MONITOR DA IMPRENSA
GLOBO DE OURO
A influência do prêmio Golden Globes – ou Globo de Ouro – cresceu vertiginosamente desde que começou a ser transmitido pela NBC, no início de 1996, e hoje é considerado um prognóstico do Oscar. Uma indicação para o Globo de Ouro dá a um filme exposição durante o mês em que são enviadas aos membros da Academia os formulários para as indicações ao Oscar.
No entanto, de acordo com artigo de Julie Scelfo [Brill’s Content, 2/1/01], jornalistas que premiam o Globo têm sido crucificados nas duas últimas décadas por seus pares domésticos. Membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) foram chamados de corruptos e considerados incompetentes, relaxados e negligentes por executivos de Hollywood.
Os 89 membros da associação, todos jornalistas correspondentes de veículos internacionais, são forasteiros na indústria. Muitos fazem free lance para revistas de cinema desconhecidas, mas outros são correspondentes de importantes jornais estrangeiros, incluindo o israelense Ma’Ariv, o alemão Die Welt, o italiano La Repubblica e o inglês Daily Telegraph.
O grupo tem sido criticado desde 1982, quando Pia Zadora ganhou o Globo de Ouro de "Nova Estrela do Ano" na categoria feminina apenas algumas semanas após a viagem de seu marido multimilionário, Meshulam Riklis, a Las Vegas para alguns dias de lazer.
A HFPA, com o passar dos anos, também criou o hábito de aceitar presentes de estúdios e estrelas, acompanhados de "conselhos" e "lembretes" para considerá-los em seus prêmios. Em 1999, a NBC forçou a HFPA a mudar suas regras. Seus membros devem, agora, assinar acordos negando sob juramento presentes valiosos, e a organização deve relaxar na aplicação de sua política ultra-exclusiva.
Bernard Weinraub, articulista do New York Times, escreveu que o grupo é "tratado com descaso e até certo humor pela elite de Hollywood" – humor este que quase sempre assume formas de insulto.
LOS ANGELES TIMES
O Los Angeles Times reconheceu ter errado ao omitir referência a um dos principais colunistas conservadores dos Estados Unidos, George F. Will, em reportagem sobre o escândalo da acusação de estupro do ex-presidente Bill Clinton. Will escreve para o jornal online NewsMax.com.
O jornalista Carl Limbacher [NewsMax.com, 13/1/01] afirma que algumas horas após a reclamação do NewsMax de que o comentário de Will sobre a acusação de estupro da executiva Juanita Broaddrick contra Clinton fora editado, o LA Times se redimiu.
A coluna de Will foi ao ar em 11 de janeiro. No dia seguinte, o Times reconheceu publicamente o descrédito em sua página de editoriais, dizendo que "a coluna de George F. Will, da forma editada pelo Times, omitiu a declaração do autor de que é cabível acreditar que o ex-presidente ‘tenha sido um estuprador 15 anos antes de assumir a administração’. Apesar de alguns poderem se opor à interpretação de Will aos fatos, é sua opinião e deveria ser incluída em sua coluna".
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