POLÊMICA
Victor Gentilli
A avaliação trienal da pós-graduação realizada este ano gerou tensões, conflitos e desentendimentos. Assim que os novos procedimentos de avaliação foram divulgados, este Observatório chamou a atenção para o retrocesso que significavam estas novas regras. A novidade maior estava na divulgação antecipada dos resultados da avaliação, antes mesmo do julgamento dos recursos.
Nos dias 1? e 2 de outubro, uma comissão renovada em 50% de seus integrantes julgou os recursos apresentados pelas instituições que entenderam que houve erros e/ou problemas na avaliação de seu curso. Em todas as avaliações anteriores, os resultados só eram tornados públicos depois de julgados os recursos, que podem mudar de fato os resultados finais.
Mas a polêmica de fato instalou-se na área. Nas listas de discussões, textos começaram a circular abrindo a polêmica sobre os critérios de avaliação. Intitulado "Terrorismo epistemológico", um texto do professor Muniz Sodré abriu o debate. Nos dias seguintes vieram outros documentos. No final de setembro, o professor Sérgio Porto, ex-presidente da Compôs e ex-representante da área na Capes, divulgava documento que reforçava os argumentos críticos da avaliação. O documento vinha subscrito por seis coordenadores de programas de pós-graduação.
No domingo, 30 de setembro, o atual representante da área na Capes, professor Wilson Gomes, divulgava um texto apresentando suas posições e defendendo-se de acusações. Na próxima edição, com todos os dados apurados e todas as posições claramente explicitadas, este Observatório publicará um dossiê sobre a questão.
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