daily News, 7/9/01], o chefe da CNN reconheceu que a ordem "foi um erro". "Nós devemos cobrir os mercados baseados em julgamentos editoriais e no interesse do público, e não faremos qualquer compromisso com anunciantes que nos faça agir de outra forma."
A Fox News Channel demitiu Paula Zahn, apresentadora de um talk-show no horário nobre, após saber que ela havia recebido proposta da CNN. Diana Brandi, vice-conselheira da Fox, disse que processará Paula, seu agente e a CNN, pois a oferta caracteriza violação do contrato da apresentadora, que terminaria em fevereiro e a proibia de negociar com qualquer outra parte antes de seu término.
Este é o ultimo conflito de uma série na guerra pela supremacia entre Fox e CNN. No ano passado, a Fox quebrou consideravelmente o domínio da CNN sobre os canais de notícia a cabo.
Walter Isaacson, chefe da CNN, contesta as acusações: "Fizemos uma proposta sujeita à avaliação de Paula. Ela não fez nada inescrupuloso em relação a suas obrigações existentes." Isaacson, no entanto, expressou alegria com a decisão da Fox de despedir a apresentadora, deixando-a disponível mais rapidamente. Segundo Bill Carter [The New York Times, 6/9/01], a CNN planeja criar um novo programa de notícias matinal com Paula.
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