SALA DE AULA
Jorge Casado (*)
Ser jornalista não é fácil, não é para qualquer um. Não basta gostar, tem que amar o que faz. Não é pelo dinheiro, até porque este profissional não costuma receber bons salários. Mas sim pela paixão.
Dizem que para ser jornalista é preciso não ser normal, ter hábitos diferentes. Um deles seria o de dedicar os fins de semana e os feriados ao plantão na redação.
Teoricamente, o jornalista vive promovendo o sucesso ou a ruína alheia. Apesar de trabalhar na mídia, gosta de estar sempre em destaque, e não dispensa um elogio. Dinamismo, seriedade, criatividade e curiosidade são atributos que constam da cartilha do bom jornalista.
A responsabilidade é grande. O compromisso com a verdade é o principal objetivo. Informar sem deformar é a grande questão. É preciso ter ética. O jornalista de verdade não deixa de exercer a profissão um só minuto. Mesmo quando está de folga, ele continua pensando, lendo ou observando algo que possa ser útil. O descanso só chega no momento de dormir. Mesmo assim alguns ainda conseguem ter ótimas idéias antes de pegar no sono.
Vigia da sociedade
E o sono normalmente dá lugar à correria. Afinal, o tempo é o seu principal inimigo. Independentemente do meio de comunicação, este profissional está sempre lutando contra o relógio. O erro pode ser fatal… Difícil manter a calma. Coincidência ou não, o número de jornalistas fumantes é grande. O enfarte e a gastrite já fazem parte da rotina. Apesar disso, é impossível imaginar uma sociedade pós-industrial sem este profissional. Também não seria nada fácil para um jornalista nato ter que exercer outra atividade.
A satisfação para quem é da imprensa acontece quando a equipe trabalha unida por um objetivo comum. Recompensador é ver o esforço de todos se transformar em sucesso numa cobertura. O planejamento também não pode ser esquecido.
Em suma, vale a pena, sim, exercer esta profissão. Pois ser um vigia da sociedade, ter ideal e trabalhar por um mundo melhor não é para qualquer um.
(*) Estudante de Jornalismo