TELETIPO
Bill Keller, editor-executivo do New York Times, afirmou não se opor se um comitê do prêmio Pulitzer quiser desconsiderar o prêmio concedido em 1932 a Walter Duranty, então repórter do jornal. A reportagem premiada falava da União Soviética de Joseph Stálin; Keller afirmou, em nome do jornal, que o artigo era "terrível", "imitação de propaganda". Mark von Hagen, professor da Universidade de Colúmbia, afirmou que o trabalho de 71 anos atrás "foi uma desgraça ao Times". "Ninguém ali discorda de mim", disse. "Reconheceram que esse é exemplo de um dos piores jornalismos que eles já publicaram". O comitê da premiação revisa há meses o trabalho de Duranty. O correspondente tem sido postumamente criticado há anos por fazer vista grossa aos excessos assassinos de Stálin. Informações de Howard Kurtz [The Washington Post, 23/10/03].
A instituição Honest Reporting [22/10/03], que defende a imagem de Israel na imprensa, publicou artigo afirmando que a mídia americana não noticiou adequadamente o ataque de um helicóptero israelense a um carro com três palestinos fugitivos no campo de refugiados de Nusseirat, no dia 20/10. Foi noticiado que dois mísseis foram disparados, um deles contra o veículo e outro contra uma multidão de palestinos ? o que seria absoluta mentira. Um vídeo do Exército de Israel provaria que não havia civis nas ruas na área da perseguição, segundo informações do Jerusalem Post. Jornais como Chicago Tribune, Los Angeles Times e Boston Globe chegaram a fazer referências ao vídeo, "mas as enterraram profundamente em suas matérias", reclama a Honest Reporting, que considerou o caso uma "questão fundamental de ética na mídia".