TELETIPO
Reconhecida pela cobertura da guerra na Chechênia e vencedora do prêmio Coragem em Jornalismo, da International Women?s Media Foundation deste ano, Anna Politkovskaya, repórter do jornal russo Novaya Gazeta, não pôde participar da cerimônia de entrega nos Estados Unidos. Motivo: foi convocada, na última hora, a voltar a Moscou a pedido dos rebeldes chechenos que ocuparam um teatro para mediar a negociação com a polícia. Por escrito, ela agradeceu a fundação pelo prêmio, mas acrescentou que "é uma honra ainda maior, vocês hão de concordar, reagir quando o destino oferece uma chance de ajudar pessoas numa crise". Informações de John Mitchell [Los Angeles Times, 25/10/02] e da AP [23/10].
A possível fusão entre a CNN e a ABC tem levantado questões sobre o controle editorial e as demissões em massa caso o acordo se confirme. Segundo analistas, a CNN quer atrair nomes reconhecidos para o noticiário, algo que o canal aberto tem a oferecer, ao mesmo tempo em que este pode aproveitar a grande quantidade de sucursais (principalmente no exterior) da emissora a cabo. Mas os boatos de que a CNN será a maior acionista da companhia preocupa a equipe da ABC News. Um executivo da CBS, a quem a mesma proposta teria sido feita pela AOL Time Warner, afirma que o acordo foi dispensado porque não aceitaram ceder controle editorial. Informações de J. Max Robins [TV Guide, 23/10/02].
As revistas americanas dão atenção desproporcional ao câncer de mama, revelou pesquisa da Mount Sinai School of Medicine. Segundo Charnicia Huggins [Reuters, 25/10/02], doenças cardiovasculares atingem uma em cada três mulheres nos EUA, e câncer de mama, uma em cada oito, embora este último tenha aparecido num número maior de artigos nas 73 publicações analisadas entre 1990-99. A disparidade na cobertura pode ser um dos motivos que levam as mulheres a subestimar o risco de doenças do coração, alerta a pesquisadora Deena Blanchard. Para a presidente do Comitê de Saúde da Mulher, Susan Stewart, a mídia reforça o mito popular de que "mulheres têm câncer, e homens, ataques cardíacos".