Monday, 18 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Políticos contra a BBC

TELETIPO

A notícia de que a BBC vai cortar programas políticos, como o dominical On the record, em resposta à queda de interesse pelo assunto, uniu os líderes dos partidos trabalhista e conservador. Charles Clarke e David Davis escreveram juntos ao presidente da rede mostrando-se preocupados com o futuro da cobertura e da contribuição da emissora ao processo político. Perto das eleições gerais e perdendo audiência, a BBC está discutindo mudanças ao constatar a baixa audiência de programas políticos, especialmente entre os jovens, escreve Patrick Wintour [The Guardian, 7/2/02]. Clarke e Davis protestam: "A diminuição da cobertura política não combina com a posição da BBC como emissora de serviço público."

O portal ABCNews.com anunciou em 7/2 o rompimento do acordo de fornecimento de vídeos e reportagens ao Yahoo!. "Devido à grande demanda de nossos usuários, estamos revendo a estratégia de vídeos online", alega Bernard Gershon, presidente do portal. O abandono do acordo reforça a tendência de os produtores de notícia não mais cederem material gratuito a sítios de grande visitação somente para ganhar audiência. Como reporta Jim Hu [ABCNews.com, 7/2/02], o Yahoo! terá problemas com isso, pois depende muito de conteúdo produzido por terceiros. Por enquanto, o portal ainda conta com um dos maiores conteúdos da rede, graças a parcerias com gigantes como New York Times, Reuters e AP.

A Casa Branca, o ex-prefeito nova-iorquino Rudolph Giuliani e vítimas do World Trade Center estão indignados com uma charge publicada no jornal Monitor, da cidade de Concord, estado de New Hampshire. O cartum representa o presidente Bush como um kamikaze sentado num avião que voa em direção às torres gêmeas. A aeronave traz os dizeres "Orçamento de Bush", e os edifícios estão rotulados de "previdência social". É uma alusão ao plano do presidente americano de reduzir o auxílio de aquecimento a famílias pobres. Em editorial, o Monitor diz que, se tivesse a chance de voltar atrás, não publicaria a charge novamente, informa o New York Post [9/2/02].